terça-feira, 25 de agosto de 2009

E.2. RENASCIMENTO E REFORMA: BIOGRAFIA: SANDRO BOTTICELLI

Sandro Botticelli
Pintor do Renascimento italiano, Alessandro di Mariano Filipepi nasceu em 1445, em Florença, e aí morreu em 1510. Muito provavelmente, foi discípulo do pintor Fra Filippo Lippi. Em 1470 possuía já um atelier e tinha recebido a encomenda da alegoria da Coragem. Quanto ao aperfeiçoamento do seu estilo, exprimindo-se na preocupação pelo sentido da forma e do traço mais do que pelo volume, sofreu posteriormente a influência de Pollaiuolo e de Verrocchio. Protegido pela família Medicis, para quem executou vários trabalhos, ficou impregnado pelo ambiente artístico e mental que se vivia na corte de Lourenço "o Magnífico" - A Alegoria da Primavera (cerca de 1478) e O Nascimento de Vénus (1486), sem dúvida os seus quadros mais famosos, pretendem recriar certas concepções da Antiguidade clássica à luz da filosofia cristã. Pintou igualmente retratos dos Medicis e quadros de temas religiosos, que incluem a representação de várias "Madonnas". Entre 1481 e 1482 executou três frescos da Capela Sistina no Vaticano. Nos últimos anos o seu estilo tornou-se mais obscuro. Depois de os Medicis terem sido expulsos de Florença, Botticelli teria sofrido uma crise de ordem espiritual, como resultado dos discursos do dominicano Savonarola. Embora esta influência não esteja comprovada, o certo é que os últimos trabalhos reflectem uma certa melancolia e uma extrema devoção: A Natividade Mística (cerca de 1500), sobretudo, comunica uma atmosfera intensamente religiosa.

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domingo, 16 de agosto de 2009

E.2. RENASCIMENTO E REFORMA:HUMANISMO:THOMAS MORE


Thomas More
Escritor e pensador inglês, Thomas More nasceu a 7 de Fevereiro de 1477, em Londres. Filho de um juiz proeminente, estudou na Escola de St. Anthony na sua cidade. Enquanto jovem foi pajem do arcebispo Morton, que lhe predisse grandeza.Prosseguiu os seus estudos em Oxford, sob a tutela de Thomas Linacre e de William Grocyn. Aí não só estudou Literatura Grega e Latina, como começou a escrever comédias. Uma das suas primeiras obras foi uma tradução para inglês da biografia em latim do humanista Picco della Mirandola, impressa em 1510.Por volta de 1494, tornou a Londres para estudar Direito, tornando-se advogado em 1501. Fez intenções de abraçar a vida monástica, mas sentiu-se na obrigação de servir o seu país através da política. Foi eleito para o Parlamento em 1504, altura em que casou pela primeira vez.Tornou-se amigo de Erasmo, aquando da sua primeira visita a Inglaterra em 1499. Trabalharam em conjunto na tradução das obras de Luciano. Erasmo, por ocasião da sua terceira visita ao país, publicou o Encomium Moriae (1509, O Elogio da Loucura), dedicando-o a More.Atraindo a atenção do rei Henrique VIII, foi por diversas vezes enviado pelo monarca em missões diplomáticas ao estrangeiro. Em 1516 traduziu a sua obra mais conhecida, Uthopia (A Utopia), do latim para o inglês.Em 1518 foi nomeado membro do Privy Council e investido cavaleiro em 1521. More ajudou o rei a escrever um repúdio às ideias de Martinho Lutero e, ganhando o favor real, foi nomeado orador da Câmara dos Comuns, em 1523, e Conselheiro do Ducado de Lencastre, em 1525. Recusando-se apoiar o plano de Henrique VIII para se divorciar de Catarina de Aragão foi, não obstante, elevado ao cargo de Lorde Conselheiro, sendo o primeiro leigo a ocupá-lo.Demitiu-se das suas funções em 1532, alegando razões de saúde, e recusou-se assistir à coroação de Ana Bolena em 1533, facto que desagradou ao monarca. Em 1534 foi acusado de cumplicidade com Elizabeth Barton, uma freira que se opunha ao cisma de Henrique VIII com Roma.Em Abril de 1534, More recusou-se a pronunciar a Lei da Sucessão e o Juramento de Supremacia, sendo por isso condenado à prisão na Torre de Londres a 17 de Abril. Acusado de traição, foi decapitado a 6 de Julho de 1535. As suas últimas palavras teriam sido: "Bom servidor do rei, mas de Deus primeiro." Foi beatificado em 1886 e canonizado santo pela Igreja Católica em 1935.

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E.2. RENASCIMENTO E REFORMA:HUMANISMO: ERASMO DE ROTERDÃO


Humanista holandês de expressão latina, Desiderius Erasmus Roterodamus nasceu em 1469, em Roterdão, e veio a falecer em 1536, em Basileia. Hostil a qualquer tipo de fanatismo, procurou definir um ideal de tolerância e um retorno à pureza dos antigos costumes. Publicou O Elogio da Loucura (1511), Colóquios (1518) e Tratado do Livre Arbítrio (1524).

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E.1.O EXPANSIONISMO EUROPEU: RESUMO

Resumo sobre Expansão Marítima - Tópicos

1. Conceito
* Também chamada de Grandes Navegações , foi um movimento que ocorreu na Europa, a partir do séc. XV, quando países europeus – liderados por Portugal e Espanha – lançaram-se na conquista dos mares.

2. Causas
* Catequese : a Igreja Católica desejava conquistar novos fiéis para compensar as perdas na Europa.
* Tecnologias: alguns inventos, como bússola , astrolábio e a caravela tornavam as viagens mais seguras.
* Especiarias : temperos como canela, cravo e pimenta-do-reino custavam caro na Europa e foram uma das principais causas da expansão marítima.

3. Rotas das especiarias
* As rotas mais conhecidas para buscar especiarias eram a rota por terra ou via Mar Mediterrâneo .
* A rota por terra era dominada, geralmente, pelos árabes. Além disso, o percurso era muito grande, o que desestimulava a burguesia.
* A rota pelo Mar Mediterrâneo era dominada pelos italianos – especialmente de Gênova e Veneza.
* Cabia aos portugueses buscar uma rota alternativa. A escolha foi o Oceano Atlântico .

4. Riscos (imaginários) de navegação
* Navegar no Oceano Atlântico não era tarefa fácil.
* Este oceano era conhecido como Mar Tenebroso, pois havia a idéia de que era habitado por monstros marinhos .
* Além disso, acreditava-se na idéia – difundida pela igreja – da Terra Plana .
* Assim, em determinado ponto da viagem, as embarcações seriam atacadas por monstros ou cairiam em um abismo sem fim.

5. Riscos (reais) de navegação
* Além das crenças e superstições da época, os navegadores enfrentavam outras ameaças.
* Problemas como fome, sede, doenças, tédio e tempestades ofereciam perigos reais.
* Desta forma, das embarcações que partiam, poucas retornavam.

6. (Alguns) navegadores portugueses
* Bartolomeu Dias : chegou ao sul da África em 1488, no local denominado Cabo das Tormentas. Este local foi, futuramente, denominado Cabo da Boa Esperança.
* Vasco da Gama : primeiro navegador a atingir a Índia, em 1498. Trouxe um grande carregamento de especiarias.
* Pedro Álvares Cabral : veio ao Brasil, em 1500, antes de seguir até a Índia. A idéia predominante hoje é que esta vinda ao Brasil foi intencional.

7. (Alguns) navegadores espanhóis
* Cristóvão Colombo : era genôves, mas navegou em nome da coroa espanhola. Propôs a chegada na Índia navegando em sentido Oeste, mas acabou alcançando a América, em 1492.
* Fernão de Magalhães : comandou a expedição que efetuou a primeira circunavegação do planeta, partindo em 1519.
* Hernán Cortés : conquistou o Império Asteca, em 1519, no atual México.
* A Espanha entrou atrasada em relação à Portugal na conquista dos mares, pois estava expulsando os mulçumanos de seu território, na chamada Reconquista .

8. A divisão do mundo...
* Para dividir as terras conquistadas (Novo Mundo) entre Portugal e Espanha, foram criados dois documentos:
* Bula Intercoetera : foi assinada em 1493, pelo papa Alexandre VI, e dividia as novas terras através de um meridiano situado a 100 léguas da ilha de Cabo Verde. Portugal não se beneficiava com esta divisão, e exigiu um novo documento.
* Tratado de Tordesilhas : foi assinado em 1494, por pressões de Portugal. Estabelecia um meridiano situado a 370 léguas a partir da ilha de Cabo Verde.
* Estes documentos foram questionados por outros países europeus que não participaram desta divisão.

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E.1.O EXPANSIONISMO EUROPEU: VIDEOS

1492 Trailer La Conquista del Paraiso



1492 Reyes Catolicos reciben a Colón

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E.1.O EXPANSIONISMO EUROPEU: FICHA 1

ESCOLA EB 2,3/S DE ALFÂNDEGA DA FÉ

1. Completa sobre a cidade de Ceuta no séc XV.
CEUTA
Localização:
Data da conquista portuguesa:
Importância estratégica:
REI DE PORTUGAL:
MOTIVAÇÕES DA CONQUISTA:
POVO:
NOBREZA:
CLERO:
BURGUESIA:

2. Observa o mapa.

Título:___________


Continentes:
1. América
2. Europa
3. Ásia
4. Oceânia
5. África
3.1. Escreve no mapa, nos locais adequados: Lisboa, Ceuta, Madeira, Açores, Cabo Bojador, Arguim, Mina, Cabo da Boa Esperança, Brasil e Goa
3.2. Traça no mapa a Rota do Cabo, a Rota de Manila
3.3. Traça no mapa o meridiano de Tordesilhas
3.4. Pinta com cores diferentes os Impérios Português e Espanhol.
3.5. Completa a legenda no mapa
3.6. Dá um título ao mapa.

4. Faz a correspondência correcta entre os elementos das duas colunas.


Descobriu o continente americano em 1492, julgando ter atingido a Índia.
Cristovão Colombo

Explorou o litoral da actual Angola e chegou à costa da Namíbia.
Bartolomeu Dias

Em 1488, atingiu o cabo da Boav Esperança (ou cabo das Tormentas).
Vasco da Gama

Saiu de Lisboa em Julho de 1497 para atingir a cidade indiana de Calecute em Maio de 1498.
Diogo Cão

Dobrou o cabo Bojador no ano de 1434.
João Gonçalves Zarco

Redescobriu a ilha do Porto Santo em 1419 juntamente com Tristão Vaz Teixeira.
Gil Eanes

5. Menciona as condições estipuladas no Tratado de Tordesilhas para os países ibéricos.

6. Completa por baixo com os produtos originários de cada continente no comércio intercontinental.


EUROPA AMÉRICA ÁFRICA ÁSIA


7. Preenche a partir do texto, as quatro pranchas de banda desenhada, apresentada em baixo.
A vida a bordo dos barcos da carreira da Índia
“Todos os anos, entre a 2ª quinzena de Março e a 2ª quinzena de Abril, partia uma armada para a índia. Era esta a melhor altura para fazer a viagem, os ventos do Atlântico e a monção do Índico estavam de feição.
Cada nau tinha uma tripulação à volta de 130 pessoas, a que se juntavam cerca de 250 soldados, que iam prestar serviço no Oriente, para além de passageiros, homens, mulheres (poucas) e crianças.
Algumas naus chegavam a levar 800 pessoas.
O capitão de cada nau era um nobre que, grande parte das vezes, pouco sabia das coisas do mar. Competia-lhe tomar decisões em momentos oportunos.
Os problemas náuticos estavam a cargo do piloto; o mestre e o contramestre mandavam executar as manobras aos marinheiros.
Muitos dos que partiam inscreviam-se na Casa da Índia, outros eram recrutados à força. Os tripulantes eram pagos com soldo, mas tinham direito a certo espaço na nau para transportar mercadorias que, depois, podiam vender livremente.
A armada da Índia rumava à Madeira, seguia para Cabo Verde e depois em direcção à costa brasileira, desviando-se em seguida para o sul de África. Dia-a-dia, tinham lugar as operações rotineiras subia-se aos mastros, meneava-se o leme, faziam-se os quartos de vigia. Por falta de vento, os barcos, por vezes, paravam. Era preciso esperar.
As refeições eram feitas num fogão localizado na primeira coberta uma caixa de madeira com areia.
Nela colocavam-se as panelas, às vezes quase uma centena.
As naus levavam, biscoito, carne salgada, azeite, cebolas, peixe, água, vinho, animais vivos (galinhas, porcos, cabras). Nas escalas, quando era possível, faziam-se aguadas.
As mudanças de temperatura calor no equador, frio no sul de África provocavam doenças pulmonares; a falta de frutos e de vegetais causava o escorbuto. O barbeiro, que era ao mesmo tempo o cirurgião, via os dentes. O capelão ocupava-se dos moribundos. Os que morriam, por vezes em elevado número , eram lançados ao mar. As dificuldades aumentavam com as intempéries, o racionamento de géneros e as más condições higiénicas a bordo.
Nos dias passados no mar, os passageiros procuravam divertir-se com representações teatrais feitas por actores de ocasião, com simulacros de touradas e com jogos de cartas, em regra eram proibidos. As cerimónias religiosas, entre as quais as procissões, eram também frequentes.
Ao fim de cinco a sete meses, chegava-se finalmente à Índia. No regresso, esperava-os outros tantos trabalhos.”

BANDA DESENHADA

Á PARTIDA

NO ATLÂNTICO

NO ÍNDICO

CHEGADA À ÍNDIA

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E.1. O Expansionismo Europeu: PRODUTOS ORIENTAIS

OS PRODUTOS QUE VINHAM DO ORIENTE
PLANTAS

PIMENTA: Uma planta espontânea que existia na costa do Malabar, em Malaca e noutras zonas do Índico. Destinava-se a temperar e conservar os alimentos e era utilizada na preparação de medicamentos
CRAVINHO: Flor de uma árvore semelhante ao loureiro que crescia espontaneamente nas ilhas Molucas
NOZ-MOSCADA: Cultivava-se nas ilhas de Banda, na Malásia. Utilizava-se como tempero e para preparar medicamentos.
CANELA: Casca de uma planta espontânea nas ilhas de Ceilão e Java e na costa do Malabar. Utilizava-se como tempero e produto de farmácia.

ANIMAIS
ALGÁLIA:
Era um produto extraído de um animal semelhante ao gato que vivia em toda a Índia. Servia para preparar medicamentos e perfumes.
ALMÍSCAR: Era um produto extraído da pele de uns animais semelhantes ao cabrito que habitavam o Tibete e a China. Servia para perfume e farmácia.
OUTROS PRODUTOS
Do Oriente vinham também pérolas minúsculas a que se dá o nome de aljôfar. Eram pescadas no mar Vermelho, no Golfo Pérsico e na costa da Pescaria que fica a sul da Índia. Vinham , ainda pérolas grandes, pedras preciosas, sedas e porcelanas da China.

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E.1. O Expansionismo europeu: CRISTOVÃO COLOMBO E A DESCOBERTA DA AMÉRICA

CRISTOVÃO COLOMBO
Local de nascimento:Génova, Itália
Data de morte:20-5-1506
Local de morte:Valladolid, Espanha


Um mapa do florentino Toscanelli sugeria ao genovês, Colombo, a possibilidade de atingir as Índias pelo Ocidente. Acreditando nessa avaliação, apresentou seu projeto ao rei de Portugal, que lhe negou apoio. Foi então em busca da Espanha, e após insistentes solicitações, conseguiu o patrocínio de Fernando de Aragão e Isabel de Castela.
A expedição partiu rumo ao oeste, sob o comando de Colombo. Após 61 dias de navegação e uma escala nas Canárias, atingiram a ilha de Guanaani (San Salvador) nas Bahamas e, em seguida, Cuba e São Domingos. Cristóvão Colombo descobrira um novo continente, mas não se apercebera disso; acreditava ter chegado às Índias.
Os reis católicos de Castela e Aragão finalmente compreendem que é necessário encontrar outras rotas marítimas em direcção ao oeste para alcançar directamente as índias, já que a rota pelo Oriente é muito instável.
O navegador genovês havia lido o Livro das Maravilhas do viajante italiano Marco Pólo, que alcançara a China por via terrestre. Sabendo que a terra era redonda, ele acreditava chegar lá seguindo para o oeste, enfrentando o oceano.
Ele dispunha de um grande trunfo, a caravela. A revolução tecnológica precede e torna possível a conquista. A caravela é um navio de alto bordo, manejável, forte, ágil, de bom e sólido velame.
Depois de ter sofrido a recusa do rei de Portugal e de ter esperado por oito anos a decisão da rainha da Espanha Isabel, a Católica, Colombo conseguiu convencer a soberana sobre a possibilidade de uma viagem de exploração somente pelo oeste. Sabe-se que nos Açores os troncos de árvores trazidos pela correnteza comprovam a presença de terra a oeste.
Colombo se lança ao mar com os dois irmãos Pinzon e com as três caravelas Nina, Pinta e Santa Maria. Elas partem de Paios, na Andaluzia. São dois meses de navegação.
Em 12 de outubro de 1492, grita-se terra à vista do alto do tombadilho. Ouro, pedras preciosas? Nada disso, índios nus, plantas tropicais.
Nem pimenta, nem especiarias. Uma viagem a troco de nada? Colombo pensa que está no Japão. Ele está nas Bahamas, depois em São Salvador. Após em Cuba e no Haiti. Ele explora as ilhas mas não sabe onde se encontra.
Em 1493, uma segunda viagem permite que ele traga para a Espanha 500 índios sobre quem se perguntam se eles são possuidores de uma alma. Os espanhóis decidem convertê-los.
Em 1498, uma terceira viagem. A terra firme é novamente avistada, desta vez na embocadura do Orenoco. Colombo acredita que está na China.
Em 1502 uma quarta viagem, na qual a tripulação descobre a América Central, sem perceber que se trata de um continente.
Colombo morre, em 1506, sem saber que descobriu a América à qual um outro navegador, Américo Vespúcio, dará seu nome.


Américo Vespúcio (1454-1512)
O nome da América é uma homenagem ao mercador e navegador italiano Américo Vespúcio, primeiro a constatar que as recém-descobertas terras do Novo Mundo constituíam um continente e não parte da Ásia. Vespúcio, nasceu em Florença em 1454.

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E.1. O Expansionismo Europeu: TRATADO DE TORDESILHAS

Tratado assinado, em 1494, entre representantes da Coroa portuguesa e da Coroa espanhola em Tordesilhas (perto de Valladolid), e ratificado pelos respectivos reis (D. Fernando e D. Isabel de Castela e D. João II de Portugal).
O tratado pretendia, de forma geral, delimitar as áreas de influência dos reinos ibéricos na expansão ultramarina. Já anteriormente, o tratado de Alcáçovas (1479) e uma série de bulas papais tinham imposto uma demarcação dos direitos sobre os novos territórios descobertos, sendo as bulas geralmente favoráveis aos reis católicos. Os progressos na expansão - nomeadamente a passagem do cabo da Boa Esperança (1488) e a chegada de Colombo à América (1492) - vieram tornar mais prementes os interesses portugueses e espanhóis: D. João II pretendia, nomeadamente, assegurar para Portugal o domínio da rota do cabo, que lhe permitiria chegar à Índia pelo caminho que, assim o pensara, era o mais curto. Pelo tratado de Tordesilhas se definiu, pois, o domínio político, militar e comercial sobre os novos territórios e o equilíbrio das relações diplomáticas dos dois reinos.
De entre as resoluções então tomadas, a mais célebre e mais importante foi a da delimitação, através de um meridiano traçado a 370 léguas a oeste de Cabo Verde, das zonas de influência dos países ibéricos, cabendo a Portugal o hemisfério oriental e, a Espanha, o ocidental. Garantia-se aos navegadores espanhóis o direito de passagem para oeste e definia-se a repartição dos territórios que viessem a ser atingidos por Colombo, que então realizava a sua segunda viagem. Ambos os reinos se comprometiam a não recorrer ao papa com o intuito de alterar estas disposições, o que, a par da salvaguarda da rota do cabo, constituiu uma vitória para a diplomacia portuguesa.
Na prática, esta divisão do mundo foi limitada pelos interesses de outras nações europeias e pelas dificuldades científicas de traçar rigorosamente o meridiano definido. A longo prazo, no entanto, acabou por garantir a Portugal a posse do Brasil, cabendo a Espanha a maior parte do continente americano. O tratado de Tordesilhas acabou por ser anulado em finais do século XVIII.

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E.1. O Expansionismo europeu

A afirmação do expansionismo europeu.
Os impérios peninsulares
Os portugueses na África Negra

• Na colonização dos arquipélagos portugueses de África (Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe) foi utilizado o sistema de capitanias.
• No litoral africano, em locais estratégicos, os Portugueses fundaram feitorias para melhor desenvolverem as suas actividades mercantis.
• As relações com reis africanos começaram geralmente por ser amistosas. Comércio dos escravos, ouro, marfim e especiarias.
Espanhóis e Portugueses na América: o domínio das civilizações ameríndias
• Os espanhóis organizaram um vasto império nas Américas, destruindo algumas brilhantes civilizações.
• Começando por carregar para Espanha o ouro e a prata retirados dos impérios conquistados, acabavam por criar colónias de plantação.
• Nas Américas, onde a Igreja teve um papel importante na defesa dos Índios, os Espanhóis criaram uma civilização original, dominada pela sua língua, mas com raízes na cultura ameríndia.
• Portugal só a partir de 1530, com D. João III, começou a interessar-se pela colonização do imenso território do Brasil dividindo-o em capitanias.
• A criação de um governo geral (1549) permitiu o desenvolvimento da colonização que, nos primeiros tempos, teve na exploração da cana de açúcar a sua grande riqueza.
• A produção açucareira, que exigia grande quantidade de mão-de-obra, levou á necessidade de procurar escravos africanos.
O comércio intercontinental: Rotas e mercadorias
• A expansão marítima, ao aproximar os continentes e ao melhorar a resistência e segurança dos barcos, ampliou as trocas comerciais.
• O Atlântico destronou a importância do Mediterrâneo
• Lisboa e Sevilha tornaram-se os grandes portos do comércio ultramarino. Na 2ª metade do século XVI, os portos de Antuérpia , Amesterdão e Londres passariam a ser os grandes centros do comércio mundial.
• Desenvolveram-se as rotas:
- do Cabo
-do Atlântico
-de Manila
Repercussões da Expansão
Económicas:
• Atlântico- Centro de comércio europeu
• Comércio à escala mundial
Sociais
• Desenvolvimento da burguesia
• Aumento do tráfico negreiro
Demográficas
• Aumento da emigração
• Miscigenação
Culturais
• Algumas línguas europeias como o inglês, o francês, o castelhano e o português assumiram uma projecção universal
• A ciência avançou, a autoridade e o saber livresco, tão característicos da cultura europeia, viram muitos dos seus fundamentos ultrapassados.
• A arte reflectiu a mistura de elementos europeus e indígenas.

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E.1. O Expansionismo europeu: A CARREIRA DA ÍNDIA

DESCOBRIMENTOS: A EXPANSÃO PORTUGUESA
A CARREIRA DA ÍNDIA
Nos grandes navios de quatro mastros que em 1514 navegavam regularmente para a Índia surgiram pois muitas inovações técnicas. Por volta de 1500, os portugueses inventaram os turcos de ferro para manobra das âncoras. A partir de 1520 as popas passaram de redondas a quadradas, permitindo abrir portinholas para os guarda-lemes. Três anos depois surgiram as naus de costado liso a substituir o tradicional trincado, menos resistente. Os portugueses utilizaram pela primeira vez os pregos de ferro no fabrico das caravelas e naus e daí a possibilidade de fazerem costados lisos.
O tamanho das naus não parou de aumentar; dos 120 tonéis da “S. Gabriel” chegou-se à nau de mais de 2 mil toneladas e 110 peças, já no fim do Século XVIII. As últimas naus do tempo de D. Manuel I deslocavam 400 toneladas e atingiram as 900 toneladas durante o reinado de D. João III. Todavia, a ineficácia das naus excessivamente grandes era reconhecida, pelo que o Regimento de 1570,determinado por D. Sebastião, proibia naus da carreira da Índia com mais de 400 toneladas. Para iludir o regimento elevava-se os castelos da popa e da proa.
A nau típica da Carreira e das armadas de Albuquerque era em geral de 400 toneladas. Antes do aparecimento dessa maravilha bélico-naval que foi o galeão português, as naus acompanhadas de algumas caravelas fundaram o primeiro império europeu na Ásia. A guarnição tradicional de uma nau de 400 toneladas oscilava entre as 120 e as 168 almas, contando-se obrigatoriamente um capitão, um escrivão, dois pilotos, mestre de manobra das velas, contramestre, guardião, capelão, carpinteiro, calafate, tanoeiro, barbeiro que servia de cirurgião, meirinho, cozinheiro, dispenseiro e vários soldados e bombardeiros, além de marinheiros e grumetes.
A Nau de 550 a 800 tonéis é típica dos Séculos XVI e XVII. Tal como as suas antecessoras apresentava três cobertas, pelo menos. Na primeira jogava a artilharia; à ré localizava-se a tolda do capitão e os camarotes com janelas e, por vezes, varandins. Na segunda coberta ficavam os lugares (mais tardes denominados beliches) da tripulação; na terceira estavam os paióis da pimenta e à popa os das drogas – escreveu Oliveira Martins em “Portugal nos Mares”.
À popa e à proa erguiam-se castelos artilhados com peças de menor calibre fundamentalmente anti-pessoal como os “berços” e os “falcões” com a particularidade de serem carregadas pela culatra, utilizando uma câmara móvel que lhe conferia um excelente ritmo de fogo acompanhado pela produção de muito fumo, pelo que estavam instaladas no exterior em especial nas balaustradas dos encastelamentos numa espécie de forquilha que permitia uma grande manobralidade e arco de fogo, disparando pelouros de pedra, revestidos ou não de chumbo ou de ferro. De algum modo foram os antecessores de todas as armas modernas de fogo. Acrescente-se que os grandes canhões ou reparos das cobertas não permitiam fazer pontaria; a manobra do próprio navio é que servia para apontar reparos de duas rodas grandes cujo recuo era sustido por um forte sistema de cabos. A batalha era sempre travada com os navios em paralelo a dispararem uns contra os outros a distâncias um pouco superiores a 100 metros.
A vantagem dos portugueses no primeiro Século do Império relativamente aos navios de todos os outros países e nos seguintes relativamente às armadas de Oman, Cambraia, etc. consistia na excelência da construção. Os portugueses foram os primeiros a utilizarem pregos para pregarem o tabuado do casco, enquanto o Norte da Europa utilizava cavilhas de madeira em tábua sobrepostas. Também a calafetagem portuguesa era de grande qualidade; as naus da Flandres usam uma só estopa e mal conseguiam chegar a Lisboa sem terem de ser carenadas e calafetadas de novo, enquanto as portugueses aguentavam bem os mais de seis meses de viagem até Cochim ou Goa, pois os portugueses e espanhóis foram os primeiros a utilizar chumbo nas costuras das naus e aplicavam, além da estopa, a pasta “galagala” constituída por cal virgem, estopa amassadas com azeite o que dava um betume que revestia o interior do forrado de duas tábuas. Uma espécie do pladur dos nossos dias. Além disso, os mestre portugueses cobriam o costado de breu ou alcatrão. Para o obter queimavam-se pinheiros em fornos semelhantes aos da cal, deixando-se escorrer a resina para um depósito colocado no fundo do forno, um fosso onde era carbonizada a madeira. Ao resíduo pastoso obtido chamavam alcatrão que depois costumava ser cozido com vinagre coalhado que adquiria o nome de breu. As opiniões variavam entre o que era melhor, o alcatrão ou o breu, mas eram estas pastas impermeabilizadoras que davam a tonalidade negra às naus lusitanas. Claro, o melhor breu provinha da Alemanha ou do norte de Espanha, sendo o da Biscaia. Os pinheiros alemães davam a melhor resina para o efeito, mas os alemães quase não faziam naus. Segundo a historiadora Leonor Freire Costa, entre 1498 e 1505, Lisboa importou 4.778 barris de alcatrão e breu.
As naus portuguesas era calafetadas com estopa de linho ou cânhamo que, segundo o Padre Manuel de Oliveira, incha bem com a água e absorve o sebo. Os velhos cabos das naus regressadas das Índias eram frequentemente desfiados em casa por mulheres pobres de Lisboa para fazer estopa.
Nas naus portuguesas, e não só, o lugar do capitão era o chapitéu e o grito de combate: “Jesus! S. Tomé!Ave-Maria!.
Sob a coberta, junto ao paiol estava o capitão de fogo a distribuir a pólvora que tirava às gamelas ou ensacada dos caldeirões defendidos do lume por colchas e cobertores molhados.
De 1497 a 1612, o Estado português armou para a Índia 806 naus, - diz-nos ainda Oliveira Martins. Desses navios, regressaram 425, arribaram 20, perderam-se 66, foram tomadas pelo inimigo 4, queimaram-se 6 e ficaram na Índia 285. Portanto, só cerca de 10% é que se perderam verdadeiramente, sem contar com as que ficaram na Índia e que tiveram destinos diversos, principalmente nos combates travados. As naus podiam com ventos muito favoráveis atingir velocidades de 8 a 10 nós, mas em média uma Armada da Índia fazia todo o percurso a uma média de 2,5 nós durante seis meses ou mais.
Os portugueses eram, sem dúvida, os melhores construtores de naus nos Século XVI e XVII, tendo algumas delas chegado a dobrar o Cão da Boa Esperança dezenas de vezes ao longo de vinte e cinco anos como aconteceu com a célebre “Chagas” que levou ao Índico quatro vice-reis. As “Décadas” de Diogo de Couto contam muitas das suas proezas, mas com muito exagero pois chga a falar em duzentas voltas pelo Cabo, o que só seria possível em mais de um Século de vida da nau.
Na realidade, o tempo de vida médio das naus do Século XVII variava entre três ou quatro anos. As primeiras naus duraram mais como a “Circe” e a “Flor de La Mar”, já descrita neste blog.
O verdadeiro declínio na construção das naus verificou-se com a perda da independência com a dinastia dos Habsburgos que privatizaram a carreira da Índia com a formação da “Companhia das Índias”. Em 1631, a referida companhia despachou para a ìndia as naus “N. Senhora de Belém” e “N. Senhora do Rosário” tão mal construídas que não conseguiram dobrar o Cabo da Boa Esperança. “Os interesses privados não eram capazes de prover as naus com mantimentos suficientes, nem sequer equipamento náutico”, queixou-se então amarguradamente o almirante António de Saldanha. Em 16636, a Companhia das Índias fechava por falência.

Publicado por Dieter Dellinger na REVISTA DE MARINHA Nr. 789 de Março de 1986.

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E.1. O Expansionismo Europeu: CARAVELA

A caravela foi uma embarcação usada e inventada pelos portugueses e também usada pelos espanhóis durante a Era dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI. Segundo alguns historiadores, o vocábulo é de origem árabe carib (embarcação de porte médio e de velas triangulares — velame latino). De acordo com outros, no entanto, a palavra seria derivada de carvalho, a madeira usada para construir as embarcações. A caravela foi inventada durante os séculos XV e XVI. Os Turcos dominaram e invadiram a cidade de Constantinopla. Com isso provocou crise económica e falta de especiarias como por exemplo: pimenta, azeite, vinagre e etc. Na caravela tinham no mínimo 40 homens e 4 tripulantes. O máximo de metros era de 30 metros de altura e largura. A caravela é uma embarcação rápida, de fácil manobra, apto para a bolina, de proporções modestas e que, em caso de necessidade, podia ser movido a remos. Eram navios de pequeno porte, de três mastros, um único convés e ponte sobrelevada na popa; deslocavam 50 toneladas. As velas «latinas» (triangulares) eram duas vezes maiores que as das naus, o que lhes permitia ziguezaguear contra o vento e, consequentemente, explorar zonas cujo regime dos ventos era desconhecido. Apetrechada com artilharia, a caravela transformou-se mais tarde em navio mercante para o transporte de homens e mercadorias.
Gil Eanes utilizou um barco de vela redonda, mas seria numa caravela (tipo carraca) que Bartolomeu Dias dobraria o Cabo da Boa Esperança, em 1488. É de salientar que a caravela é uma invenção portuguesa, em conjunto com os conhecimentos que haviam adquirido dos árabes ou muçulmanos.
Se bem que a caravela latina se revelou muito eficiente quando utilizada em mares de ventos inconstantes, como o Mediterrâneo, devido às suas velas triangulares, com as viagens às Índias, com ventos mais calmos, tal não era uma vantagem, já que se mostrava mais lenta que na variação de velas redondas. A necessidade de maior tripulação, armamentos, espaço para mercadorias fê-la ser substituída por navios mais potentes.

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E.1. O Expansionismo Europeu: INÍCIO DA EXPANSÃO PORTUGUESA: A CONQUISTA DE CEUTA

Assinada a paz com Castela, em 1411, D. João I procurou resolver os problemas do reino que estava pobre.
As conquistas no Norte de África surgiram como uma solução: agradavam à nobreza que procura a guerra como forma de obter honra, glória, novos cargos e títulos; agradavam ao clero pois era uma forma de combater os Mouros, inimigos da religião cristã; agradavam à burguesia pois assim poderia controlar a entrada do Mar Mediterrâneo e o comércio de escravos, ouro, especiarias e cereais.
Assim, em 1415, uma poderosa armada preparada por D. João I tomou a cidade de Ceuta: 33 galés, 27 trirremes, 32 birremes e 120 outros barcos, onde se amontoaram 50 mil soldados - todos "cruzados" (ou seja, com cruzes de tecido coladas aos uniformes, já que partiam para uma guerra santa).
O comando da armada foi entregue aos filhos do rei D. João I, entre os quais o infante D. Henrique. Na manhã de 14 de agosto de 1415, com Ceuta desprotegida - por um inexplicável desleixo do soberano Sala-bin-Sala -, os lusos invadiram a cidade como uma horda de bárbaros. Mataram milhares de mouros, saqueando tudo o que podiam encontrar, destruindo lojas, bazares, mesquitas e o palácio do governante. Depois de dez horas de batalha desigual, contra adversários desarmados, os portugueses tornaram-se senhores de Ceuta.

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E.1. O Expansionismo Europeu: Instrumentos náuticos de orientação

A ORIENTAÇÃO
As rotas mais favoráveis foram identificadas desde a viagem de Vasco da Gama. Para poderem procurá-las os marinheiros tinham que se orientar, e faziam-no utilizando os seguintes instrumentos:


BÚSSOLA


ASTROLÁBIO


QUADRANTE;

Depois do contacto com os navegadores árabes que circulavam no Índico passaram a usar também a
BALESTILHA

A representação da Terra
Além dos instrumentos, utilizavam não só CARTAS (mapas) onde as rotas vinham assinaladas como o conhecimento dos pilotos, cuja intuição e experiência eram indispensáveis a bordo. De início havia pilotos excelentes no Atlântico mas com dificuldades de se orientarem no Índico.
Com o decorrer do tempo acabaram por surgir grandes pilotos para todo o percurso da carreira da Índia.
À medida que os Descobrimentos avançaram foi possível fazer mapas cada vez mais próximos da realidade. Em Portugal surgiram verdadeiros especialistas em náutica e cartografia, que eram procurados a peso de ouro por toda a Europa. Notabilizaram-se neste campo as famílias Reinel, Homem, Teixeira e outras.
O primeiro planisfério hoje conhecido deve-se a um cartógrafo português anónimo. Este planisfério é conhecido como Planisfério de Cantino.
Os mapas e atlas portugueses do século XVI são dignos de nota não só pelo progressivo rigor científico como pelas magníficas ilustrações e iluminuras, que os transformam em autênticas obras de arte.

ROSA-DOS-VENTOS

Em todos os mapas figura a rosa-dos-ventos. Os Portugueses representaram-na com desenhos lindíssimos e incluíram algumas inovações que vieram a tornar-se um hábito em toda a parte, como por exemplo, a flor-de-lis para indicar o norte e a cruz de Cristo para indicar o oriente.

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E.1. O Expansionismo Europeu: Esquema conceptual

ESQUEMA CONCEPTUAL
No século XV a Europa inicia um processo de abertura ao mundo, através da expansão marítima. Nesse processo a prioridade coube aos países ibéricos (primeiro Portugal e depois Espanha), que no decurso dos séculos XV e XVI, dominaram as rotas do comércio marítimo e controlam a economia mundial. A abertura de novos espaços proporcionou, por sua vez, a introdução de novos valores e atitudes na sociedade e mentalidades europeias.

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A TERRA:

A Terra e o sistema solar

A ÁFRICA
É o 3º maior continente (22% da área total dos continentes), com 30 330 000 Km². Tem uma costa pouco recortada e situa-se quase todo na zona Tórrida, sendo por isso o mais quente. É em África que se situa o maior deserto do mundo, o Saara, e o mais comprido rio, o Nilo. Apenas 6% do deu solo é arável mas possui as maiores riquezas minerais que há no mundo.
Em 1990 tinha 627 milhões de habitantes, o que correspondia a 12% da população mundial.
O seu ponto mais elevado é o Kilimanjaro com 5.895 metros de altitude.

A EUROPA

Com 10.530.000 km², é quatro vezes menor do que a Ásia, continente a que está unida.
É o mais densamente povoado.

Apresenta uma costa muito recortada, com vários mares e penínsulas.

A OCEANIA
A Oceania é um continente que compreende a Austrália, a Nova Zelândia e inúmeras ilhas do Pacífico e Índico (mais de 10000).
Tem uma área de cerca de 9.000.000 km² e é o mais pequeno continente.
Está situada entre o Oceano Índico e o Oceano Pacífico. A Oceania é o mais pequeno continente e é pouco povoado.

A Terra é o 5º maior planeta do sistema solar e o terceiro a partir do Sol.
Tem forma esférica, ligeiramente achatada nos pólos. Vista do espaço tem uma cor azulada devido à enorme massa de água que a cobre. Tem um satélite natural, a Lua.

Também a Terra tem a sua História.
Ter-se-á formado há cerca de 4,65 biliões de anos!
Inicialmente existiria apenas um único oceano - Pantalassa - que rodearia todas as terras. Estas constituíam um único continente - a Pangeia. Mas poderosos movimentos internos, que ainda hoje ocorrem, foram provocando fracturas e mudanças de posição da superfície terrestre.
Assim, foram-se formando os continentes e oceanos tal como os conhecemos hoje (que não estão fixos, continuam a mover-se...).

Os continentes são seis e ocupam cerca de 1/4 da sua superfície: Europa, Ásia, África, América, Oceania e Antárctida.
Os Oceanos são cinco e ocupam cerca de 3/4 da sua superfície: Atlântico, Pacífico, Índico, Glaciar Árctico e Glaciar Antárctico.


COMO REPRESENTAR O NOSSO PLANETA...


Sabes indicar quais são os cinco oceanos e os seis continentes?

Globo Terrestre

O globo terrestre é a melhor forma de representar a Terra pois tem uma forma muito semelhante a ela - é como se a olhássemos de longe.
Mas tem alguns inconvenientes: não é fácil de transportar e não mostra a superfície terrestre em pormenor.

Mapas e Planisfério

Pelo contrário, os mapas, apesar de deformarem a forma real da Terra, porque a representam de forma plana, permitem-nos localizar os diferentes locais mais em pormenor.
Ao mapa que representa toda a superfície terrestre dá-se o nome de planisfério.

São elementos integrantes de um mapa a escala e a legenda.
Paralelos


Para melhor estudar a superfície terrestre, dividimo-la em linhas imaginárias:
O eixo da Terra, em torno da qual faz o seu movimento de rotação, e que a intersecta nos pólos (Norte e Sul).
O Equador que divide a Terra em dois Hemisférios, o Norte e o Sul.
Os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, linhas paralelas ao Equador, que separam as zonas temperadas da zona quente.
Os Círculos Polares Árctico e Antárctico, também paralelos ao Equador, que separam as zonas temperadas das frias.

Os Meridianos



Os Meridianos são linhas perpendiculares ao Equador.
Os fusos horários são estabelecidos com base neles.
Em Portugal regulamo-nos pelo Meridiano de Greenwich.

Rosa-dos-Ventos
(A direcção O - Oeste - pode vir indicada com W, do inglês West.)

Pontos cardeais
N - Norte ou Setentrião
S - Sul ou Meridião
E - Este, Leste ou Oriente
O - Oeste ou Ocidente

Pontos colaterais
NE - Nordeste
NO - Noroeste
SE - Sudeste
SO - Sudoeste
A Rosa-dos-Ventos é um esquema em forma de estrela que representa as diferentes direcções dos pontos cardeais e dos pontos colaterais. Todos os mapas devem conter, pelo menos, a indicação de Norte.

Antigos mapas portugueses tinham a indicação de Este ou Oriente mais destacada devido ao domínio português nessa zona.

Em orientação, um dos aparelhos mais usados é a Bússola. A sua agulha, por magnetismo, indica sempre o Norte (magnético).

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E.1. O Expansionismo europeu

A EUROPA E O MUNDO ANTES DA EXPANSÃOA Europa conseguira no século XV, ultrapassar a crise económica e social que tanta perturbação provocara no século anterior.
A África, com excepção da costa mediterrânica, era pouco conhecida. Nela viviam povos com formas diversas de organização económica, social, política e religiosa.
No Oriente sobressaía a riqueza e a superior cultura da China e da Índia.
Na América existiam povos em situação de diferente desenvolvimento civilizacional.
Os muçulmanos controlavam o comércio internacional.

CONDIÇÕES DA PRIORIDADE PORTUGUESA
Grande tradição marítima.
Domínio da ciência náutica aprendida, sobretudo com Árabes e Judeus.
Superioridade nas técnicas de construção naval. A Caravela tornar-se-ia um barco muito avançado para a época.


INTERESSES DOS GRUPOS SOCIAIS E DO PODER RÉGIO NO ARRANQUE DA EXPANSÃO PORTUGUESA.
Interesse do poder régio (D. João I).
A Nobreza desejava cargos e rendas.
O Clero desejava propagar a fé.
A Burguesia necessitava de novos mercados para fazer comércio.
O Povo pretendia a melhoria das condições de vida.

DESCOBRIMENTOS E CONQUISTAS NO PERÍODO HENRIQUINO: ÁREAS E PROCESSOS DE EXPLORAÇÃO.1415-Conquista de Ceuta
As viagens marítimas:
1419-Reconhecimento do arquipélago da Madeira
1427-Reconhecimento de algumas ilhas do arquipélago dos Açores.
1434- Ultrapassagem do Cabo Bojador por Gil Eanes. Era o limite até então navegado por Europeus.
1434- Ataque a Tânger, onde Portugal saiu derrotado.
1441- Nuno Tristão ultrapassa o cabo Branco
1460- Morte do Infante D. Henrique. Pedro Sintra chega à serra Leoa.

A POLÍTICA DE D. AFONSO V
Retornou-se à política de CONQUISTA das praças marroquinas: Alcácer-Ceguer, Arzila e Tânger.
A expansão marítima, perdendo o dinamismo inicial, é entregue a um particular, o mercador Fernão Gomes, que explora a região do golfo da Guiné (obrigação de explorar 100 léguas por ano)

A POLÍTICA EXPANSIONISTA DE D. JOÃO II E A RIVALIDADE LUSO-CASTELHANA.Comércio colonial era monopólio da Coroa.
Diogo Cão ao longo de duas expedições (1482-83 e 1485-86) explorou a região do rio Zaire.
BARTOLOMEU DIAS (1487-88) ao ultrapassar o limite sul do continente africano, cabo das TORMENTAS abriu o caminho para a viagem de Vasco da Gama.
1492- CRISTOVÃO COLOMBO ao serviço de Castela, chegou às Antilhas (América), pensando ter atingido o Oriente das especiarias.
A descoberta de COLOMBO agravou os conflitos entre Portugal e Castela.
1494- O TRATADO DE TORDESILHAS, assinado entre Portugal ( D. João II) e Castela (Reis Católicos) veio dar solução aos problemas, dividindo o Mundo por um meridiano em duas zonas, uma para Portugal outra para Castela.

DESCOBERTA DO CAMINHO MARÍTIMO PARA A ÍNDIA E DO BRASIL
VASCO DA GAMA (1497-98) descobriu o caminho marítimo para a Índia.
PEDRO ALVÁRES CABRAL (1500)- Descobriu o Brasil
Controle político do Oriente através de vice-reis.
1º Vice-rei: D. Francisco de Almeida
2º Vice-rei: Afonso de Albuquerque entre outros
FERNÃO DE MAGALHÃES, navegador português ao serviço de Espanha e Sebastião del Cano (1519-22) realizaram a mais extraordinária viagem do século XVI, a circum-navegação do Globo terrestre.

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MÉTODOS PEDAGÓGICOS

Métodos Pedagógicos
A palavra método significa caminho ou processo racional para atingir um dado fim. Agir com um dado método supõe uma prévia análise dos objectivos que se pretendem atingir, as situações a enfrentar, assim como dos recursos e o tempo disponíveis, e por último das várias alternativas possíveis. Trata-se pois, de uma acção planeada, baseada num quadro de procedimentos sistematizados e previamente conhecidos.
Em pedagogia, entende-se por métodos os diferentes modos de proporcionar uma dada aprendizagem e que foram sendo individualizados pelos pedagogos ou a investigação científica.
O método não diz respeito aos vários saberes que são transmitidos, mas sim, ao modo como se realiza a sua transmissão. Podemos definir um método pedagógico como:
Uma forma específica de organização dos conhecimentos, tendo com conta os objectivos da programa de formação, as características dos formandos e os recursos disponíveis.

1. Tipologia dos Métodos Pedagógicos
Estamos longe de uma classificação universal dos métodos pedagógicos. Roger Mucchielli, por exemplo, propos uma classificação dos métodos baseada num "contínuum" desde os completamente "passivos" aos mais "activos". Pierre Goguelin agrupou-os em três grandes grupos: Métodos Afirmativos (expositivos e demonstrativos), Métodos Interrogativos e Métodos Activos. Actualmente esta classificação tende a ser feita em função do recurso pedagógico que é particularmente valorizado.
1.1. Métodos Verbais
A transmissão oral dos saberes, continua a ser a mais clássica, mas também a mais moderna foram de comunicação pedagógica. A sua enorme diversidade decorre obviamente das própria multiplicidade de formas a que podemos recorrer para expôr ou interrogar os alunos sobre um dado tema.
1.2.Métodos Intuitivos
Trata-se de mostrar algo a alguém de forma a que possa intuir, apreender ou perceber o que se pretende transmitir.
1.3.Métodos Activos
Um dos primeiros grandes teóricos deste tipo de métodos foi Pestalozzi(1746-1827). Influenciado pelas ideias de Rosseau defendeu que a educação deveria "preparar os homens para certos desempenhos na sociedade". A educação devia apresentar-se como um desenvolvimento natural, espontâneo e harmónico das disposições humanas mais originais, na sua triplice dimensão: a vida intelectual, moral e artística e técnica. No final do século XIX, foram finalmente consagradas as bases filosóficas da pedagogia contemporânea. William James (1842-1910), concebeu a educação como "um processo vivo que permite ao homem reagir adequadamente face às mais diferentes circunstâncias". John Dewey (1859-1952), concebeu a educação baseada na acção. A sua pedagogia activa assenta nos seguintes princípios:
1. O aluno só aprende bem quando o faz por observação, reflexão e experimentação (auto-formação);
2. O ensino dever ser adaptado à natureza própria de cada aluno (ensino-diferenciado);
3. Deve desenvolver, não apenas a sua formação intelectual, mas também as suas aptidões manuais, assim como a sua energia criadora (educação integral);
4. A matéria de ensino deve ser organizada de uma forma que produza uma efeito global na formação do aluno (ensino global);
5. O ensino deve contribuir para a socialização do aluno, por meio de trabalhos em grupo, respeitando e fortalecendo sempre a individualidade dos alunos. A educação é vida e educar é preparar para a vida (ensino socializado).
Ao longo do século XX a pedagogia activa, conheceu inúmeros avanços téoricos e práticos, influenciando todos os outros métodos de ensino.
Estes métodos tem vindo a impôr-se devido a cinco razões essenciais: a)A crescente importância dada às vivências individuais; b) O aumento da motivação ligada a actividades que envolvem directamente o formando; c) A necessidade incrementar os hábitos de trabalho em grupo, para o aperfeiçoamento das relações humanas; d) A mudança do papel do formador, este deixou de ser visto como o detentor do saber, para ser encarado como um facilitador e animador; f) A evolução dos métodos de controlo, que passaram de um sistema de autoritário, para outros baseados no auto-controlo, auto-avaliação dos individuos e do grupo.

II. Escolha dos Métodos Pedagógicos
Na escolha de um método pedagógico, o formador deverá ter em conta quatro factores essenciais:
- As características dos formandos;
- As características do saber;
- O condicionamento e os recursos inerentes à situação de formação.
- O seu estilo pessoal.
A escolha do método, como escreve Lucília Ramos, é tudo menos inocente. Esta escolha pode determinar a "selecção" em termos de resultados finais. Não nos podemos esquecer que num grupo de formandos existe uma enorme diversidade de estilos e de ritmos de aprendizagem, e através da escolha e da aplicação correcta dos métodos os formador faz a gestão destas diferenças. Assim, se nenhuma escola é inocente, à partida qualquer escolha implica o sucesso ou o insucesso de alguns formandos.

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CADERNO DE ACTIVIDADES

.Rumos da expansão
.Rumos da expansão(2)
.Descobertas
.Descobertas(2)
.Renascimento
.Novos Valores Europeus
.Protestantismo
.União Ibérica
.Sociedade de Ordens
.Revolução Industrial
.Civilização Industrial

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CADERNO DE ACTIVIDADES

O mundo industrializado
Os países de difícil industrialização: o caso português

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CADERNO DE ACTIVIDADES

A Revolução Agrícola e o arranque da Revolução Industrial
O triunfo das revoluções liberais
A revolução liberal portuguesa

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CADERNO DE ACTIVIDADES

O império português e a concorrência internacional
Absolutismo e Mercantilismo numa sociedade de ordens
A cultura em Portugal face ao dinamismo da cultura europeia

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

CADERNO DE ACTIVIDADES

A abertura ao mundo
Os novos valores europeus

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CADERNO DE ACTIVIDADES

Estes jogos exigem o Plugin Macromedia Flash 5

DESCOBRIMENTOS
ABERTURA AO MUNDO
COMÉRCIO COLONIAL
NOVOS VALORES EUROPEUS
RENASCIMENTO
MENTALIDADE MODERNA
REFORMAS RELIGIOSAS
BARROCO
BARROCO PORTUGUÊS
UNIÃO IBÉRICA
RESTAURAÇÃO
SOCIEDADE DE ORDENS
MERCANTILISMO
ILUMINISMO
INVENÇÕES
DESPOTISMO
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
INOVAÇÕES
REVOLUÇÕES LIBERAIS
REVOLUÇÃO LIBERAL PORTUGUESA

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VISITA DE ESTUDO

Algumas sugestões didácticas para a realização de visita de estudo:

1 - Para uma visita de estudo obter sucesso é necessário ter em conta alguns princípios gerais. Esses princípios devem ser adaptados às características específicas de diferentes aspectos:

  • a turma;
  • grau de ensino;
  • nível etário dos alunos.

2 - Uma visita de estudo pode ter diversas funções:

  • motivação da turma para uma determinada matéria;
  • conclusão ou síntese final de um estudo;
  • estudo de um assunto através da observação dos elementos durante a visita de estudo.

3 - A visita de estudo deve passar por três etapas:

  1. - Preparação da visita de estudo:
  • escolha do local a visitar;
  • data da realização da visita;
  • meios de transporte;
  • autorizações do Conselho Directivo da escola e dos encarregados de educação;
  • informação ao delegado de grupo da disciplina;
  • definição de objectivos desde o domínio cognitivo aos das capacidades e competências, valores e atitudes;
  • fornecimento de informação sobre o assunto aos alunos através de textos ou folhetos impressos sobre o local a visitar ou uma aula audio-visual que servirá de motivação para a visita de estudo;
  • tentar a multidisciplinariedade, se possível;
  • também, se possível, integrar esta actividade no estudo de um determinado tema do programa.
  1. - Realização da visita de estudo. Esta pode ser de dois tipos:
  • visita guiada - incide no processo de transmissão de saber. O professor ou o funcionário da instituição que visitámos é o guia da visita. Este tipo de visita deve ser feita com um número reduzido de alunos e ter uma duração curta. As explicações devem ser breves para os alunos poderem tirar notas sobre o assunto.
  • visita de descoberta - incide na actividade de descoberta do aluno, através de um método de estudo dirigido. Há uma actuação conjunta entre professor e alunos. Os alunos aprendem a observar e pensar sobre o que estão a estudar, guiados por um conjunto de questões que vão tentar dar-lhes resposta pela sua descoberta. No entanto, há, previamente, uma preparação da visita, pois o aluno não vai à descoberta sem qualquer esquema de apoio para o seu trabalho. Deve haver uma ficha de registo ou guia de observação para o aluno registar os dados.
  1. - Avaliação da visita de estudo

Na aula seguinte à realização da visita, os alunos apresentam um relatório ou um trabalho ilustrado que apresente em síntese as suas conclusões.

De seguida, deve haver uma reflexão conjunta entre professor e alunos sobre a visita, discutindo:

  • os conhecimentos adquiridos;
  • os aspectos positivos ou negativos da visita.

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COMO FAZER UMA DRAMATIZAÇÃO EM HISTÓRIA

A dramatização pode ser de dois tipos:

  • representações individuais ou de um número reduzido de alunos;
  • representações colectivas em que todos os alunos da turma participam.

A dramatização tem como base:

  • um tema, ou
  • um texto, que pode ser improvisado ou já previamente elaborado.

A representação cénica obedece a técnicas de dramatização. A sua realização obedece a diferentes etapas:

1ª ETAPA - Preparação da Representação

  1. O texto da dramatização

O texto pode ser de três tipos diferentes:

  1. um texto que já esteja previamente elaborado, podendo sofrer alguns cortes ou acrescentos;
  2. elaboração de um texto dramático pelos alunos a partir de conhecimentos já estudados. Para isso, deve ter em conta os seguintes momentos:
  • definição dos momentos que considera mais representativos da acção;
  • personagens - sua caracterização física e psicológica (é um dos aspectos mais importantes para a dramatização ter sucesso; se necessário podem mesmo exagerar as características para que elas sejam bem visíveis quando forem representadas, com a utilização, por exemplo, de adereços);
  • finalmente, a criação do texto.
  1. adaptação de um texto narrativo a um texto dramático. Esta tem de ter em conta os seguintes aspectos:
  • definição da existência ou não de um narrador;
  • distinção de personagens principais e secundárias;
  • transformação do discurso indirecto em discurso directo.
  1. Distribuição de papéis.
  2. Escolha e preparação de adereços para as personagens e para o espaço cénico.
  3. Organização do espaço onde vai ser feita a representação cénica. Este aspecto deve ser bem pensado, pois tem influência na maneira como se vai sentir a representação.

2ª ETAPA - Execução da dramatização

O ambiente de actores e observadores deve estar calmo e ordenado.

3ª ETAPA - Discussão sobre a dramatização

  • Avaliação do trabalho realizado, pela troca de opiniões entre os participantes, por exemplo, se foi fácil ou não representarem determinada personagem.
  • Os observadores devem fazer uma crítica construtiva do trabalho.

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O FILME HISTÓRICO

A utilização do filme histórico na aula pode ser um meio de motivar os alunos para um determinado assunto, ou uma forma de consolidar determinados conhecimentos já aprendidos na aula. O filme histórico pode ser um ponto de partida para trabalhos de pesquisa dos alunos, por exemplo, fazendo uma pesquisa de outros filmes sobre o mesmo assunto , ou sobre outras matérias do programa.
No entanto, a utilização do filme histórico na aula pressupõe um trabalho de análise do mesmo.Fases que se devem ter em conta na análise de um filme histórico:

1 - elaboração da ficha técnica do filme: título, realizador, ano de produção, actores;

2 - localização da acção no espaço e no tempo;

3 - identificação das personagens como figuras históricas;

4 - descrição do contexto: os meios de transporte, vestuário, mobiliário, arquitectura, linguagem, etc;

5 - resumo do filme, salientando os factos históricos, e sendo secundários os aspectos de pura ficção;

6 - comentário crítico ao filme: seus contributos para a aprendizagem do tema e eventuais erros ou imprecisões que o filme contenha.Também pode organizar debates subordinados ao tema que o filme retrata, interligando matéria programática e a fonte histórica que é o filme.

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TRABALHAR COM MAPAS

1. Introdução

A importância da exploração e construção de mapas na aula de História

Os mapas devem estar presentes na aula de História, pois sem eles a interacção dialéctica entre o Homem e o espaço perde significado. Há uma melhor compreensão do espaço onde decorrem os acontecimentos quando este se faz representar por mapas.

2. Classificação dos mapas

Podemos classificar mapas segundo dois princípios:

  • conforme os espaços que representam
  • conforme os conteúdos ou assuntos a que se referem

Isto significa que podemos ter vários mapas que representam o mesmo espaço, mas cada um deles nos dar informações diferentes sobre o que lá existe ou acontece.

Tipos de mapas:

  • Mapa-Mundo ou Planisfério - representa toda a Terra.
  • Mapa Geral - representa um ou mais continentes.
  • Mapa Particular - representa uma nação ou grande região. É útil para observar áreas com grande pormenor.
  • Mapa Físico - refere aspectos físicos, como relevo, hidrografia, clima, vegetação.
  • Mapa Humano - refere a densidade populacional, a separação dos países, o tipo de povoamento, a distribuição das raças de pessoas.
  • Mapa Económico - pode representar a distribuição e criação de animais, as culturas agrícolas, os recursos minerais ou piscatórios, as zonas industriais.

3. Exploração de Mapas - Elementos a ter em conta e sua etapas:

- 1ª Etapa - Observação do mapa

  • Título - indica-nos o conteúdo geral do mapa.
  • Escala - permite-nos comparar as distâncias do mapa com as distâncias reais.
  • Legenda - permite-nos fazer a leitura do mapa através de sinais (cores, símbolos).
  • Identificação das áreas geográficas - identificação de continentes, oceanos, países, localidades, rios, relevo, através da qual podemos relacionar os factos ou realidades históricas entre si e concluir sobre a importância de determinadas áreas geográficas.

- 2ª Etapa - Interpretação do mapa

Depois da identificação das áreas geográficas consegue-se compreender que estas têm a ver com o conteúdo indicado pelo título e perceber todas as informações que podemos retirar do mapa. Ainda compreender o significado dos sinais da legenda e perceber o modo como estão distribuídos no mapa ou as quantidades que querem representar.

- 3ª Etapa - Aquisição de novos saberes

Através do mapa o aluno pode tentar encontrar o motivo pelo qual as informações recolhidas acontecem naquele local ou que relação têm com outros conhecimentos que o aluno já possua desse mesmo local. Desta forma, o mapa pode ser um contributo para aquisição de novos saberes.

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ANÁLISE DE IMAGENS

A nossa actualidade vive na civilização da imagem, por isso, esta deve cada vez mais ser um recurso pedagógico. Para além disso, as imagens constituem uma das mais importantes fontes de informação histórica.Na leitura da imagem, o professor deve ser capaz de desenvolver no aluno:

  • enriquecimento de vocabulário;
  • espírito crítico;
  • desenvolver o gosto pela arte;
  • incentivar a sensibilidade, a educação estética, a criatividade.
Funções da imagem para a aula de História:
  • função motivadora;
  • função estética;
  • função ilustrativa;
  • função vicarial, permitindo explicar conteúdos de difícil entendimento apenas pela verbalização.
Etapas de análise da imagem:
1 - Impressão geral: a nível estético (o valor artístico da imagem); a nível pessoal (satisfação e prazer de quem observa).
2 - Localização da imagem: no tempo (obtida através da identificação do autor ou do acontecimento aí retratado) e no espaço.
3 - Observação dos pormenores (personagens, paisagem, vestuário, objectos, etc).
4 - Descrição e significado da imagem: leitura do que se observa, associando-a ao título ou legenda da gravura; descoberta do significado real ou simbólico da imagem, recordando conhecimentos anteriormente adquiridos.
5 - Análise dos elementos pictóricos - sobretudo para o caso da pintura, principalmente se estamos a estudar um tema de arte: as técnicas (brilho e luz, sobreposição das cores, materiais utilizados, etc); a forma (se esta se obtém através do predomínio da linha ou da cor e, dentro destas, se predomina a linha recta ou curva, as cores puras ou compostas, claras ou escuras); a luz e a cor ( os efeitos de sombra e de contra-luz, o jogo e gradação das cores).

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ANÁLISE DE DOCUMENTOS ESCRITOS

1. Vantagens da utilização do documento escrito na aula de História
  • ajuda o aluno a desenvolver o espírito de observação, estimula a pesquisa, desperta a curiosidade, fomenta a criatividade e fortalece o sentido crítico;
  • contribui para ultrapassar a tendência verbalista e predominantemente informativa do ensino;
  • ajuda o aluno a organizar-se.
2. Critérios para a escolha de documentos escritos:
  • de acordo com os objectivos de aprendizagem definidos;
  • tem de estar ligado aos conteúdos a estudar;
  • em função do nível etário dos alunos;
  • não ser muito longo, nem muito complexo;
  • deve ser um documento rico em informação.
O documento deve ser sempre fornecido ao aluno, ou através do seu manual, ou fotocopiado, ou ainda projectado.
3. Classificação dos documentos escritos didácticos
  • documento histórico - que pertence à própria época que se está a estudar.
  • documento historiográfico - que é de uma época posterior àquela que se está a estudar, mas que a ela se refere.
Por vezes, os documentos apresentam-se de difícil compreensão e quando assim acontece, muitas vezes, estes aparecem em versão adaptada. O documento escrito didáctico pode então ser uma reprodução do original ou ser sujeito a adaptações para se tornar mais acessível aos alunos.
Os documentos escritos históricos subdividem-se nos seguintes tipos:
  • documentos pontuais:
    objectivos - fontes jurídicas e administrativas
    subjectivos - fontes literárias e historiográficas
  • documentos seriais:
    objectivos - registos paroquiais, inquisições gerais, listas nominais, fontes fiscais.
    subjectivos - testamentos, imprensa, róis de confessados, cadernos de "agravos".
4. Etapas de análise dos documentos escritos
A metodologia do tratamento de um documento histórico ou historiográfico difere da utilizada na literatura.
1.ª etapa - Título - transmite-nos a ideia geral do documento e é normalmente atribuído pelos autores do manual.
2.ª etapa - Fonte - geralmente, indica o autor, título da obra de onde foi retirado e a data.
3.ª etapa - Classificação do documento - a natureza do documento se é histórico ou documento historiográfico.
4.ª etapa - Localização espacio-temporal - data em que o documento foi escrito e a sua localidade, normalmente, só aparece no conteúdo do texto, de forma indirecta.
5.ª etapa - Leitura do documento - durante a leitura do documento, o aluno deve sublinhar as palavras que não compreende e registar conceitos, nomes, datas e localidades que sobressaem do documento. De seguida, o professor deve esclarecer o significado das palavras ou expressões que o aluno desconhece.
6.ª etapa - Resumo do documento - levar os alunos a captar as ideias dominantes do texto; compreender a estrutura do texto e delimitar as suas partes.
7.ª etapa - Comentário - relacionar o texto com o conhecimento da época, dentro dos limites temáticos e cronológicos. Deverá ser claro e ordenado.
Alude-se, ainda, ao interesse e valor do documento. O professor deve ensinar o aluno a estar atento para procurar distinguir os factos ou acontecimentos referidos, das opiniões ou interpretações feitas pela pessoa que escreveu a informação, pois sobre o mesmo assunto ou acontecimento da mesma época podemos ter visões diferentes. As circunstâncias em que o documento foi escrito e as opiniões dos seus autores, podem influenciar a nossa interpretação da informação.
Desta forma, documento contribui para o alargamento dos conhecimentos históricos do aluno.
8.ª etapa - Crítica - questionar autenticidade e objectividade do documento, se possível, comparando com documentos análogos. O professor deve levar o aluno a ter uma atitude crítica perante aquilo que lê - verificar qual a origem da informação, pensar noutras possíveis opiniões, etc.

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ANÁLISE DE GRÁFICOS

O QUE É A HISTÓRIA AO VIVO?
"História ao Vivo é uma técnica de recriação do passado, que tem por objectivo proporcionar tanto a crianças como a adultos uma oportunidade de contactar de uma forma lúdica e concreta com alguns aspectos da vida quotidiana. Geralmente pouco conhecidos, porque mal contemplados nos programas, mesmo nos mais actuais. Esta técnica faz principalmente apelo a três entidades fundamentais para o sucesso de qualquer acção: a escola, o museu ou o monumento e a comunidade.
Antes do mais, tem que se escolher um tema histórico adaptado ao local que se deseja fazer reviver; em seguida encontrar a época mais adequada aos objectivos pedagógicos a atingir, não esquecendo a viabilidade do projecto.
Entendemos que um projecto de "História ao Vivo" é uma técnica eminentemente pedagógica, que ensina e responsabiliza as crianças, os professores e a comunidade, criando-lhes o gosto pelo passado, pela investigação e preservação desse mesmo passado, que é da responsabilidade de todos."
Paula Bárcia, Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses.

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O ESPAÇO E O TEMPO HISTÓRICO

A História é uma ciência do Homem e para o Homem, tratando o seu percurso e realizações desde a Pré-História até ao dia de ontem. Estuda o Homem no tempo, portanto, mas também no espaço, que é assim o espaço histórico. Este pode-se definir como a porção do planeta onde se desenvolvem as actividades do homem no seu quotidiano. Inserido no conjunto das suas actividades ao longo de um período de tempo maior ou menor, ganha a dimensão histórica, não apenas de forma isolada mas também em relação com outras áreas. Portugal é um espaço histórico, porque definido por um povo que ao longo da história se definiu enquanto tal e que concebeu o conjunto dos territórios onde habitam as suas comunidades de uma forma relacionada e uniforme, onde o tempo histórico se desenvolve de forma homogénea e de acordo com os padrões de civilização e desenvolvimento que o mesmo povo consolidou nesse espaço.
Estreitamente ligado ao conceito de espaço histórico encontram-se os componentes políticos que caracterizaram e caracterizam ainda as diferentes sociedades. Remonta este conceito organizacional de opostos, traduzido nas expressões comummente utilizadas de esquerda(conotada com a liberdade enraizada naquilo que era mais profundo e intrínseco ao Homem) edireita (de cariz mais racionalista e tendente à autocracia ou centralização), presumivelmente à Revolução Francesa, uma vez que tal era a disposição dos grupos na Assembleia. Por outro lado, deparamos com o denominado espaço vital, que deriva do germânico lebensraum e designa uma noção espacial (geográfica e ambiental) flexível e estreitamente interligada à cultura de um país e/ou povo. Esta noção necessita de um âmbito, que não abrange somente a terra de cada país mas também o espaço aquático, quando tal se justifica. Assim se enquadram as expansões, conquistas e aculturações que se verificaram ao longo da História da Humanidade, sendo que vários povos consideraram as fronteiras que possuíam ou lhes eram impostas demasiado limitativas, além de muitas vezes se verem obrigados a aumentar o seu território devido ao aumento demográfico.
Preconizador do conceito espacial no seio da História, Fernand Braudel defendia que a História se define não só pela relação entre diversos espaços como pelas características dos mesmos, que variam consoante os homens que os estruturam e neles vivem. Conceito, portanto, orgânico, verificamos que se opõe, de certa forma e na maioria do mundo habitado do século XXI, à ideia de longa duração ou tempo longo. As necessidades que se sucedem a um ritmo vertiginoso provocam outras tantas alterações espaciais, frequentemente avassaladoras e sem nexo nem lógica. Contudo, aplica-se a noção de espaço a todas as épocas de vivência humana, em que os acontecimentos nem sempre se sucederam com o ritmo que hoje se verifica. Braudel defende, por conseguinte, um pacto que engendre uma solução combinada entre o passado e o futuro.

O tempo histórico (também chamado a "ciência dos homens no tempo") compreende uma série de níveis e noções que contribuem para a sua formação. São eles a estrutura (que é permanente e inalterável, situando-se no tempo longo e aplicando-se a âmbitos como o cultural, geográfico, social, económico, político, ecológico e psicológico, entre outros), a conjuntura (por natureza cíclica, que se integra no tempo de média duração entre a estrutura e o evento, e consta de oscilações de maior ou menor dimensão em áreas como a cultural, a económica, a social e a política) e o evento (nível que se localiza no tempo curto e corresponde a uma ocorrência singular, excepcional e passageira que parece independente de outras ocorrências e indica mudança). Fernand Braudel historiador francês que viveu entre os anos de 1902 e 1985, desenvolveu uma série de noções temporais que se tornaram basilares no estudo da História, como foi o caso do chamado tempo curto - que compreende os acontecimentos de breve duração como as ocorrências casuais, a história de eventos, da vida quotidiana e individual - do tempo cíclico, de rápida cadência e localização intermédia entre o tempo curto e o longo, que abrange as correntes e retrocessos no âmbito material e os ciclos económicos (entre outros) na história conjuntural - e do tempo longo ou longa duração. Este último conceito abarca a história estrutural, que contém componentes caracterizadas pela sua estabilidade e longevidade e que por estas mesmas razões não são de percepção directa e imediata, ou seja, podem passar desapercebidos na fase de percepção, necessitando da ajuda de fontes de cariz diverso. O tempo, por natureza contínuo, compreende uma série infinita de mudanças, que funcionam como renovação e quebra desta mesma continuidade. A interacção entre estes dois factores forma a estrutura daquilo a que se chama tempo histórico.

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MAPAS

CARTOGRAFIA (MAPAS)

Noções básicas

A cartografia — a técnica e a arte de produzir mapas — é a linguagem da Geografia. Mapas físicos, políticos e temáticos revelam os aspectos visíveis da paisagem ou as fronteiras políticas, espelham projectos de desenvolvimento regional ou contribuem para organizar operações militares.

As tentativas de cartografar o espaço geográfico remontam aos povos antigos, que já registavam elementos da paisagem e fixavam pontos de referência para seus deslocamentos e expedições. A cartografia se desenvolveu paralelamente ao comércio e à guerra, acompanhando a aventura da humanidade.

Actualmente, a produção de mapas emprega técnicas sofisticadas, baseadas nas fotografias aéreas e em imagens obtidas por satélites de sensorialmente remoto. Mapas são fontes de saber e de poder.

Os mapas e cartas geográficas correspondem a instrumentos fundamentais da linguagem e da análise geográficas. Eles têm uma função primordial: conhecimento, domínio e controle de um determinado território. Por isso, são fonte de informações que interessam a quem tem poder político e económico.

Lembrete

Termos mapa e carta são muitas vezes usados como sinónimos. No entanto, de maneira geral, os mapas correspondem às representações mais genéricas (como um planisfério), enquanto as cartas geográficas normalmente consistem em representações de espaços mais restritos e com maior grau de detalhadamente, como as constantes do guia de ruas de uma cidade.

Elementos principais de um mapa

Todo bom mapa deve conter quatro elementos principais: título, escala, coordenadas geográficas e legenda. Esses elementos asseguram a leitura e a interpretação precisas das informações nele contidas.

TÍTULO

Descreve a informação principal que o mapa contém.

Um mapa com o título “Brasil físico” deve trazer o nome e a localização dos principais acidentes do relevo, assim como os principais rios que cortam o país. Já um mapa com o título “Brasil político” necessariamente terá a localização e o nome das unidades federativas, assim como as suas respectivas capitais e, eventualmente, outras cidades principais.

Outras informações que esses mapas porventura contiverem, como as principais cidades num mapa físico ou os rios mais importantes num mapa político, são consideradas secundárias e, portanto, não devem ser sugeridas no título.

ESCALA

Indica a proporção entre o objecto real (o mundo ou uma parte dele) e sua representação cartográfica, ou seja, quantas vezes o tamanho real teve de ser reduzido para poder ser representado.

Consideremos o seguinte exemplo: um mapa na escala 1:10.000.000 indica que o espaço representado foi reduzido de forma que 1 centímetro no mapa corresponde a 10 milhões de centímetros ou 100 quilómetros do tamanho real.

Deve-se estabelecer a escala de um mapa antes de sua elaboração, levando-se em conta os objectivos de sua utilização. Quanto maior for o espaço representado, mais genéricas serão as informações. Em contrapartida, quanto mais reduzido o espaço representado, mais particularizadas serão as informações.

Mapas em diferentes escalas servem para diferentes tipos de necessidades:

Escalas númericas

• mapas em pequena escala (como 1:25.000.000) proporcionam uma visão geral de um grande espaço, como um país ou um continente;

• mapas em grande escala (como 1:10.000) fornecem detalhes de um espaço geográfico de dimensões regionais ou locais.

Por exemplo, em um mapa do Brasil na escala 1:25.000.000, qualquer capital de estado será representada apenas por um ponto, ao passo que num mapa 1:10.000 aparecerão detalhes do sítio urbano de qualquer cidade.

A representação das escalas cartográficas que usamos até agora é a numérica. Porém, existe uma outra forma de representar a escala: a forma gráfica.

A escala gráfica

aparece sob a forma de uma recta dividida em várias partes, cada uma delas com uma graduação de distâncias. A sua utilidade é a mesma da escala numérica.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

São linhas imaginárias traçadas sobre os mapas, essenciais para a localização de um ponto na superfície terrestre. Essa localização é o resultado do encontro de um paralelo e sua respectivalatitude (o afastamento, medido em graus, do paralelo em relação ao Equador) e de um meridiano e sua respectiva longitude (o afastamento, medido em graus, do meridiano em relação ao meridiano principal ou de Greenwich).

LEGENDAS

Permitem interpretar as informações contidas no mapa, desde a constatação da existência de um determinado fenómeno até os diferentes graus de intensidade em que ele se apresenta.

As legendas podem vir representadas por cores, símbolos ou ícones de diversos tipos, ou utilizar combinações dessas várias representações.

No uso de legenda com cores, é necessário seguir algumas regras determinadas pelas convenções cartográficas. O azul, por exemplo, presta-se para a representação de fenómenos ligados à água, como oceanos, mares, lagos, rios.

Na representação de um fenómeno com várias intensidades, a graduação da cor utilizada deve manter relação directa com a intensidade do fenómeno. Assim, num mapa de densidades demográficas, as maiores densidades são representadas por uma cor ou tonalidade mais forte do que as menores densidades.

Ao produzir representações cartográficas de fenómenos da natureza, as cores também podem sugerir as características do fenómeno. Em geral, os mapas climáticos utilizam as cores “quentes” (alaranjado, vermelho) para representar climas “quentes” (tropical, equatorial, desértico), ficando as cores “frias” reservadas aos climas mais frios.

Similarmente, os mapas de vegetação representam as florestas tropicais por meio de várias tonalidades de verde. Já nos mapas de relevo, a cor verde deve ser reservada para as planícies, bacias ou depressões, enquanto o amarelo é utilizado para os planaltos e o castanho, para as áreas mais elevadas, como as cadeias montanhosas.

A leitura de mapas

Ler mapas é um processo de descodificação, que envolve algumas etapas metodológicas básicas.

Inicia-se a leitura pela observação do título. Temos de saber, inicialmente, qual é o espaço representado, seus limites e as informações constantes no mapa.

Depois, é preciso interpretar a legenda ou a descodificação propriamente dita, relacionar os significantes e significados espalhados no mapa. Só então será possível reflectir sobre aquela distribuição e/ou organização.

Deve-se observar também a escala (gráfica ou numérica) indicada no mapa para posterior cálculo das distâncias ou das dimensões do fenómeno representado, a fim de se estabelecer comparações ou interpretações.

O EQUADOR

é um círculo máximo perpendicular ao Eixo da Terra [Eixo da Terra é alinha dos pólos «PN-PS» e que passa pelo centro da Terra] dividindo a terra em duas partes iguais, o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.

PARALELOS

são todos os círculos menores, simultaneamente perpendiculares ao Eixo da Terra e paralelos ao Equador.
Para cada lugar da Terra passa um paralelo chamado
PARALELO DE LUGAR.


LATITUDE

é a distância, medida em graus, entre o equador e o paralelo que passa pelo lugar considerado.
O valor da latitude varia entre 0º (no equador) e 90º nos pólos.

Ficha Informativa - Como Ler Um Mapa

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