1. Lê o texto
“ O movimento artístico a que chamámos “Renascimento” nasceu em Itália, em Florença, nas primeiras décadas do século XV.(…) Tais formas da arte renascentista provêm de duas fontes principais: a reutilização, após um intervalo de quase um milénio, das formas características da arte clássica, ou seja, a arte grega e a arte romana; e, ao mesmo tempo, a aplicação de uma nova descoberta técnica: a perspectiva, aquele conjunto de regras de desenho e matemáticas que permitem reproduzir, sobre uma folha de papel (ou qualquer outra superfície plana), (…) o aspecto real dos objectos.”
Flávio Conti, Como Reconhecer a Arte do Renascimento, Edições 70
1.1. Explica, com base no texto, por que razão se costuma designar este período histórico por Renascimento.
1.2. Assinala com V as afirmações verdadeiras e com F as afirmações falsas.
Interesse pela civilização egípcia__
Interesse pela Antiguidade greco-romana__
Espírito crítico__
Dignificação da pessoa humana__
2. Lê com atenção o documento
Título:_____________________________________________
“ No dia 20 de Setembro de 1492, o Papa Alexandre VI nomeou vinte cardeais, (…) entre os quais o seu próprio filho, César Bórgia; e também o filho de Gabriel de Cesarini, irmão do seu genro; e ainda um elemento da família Farnese, parente da bela Júlia, sua amante; e muitos. Graças a estas nomeações, segundo se diz, Alexandre se diz, Alexandre VI recebeu mais de cem mil ducados.”
Stefano Infessura, Diário da Cidade de Roma (século XVI)
2.1. Dá um título ao documento.
2.2. Indica outros motivos que levaram a contestar a Igreja Católica no século XVI.
3. Redige um texto em que empregues as seguintes palavras: Inquisição; Reforma Católica; autos-de-fé; Companhia de Jesus ; Judeus; Índex; Concílio de Trento.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
FICHA FORMATIVA: RENASCIMENTO E REFORMA
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Reis de Portugal - 2ª Dinastia (de Avis)/Reis de Portugal - 3ª Dinastia (Filipina)
:Nome/Cognome/Nascimento / Morte/Factos do reinado
Reis de Portugal - 2ª Dinastia (de Avis)
O de Boa Memória
1357 - 1433
Aos seus filhos é chamada a «Ínclita Geração» por todos serem muito cultos.Reinou entre 1385 e 1433.
O Eloquente
1391 - 1438
Escreveu vários livros.Irmão do Infante D. Henrique, é consigo que se inicia o Período das Descobertas.Reinou entre 1433 e 1438.
D. Afonso V
O Africano
1432 - 1481
Fez várias expedições em África, iniciando a exploração da Costa Ocidental Africana.Reinou entre 1438 e 1481.
O Príncipe Perfeito
1455 - 1495
Assina o Tratado de Tordesilhas que divide o Mundo em dois (1494).Não deixa descendência.Reinou entre 1481 e 1495.
O Venturoso
1469 - 1521
Primo de D. João II.É durante o seu reinado que se atinge o auge dos Descobrimentos.Reinou entre 1495 e 1521.
O Piedoso
1502 - 1557
Herda do pai um imenso império espalhado pelos quatro cantos do mundo.Todos os seus filhos morreram.Reinou entre 1521 e 1557.
O Desejado
1554 - 1578
Neto de D. João III (desejava-se o seu nascimento).Desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir.Reinou entre 1557 e 1578.
D. Henrique
O Casto
1512 - 1580
Filho de D. Manuel.Tio-avô de D. Sebastião.Sendo Cardeal e já muito velho, não deixou descendência.Reinou entre 1578 e 1580.
O Prior do Crato
1521 - 1595
Neto de D. Manuel.Reinou apenas um mês em 1580.Portugal é invadido por D. Filipe II de Espanha
O Prudente
1527 - 1598
Compromete-se a manter Portugal independente.Os territórios ultramarinos são deixados ao abandono.Reinou entre 1580 e 1598.
O Pio
1578 - 1621
É durante o seu reinado que se estabelece o mito de que D. Sebastião voltaria um dia para reinar em Portugal.Reinou entre 1598 e 1621.
Filipe III
O Grande
1605 - 1665
Toma várias medidas que causam a Restauração da Independência.Reinou entre 1621 e 1640.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
TRABALHO DE GRUPO/CARTAZ E TRABALHO INDIVIDUAL
Elabora um cartaz com o teu grupo.
Material: Cartolina/Cola/Marcadores/Tesoura
Tema: Escolhe um e apenas um protagonista do renascimento
Protagonistas:
Leonardo da Vinci
Erasmo de Roterdão
Thomas More
Miguel Ângelo
Rafael
Donatello
Sandro Botticelli
Brunelleschi
Bramante
Leon Battista Alberti
Giovanni Pico della Mirandola
Francesco Petrarca
Dante
Boccaccio
Rabelais
Van Eyck
Nicolau Maquiavel
William Shakespeare
Miguel de Cervantes
Damião de Góis
Luís de Camões
Pedro Nunes
Duarte Pacheco Pereira
Nicolau Copérnico
André Vesálio
Ticiano
Albert Durer
Vasco Fernandes (Grão Vasco)
Gutenberg
Lourenço de Médicis
Martinho Lutero
João Calvino
Henrique VIII
Inácio Loiola
Galileu Galilei
TRABALHO INDIVIDUAL: FAZER NO BLOGUE TODOS OS PROTAGONISTAS
FOTO:
NOME:
NASCIMENTO:
ÓBITO:
NATURALIDADE:
NACIONALIDADE:
PROFISSÕES:
REALIZAÇÕES:
RECURSO DIDÁTICO: CARTAZ/MURAL
CARTAZ/MURAL DIDÁCTICO
É um dos mais populares meios didácticos usados na escola
Depois de teres feito uma pesquisa sobre um determinado tema, podes elaborar um cartaz. O cartaz é uma forma de transmitir uma mensagem a muitas pessoas, por isso deve seguir determinadas regras.
Todo o cartaz ou mural deve ser atraente, simples e funcional.
REGRAS:
. Faz uma pequena margem no cartaz;
.Inclui apenas um assunto por cartaz;
.Faz um esboço prévio, num papel de rascunho, antes de o passares definitivamente;
.Estuda bem o texto e as imagens que queres inserir;
.Utiliza linhas-guia para colocares o título;
.A cor das letras do título devem ser grossas, pintadas a cheio e de preferência da mesma cor;
.O tamanho das letras deve diminuir, consoante se trate de título, texto ou legenda;
.O texto deve ser breve e ter letras bem legíveis, pode ser colocado em baixo ou ao lado da imagem;
.As imagens devem ser grandes, sugestivas, ocupar mais espaço que o texto e contrastar com a cor-base da cartolina
a)Tema- O assunto ou título deve destacar-se do conjunto ilustrativo.
b)Ilustração- deve ser quase auto-explicativa, pelo que exige uma atenta e paciente busca de figuras, desde a fotografia ao gráfico e/ou mapa ao desenho.
c)Cor- utiliza cores vivas e contrastantes, no máximo de três, não contando com a de fundo.
d) Disposição dos elementos- deves distribuí-los no espaço disponível de forma agradável
e)Texto- a mensagem deve utilizar palavras breves, simples e, também com grande expressividade.
VANTAGENS
.Informa
.Cria áreas de interesse
.Forma opiniões
.Estimula o pensamento
.Dinamiza a actividade escolar
.Usa mapas, gráficos, ilustrações,
Lista de verificação
Avaliação do cartaz
SIM NÃO
1. O Cartaz vê-se ao longe
2. Colocamos uma pequena margem no cartaz?
3. Contem letras grandes e grossas de modo a ser facilmente lido por quem passa?4. A imagem está de acordo com o texto?
5. O espaço foi bem aproveitado
6. Procurámos que o conjunto fosse atractivo e de fácil leitura?
7. Verificámos e corrigimos os erros ortográficos e a construção frásica?
8. O texto tem frases imperativas ou informativas de modo a cativar quem lê?
9. Consegue-se identificar facilmente no cartaz a frase-chave?
10. Utilizámos cores vivas mas harmoniosas, na apresentação geral?
11. Gostámos do resultado final?
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
COMO ANALISAR UMA OBRA DE ARTE
· Analisar uma obra de Arte
· Analisar uma obra como um documento que se inscreve no contexto de uma época
· Exprimir um comentário pessoal sobre uma obra de arte
Uma obra de arte, qualquer que seja a sua forma, é simultaneamente:
Þ Um testemunho do sentido do belo do seu criador
Þ Um documento histórico
Þ Um diálogo, afectivo ou intelectual, entre a obra de arte e o seu espectador, no caso das artes visuais
Uma obra de arte pode ser analisada de várias formas(esta é uma proposta, podendo haver outras) e pretende sempre alcançar os seguintes objectivos:
Þ Ajudar a apreender as técnicas utilizadas pelo autor para transmitir a sua mensagem
Þ Mostrar como a obra de arte é a expressão de um dado contexto histórico
Þ Sensibilizar para a fruição dos valores estéticos
Como analisar uma pintura
Deve ter-se sempre em conta certos dados técnicos que diferem de época para época, ou de autor para autor
1. Observar atentamente as informações dadas na legenda da obra : autor ; título ; data da execução; suporte ; dimensões; lugar de conservação
2. Obter dados sobre o autor : data e lugar de nascimento e morte ; origem social ; anos e lugares de formação; idade aquando da realização da obra; outras obras suas
3. Reconhecer o tipo de assunto representado : cena religiosa ; histórica ; mitológica; alegoria ; retrato ; paisagem ...
(se e quando apareceu ao público ; acolhimento...)
4. Analisar o assunto propriamente dito : descrever o que está representado ; lugares ; enquadramento da cena; personagens; acção das personagens ; objectos..
Deve tentar perceber-se porque é que o autor pintou um quadro com aquelas dimensões e não outras, proceder à análise da cena, do enquadramento desta, dos móveis, dos objectos representados, da paisagem, da posição das personagens, identificando-as, como estão vestidas, em que atitude se encontram , etc.
Análise plástica /A técnica pictural
A composição __ Quais são as linhas que organizam o quadro? Isto é, a organização das figuras segundo esquemas geométricos ou não, com eixos bem marcados ou não, segundo leis de perspectiva ou sem elas (como é criado o sentido de profundidade)
O desenho __ qual é a função da linha, a sua espessura e forma? Tem um papel fundamental ou acessório?
As cores __ Quais são as cores dominantes?, cores quentes ou frias?, fundamentais ou complementares?
A luz __ De onde vem a luz? Está repartida uniformemente? Qual é o seu efeito?
A técnica de pintura __ mancha larga, pontilhada, linear, sfumato, modelado
A matéria __ óleo, têmpera, etc
Deverá analisar se o olhar do espectador é atraído para algum ponto em especial e porquê ; o que se pretende traduzir com determinadas cores ; se o emprego de determinada técnica marca decididamente o estilo do autor; se o emprego de determinadas matérias representa um avanço em relação a outros, inserção ou não nas técnicas comuns, etc
Análise histórica
Porquê este tema ? Porquê esta técnica ? Porquê este estilo? Que efeito pretendeu produzir no público? Insere-se numa corrente artística ou rompe com as correntes dominantes?
A resposta a estas questões levará à descoberta de problemas relacionados com: tipos de encomendas , ideias perfilhadas pelo autor, mentalidade dominante ; tipo de materiais colocados à sua disposição, influências de outros artistas, etc
Fazer um comentário pessoal sobre a obra de arte
Comentar do ponto de vista pessoal uma obra de arte, é exprimir a sua adesão ou não, à obra, quer do ponto de vista intelectual, quer do ponto de vista afectivo, justificando a sua posição
Conclusão
Com as informações fornecidas pela análise do quadro poderá concluir do valor histórico do documento que analisou, isto é, de que modo é que ele serve ou não de testemunho da sua época, fornecendo elementos de índole económica, social, política, religiosa e artística.
E.2.RENASCIMENTO E REFORMA: RENASCIMENTO
Renascimento
Movimento cultural que se desenvolveu em países da Europa Central e Ocidental como a Itália (passando sucessivamente de Florença a Siena e depois a Roma, e alastrando posteriormente a toda a Península Italiana) nos séculos XIV a XVI e que veio a irradiar e a ter fundas repercussões na cultura de praticamente todos os países do continente europeu. As figuras de proa do movimento gostavam de se apresentar como críticos do "obscurantismo" medieval, numa atitude de contestação à tradicional influência da religião na cultura, no pensamento e na vida quotidiana ocidental. Esta atitude comportava a minimização de movimentos culturais que, desde o século XII, vinham contestando a religião e o papel cultural preponderante da Igreja, e que foram na realidade os precursores históricos do Renascimento italiano.O factor social que tornou possível a eclosão e sobrevivência do movimento renascentista foi a ascensão de uma burguesia ligada à banca e aos grandes negócios internacionais, portadora de uma ideologia individualista e ansiosa por desfrutar da autoridade política que até então estivera concentrada exclusivamente nas mãos de nobres e eclesiásticos.O movimento renascentista começa por ser uma contestação da ideologia dominante durante o milénio medieval: à civilização cristã contrapõe-se uma ideologia antropocêntrica, revelando um desiderato de fazer renascer a Antiguidade greco-latina, que, na interpretação então prevalecente, se caracterizara precisamente por colocar o homem no centro do Universo e representava um ideal de civilização natural. Estudam-se os clássicos com rigor e minúcia, com o apoio de uma filologia que conhece um desenvolvimento fulgurante, enquanto, pela mesma ordem de razões, revive e se intensifica o interesse pela história (em detrimento da crónica medieval), meio privilegiado de conhecimento do passado "áureo" que se pretende imitar ou reproduzir e surgem sérias iniciativas de investigação arqueológica (sem as quais, obviamente, teria sido impossível conhecer em detalhe a arte antiga, nas suas múltiplas manifestações).O mesmo espírito crítico que se aplica ao conhecimento das literaturas clássicas e à história volta-se para as ciências, traduzindo-se num incremento do estudo das ciências exactas, como a astronomia e a matemática que lhe está intimamente ligada, das ciências da natureza e dos estudos experimentais. Concomitantemente, a aplicação prática das ciências permite fecundos desenvolvimentos da técnica.Na arte produzem-se notáveis inovações. A pintura apresenta não apenas retratos (manifestação do gosto artístico da burguesia individualista em ascensão) como também paisagens, aparece o nu humano realista (que já não é a pintura simbólica de Adão e Eva que a Idade Média vira difundir-se largamente) e os temas da mitologia clássica convivem com os temas pictóricos inspirados pela religião cristã. Esta iconografia não se limita a tratar temas diferentes de um modo original; a figura dos seus autores ganha, simultaneamente, um estatuto social elevado, de grande prestígio, também ele caracterizado por uma postura individualista (são obras de autor, assinadas pelos criadores e já não produções anónimas ou colectivas de oficina). Tecnicamente, a pintura sofre igualmente uma evolução notória, pelo recurso à riqueza da policromia e pela introdução da perspectiva e da sensação de movimento, sempre na busca de uma mais perfeita aproximação à realidade. Igualmente a arquitectura se deixa influenciar pelos cânones greco-latinos, cujas formas e volumes são integrados nas novas construções (as colunas, por exemplo), tentando-se a criação de uma nova estética, onde tem lugar primacial a grandiosidade dos edifícios. As grandes obras arquitectónicas são acompanhadas por uma profusão de esculturas, onde se privilegia a figura humana, reproduzida de modo assumidamente realista.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
E.2.RENASCIMENTO E REFORMA: IDEIAS FUNDAMENTAIS
No século XV inicia-se na Itália um movimento cultural que, recusando as concepções teocêntricas (teocentrismo=deus é o centro) e dogmáticas medievais, valoriza o Homem como ser terreno que busca a verdade e a felicidade (antropocentrismo= homem é o centro) e defende um regresso aos valores estéticos e filosóficos da Antiguidade Clássica. Este movimento ficou conhecido na história europeia por RENASCIMENTO.
Apoiados financeiramente pelos mecenas (burgueses e príncipes endinheirados), os humanistas e os artistas, imitando criativa e criticamente os modelos clássicos greco-latinos, deixaram-nos uma herança invulgar no campo da literatura, das artes plásticas e do pensamento científico.
A invenção da imprensa favoreceu a rápida difusão do movimento renascentista pela Europa. Em Portugal, Luís de Camões constitui o expoente máximo deste movimento (século XVI).
O movimento renascentista favoreceu o aparecimento da REFORMA PROTESTANTE. A não aceitação, por parte da Igreja, da crítica de alguns humanistas à actuação do alto clero e dos papas , provocou a divisão da Igreja cristã em CATÓLICOS, LUTERANOS, CALVINISTAS e ANGLICANOS.
Como reacção à Reforma Protestante, a Igreja Católica empreendeu então a sua reforma redefinindo a doutrina (CONCÍLIO DE TRENTO) e procurando a acção pregadora e missionária (fundação da COMPANHIA DE JESUS- Jesuítas-). Para evitar o alastramento do protestantismo , a Igreja Católica empreendeu a CONTRA-REFORMA perseguindo todos aqueles que manifestassem simpatias pelas ideias protestantes (TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO) e censurando os livros que revelassem essas ideias (ÍNDEX).
terça-feira, 25 de agosto de 2009
E.2. RENASCIMENTO E REFORMA: BIOGRAFIA: SANDRO BOTTICELLI
Sandro Botticelli
Pintor do Renascimento italiano, Alessandro di Mariano Filipepi nasceu em 1445, em Florença, e aí morreu em 1510. Muito provavelmente, foi discípulo do pintor Fra Filippo Lippi. Em 1470 possuía já um atelier e tinha recebido a encomenda da alegoria da Coragem. Quanto ao aperfeiçoamento do seu estilo, exprimindo-se na preocupação pelo sentido da forma e do traço mais do que pelo volume, sofreu posteriormente a influência de Pollaiuolo e de Verrocchio. Protegido pela família Medicis, para quem executou vários trabalhos, ficou impregnado pelo ambiente artístico e mental que se vivia na corte de Lourenço "o Magnífico" - A Alegoria da Primavera (cerca de 1478) e O Nascimento de Vénus (1486), sem dúvida os seus quadros mais famosos, pretendem recriar certas concepções da Antiguidade clássica à luz da filosofia cristã. Pintou igualmente retratos dos Medicis e quadros de temas religiosos, que incluem a representação de várias "Madonnas". Entre 1481 e 1482 executou três frescos da Capela Sistina no Vaticano. Nos últimos anos o seu estilo tornou-se mais obscuro. Depois de os Medicis terem sido expulsos de Florença, Botticelli teria sofrido uma crise de ordem espiritual, como resultado dos discursos do dominicano Savonarola. Embora esta influência não esteja comprovada, o certo é que os últimos trabalhos reflectem uma certa melancolia e uma extrema devoção: A Natividade Mística (cerca de 1500), sobretudo, comunica uma atmosfera intensamente religiosa.
domingo, 16 de agosto de 2009
E.2. RENASCIMENTO E REFORMA:HUMANISMO:THOMAS MORE
Escritor e pensador inglês, Thomas More nasceu a 7 de Fevereiro de 1477, em Londres. Filho de um juiz proeminente, estudou na Escola de St. Anthony na sua cidade. Enquanto jovem foi pajem do arcebispo Morton, que lhe predisse grandeza.Prosseguiu os seus estudos em Oxford, sob a tutela de Thomas Linacre e de William Grocyn. Aí não só estudou Literatura Grega e Latina, como começou a escrever comédias. Uma das suas primeiras obras foi uma tradução para inglês da biografia em latim do humanista Picco della Mirandola, impressa em 1510.Por volta de 1494, tornou a Londres para estudar Direito, tornando-se advogado em 1501. Fez intenções de abraçar a vida monástica, mas sentiu-se na obrigação de servir o seu país através da política. Foi eleito para o Parlamento em 1504, altura em que casou pela primeira vez.Tornou-se amigo de Erasmo, aquando da sua primeira visita a Inglaterra em 1499. Trabalharam em conjunto na tradução das obras de Luciano. Erasmo, por ocasião da sua terceira visita ao país, publicou o Encomium Moriae (1509, O Elogio da Loucura), dedicando-o a More.Atraindo a atenção do rei Henrique VIII, foi por diversas vezes enviado pelo monarca em missões diplomáticas ao estrangeiro. Em 1516 traduziu a sua obra mais conhecida, Uthopia (A Utopia), do latim para o inglês.Em 1518 foi nomeado membro do Privy Council e investido cavaleiro em 1521. More ajudou o rei a escrever um repúdio às ideias de Martinho Lutero e, ganhando o favor real, foi nomeado orador da Câmara dos Comuns, em 1523, e Conselheiro do Ducado de Lencastre, em 1525. Recusando-se apoiar o plano de Henrique VIII para se divorciar de Catarina de Aragão foi, não obstante, elevado ao cargo de Lorde Conselheiro, sendo o primeiro leigo a ocupá-lo.Demitiu-se das suas funções em 1532, alegando razões de saúde, e recusou-se assistir à coroação de Ana Bolena em 1533, facto que desagradou ao monarca. Em 1534 foi acusado de cumplicidade com Elizabeth Barton, uma freira que se opunha ao cisma de Henrique VIII com Roma.Em Abril de 1534, More recusou-se a pronunciar a Lei da Sucessão e o Juramento de Supremacia, sendo por isso condenado à prisão na Torre de Londres a 17 de Abril. Acusado de traição, foi decapitado a 6 de Julho de 1535. As suas últimas palavras teriam sido: "Bom servidor do rei, mas de Deus primeiro." Foi beatificado em 1886 e canonizado santo pela Igreja Católica em 1935.
E.2. RENASCIMENTO E REFORMA:HUMANISMO: ERASMO DE ROTERDÃO
Humanista holandês de expressão latina, Desiderius Erasmus Roterodamus nasceu em 1469, em Roterdão, e veio a falecer em 1536, em Basileia. Hostil a qualquer tipo de fanatismo, procurou definir um ideal de tolerância e um retorno à pureza dos antigos costumes. Publicou O Elogio da Loucura (1511), Colóquios (1518) e Tratado do Livre Arbítrio (1524).
E.1.O EXPANSIONISMO EUROPEU: RESUMO
Resumo sobre Expansão Marítima - Tópicos
1. Conceito
* Também chamada de Grandes Navegações , foi um movimento que ocorreu na Europa, a partir do séc. XV, quando países europeus – liderados por Portugal e Espanha – lançaram-se na conquista dos mares.
2. Causas
* Catequese : a Igreja Católica desejava conquistar novos fiéis para compensar as perdas na Europa.
* Tecnologias: alguns inventos, como bússola , astrolábio e a caravela tornavam as viagens mais seguras.
* Especiarias : temperos como canela, cravo e pimenta-do-reino custavam caro na Europa e foram uma das principais causas da expansão marítima.
3. Rotas das especiarias
* As rotas mais conhecidas para buscar especiarias eram a rota por terra ou via Mar Mediterrâneo .
* A rota por terra era dominada, geralmente, pelos árabes. Além disso, o percurso era muito grande, o que desestimulava a burguesia.
* A rota pelo Mar Mediterrâneo era dominada pelos italianos – especialmente de Gênova e Veneza.
* Cabia aos portugueses buscar uma rota alternativa. A escolha foi o Oceano Atlântico .
4. Riscos (imaginários) de navegação
* Navegar no Oceano Atlântico não era tarefa fácil.
* Este oceano era conhecido como Mar Tenebroso, pois havia a idéia de que era habitado por monstros marinhos .
* Além disso, acreditava-se na idéia – difundida pela igreja – da Terra Plana .
* Assim, em determinado ponto da viagem, as embarcações seriam atacadas por monstros ou cairiam em um abismo sem fim.
5. Riscos (reais) de navegação
* Além das crenças e superstições da época, os navegadores enfrentavam outras ameaças.
* Problemas como fome, sede, doenças, tédio e tempestades ofereciam perigos reais.
* Desta forma, das embarcações que partiam, poucas retornavam.
6. (Alguns) navegadores portugueses
* Bartolomeu Dias : chegou ao sul da África em 1488, no local denominado Cabo das Tormentas. Este local foi, futuramente, denominado Cabo da Boa Esperança.
* Vasco da Gama : primeiro navegador a atingir a Índia, em 1498. Trouxe um grande carregamento de especiarias.
* Pedro Álvares Cabral : veio ao Brasil, em 1500, antes de seguir até a Índia. A idéia predominante hoje é que esta vinda ao Brasil foi intencional.
7. (Alguns) navegadores espanhóis
* Cristóvão Colombo : era genôves, mas navegou em nome da coroa espanhola. Propôs a chegada na Índia navegando em sentido Oeste, mas acabou alcançando a América, em 1492.
* Fernão de Magalhães : comandou a expedição que efetuou a primeira circunavegação do planeta, partindo em 1519.
* Hernán Cortés : conquistou o Império Asteca, em 1519, no atual México.
* A Espanha entrou atrasada em relação à Portugal na conquista dos mares, pois estava expulsando os mulçumanos de seu território, na chamada Reconquista .
8. A divisão do mundo...
* Para dividir as terras conquistadas (Novo Mundo) entre Portugal e Espanha, foram criados dois documentos:
* Bula Intercoetera : foi assinada em 1493, pelo papa Alexandre VI, e dividia as novas terras através de um meridiano situado a 100 léguas da ilha de Cabo Verde. Portugal não se beneficiava com esta divisão, e exigiu um novo documento.
* Tratado de Tordesilhas : foi assinado em 1494, por pressões de Portugal. Estabelecia um meridiano situado a 370 léguas a partir da ilha de Cabo Verde.
* Estes documentos foram questionados por outros países europeus que não participaram desta divisão.
E.1.O EXPANSIONISMO EUROPEU: VIDEOS
1492 Trailer La Conquista del Paraiso
1492 Reyes Catolicos reciben a Colón
E.1.O EXPANSIONISMO EUROPEU: FICHA 1
1. Completa sobre a cidade de Ceuta no séc XV.
CEUTA
Data da conquista portuguesa:
Importância estratégica:
REI DE PORTUGAL:
MOTIVAÇÕES DA CONQUISTA:
POVO:
NOBREZA:
CLERO:
BURGUESIA:
2. Observa o mapa.
Título:___________
Continentes:
1. América
2. Europa
3. Ásia
5. África
3.1. Escreve no mapa, nos locais adequados: Lisboa, Ceuta, Madeira, Açores, Cabo Bojador, Arguim, Mina, Cabo da Boa Esperança, Brasil e Goa
3.2. Traça no mapa a Rota do Cabo, a Rota de Manila
3.3. Traça no mapa o meridiano de Tordesilhas
3.4. Pinta com cores diferentes os Impérios Português e Espanhol.
3.5. Completa a legenda no mapa
3.6. Dá um título ao mapa.
4. Faz a correspondência correcta entre os elementos das duas colunas.
Descobriu o continente americano em 1492, julgando ter atingido a Índia.
Cristovão Colombo
Explorou o litoral da actual Angola e chegou à costa da Namíbia.
Bartolomeu Dias
Em 1488, atingiu o cabo da Boav Esperança (ou cabo das Tormentas).
Vasco da Gama
Saiu de Lisboa em Julho de 1497 para atingir a cidade indiana de Calecute em Maio de 1498.
Diogo Cão
Dobrou o cabo Bojador no ano de 1434.
João Gonçalves Zarco
Redescobriu a ilha do Porto Santo em 1419 juntamente com Tristão Vaz Teixeira.
Gil Eanes
5. Menciona as condições estipuladas no Tratado de Tordesilhas para os países ibéricos.
6. Completa por baixo com os produtos originários de cada continente no comércio intercontinental.
EUROPA AMÉRICA ÁFRICA ÁSIA
7. Preenche a partir do texto, as quatro pranchas de banda desenhada, apresentada em baixo.
A vida a bordo dos barcos da carreira da Índia
“Todos os anos, entre a 2ª quinzena de Março e a 2ª quinzena de Abril, partia uma armada para a índia. Era esta a melhor altura para fazer a viagem, os ventos do Atlântico e a monção do Índico estavam de feição.
Cada nau tinha uma tripulação à volta de 130 pessoas, a que se juntavam cerca de 250 soldados, que iam prestar serviço no Oriente, para além de passageiros, homens, mulheres (poucas) e crianças.
Algumas naus chegavam a levar 800 pessoas.
O capitão de cada nau era um nobre que, grande parte das vezes, pouco sabia das coisas do mar. Competia-lhe tomar decisões em momentos oportunos.
Os problemas náuticos estavam a cargo do piloto; o mestre e o contramestre mandavam executar as manobras aos marinheiros.
Muitos dos que partiam inscreviam-se na Casa da Índia, outros eram recrutados à força. Os tripulantes eram pagos com soldo, mas tinham direito a certo espaço na nau para transportar mercadorias que, depois, podiam vender livremente.
A armada da Índia rumava à Madeira, seguia para Cabo Verde e depois em direcção à costa brasileira, desviando-se em seguida para o sul de África. Dia-a-dia, tinham lugar as operações rotineiras subia-se aos mastros, meneava-se o leme, faziam-se os quartos de vigia. Por falta de vento, os barcos, por vezes, paravam. Era preciso esperar.
As refeições eram feitas num fogão localizado na primeira coberta uma caixa de madeira com areia.
Nela colocavam-se as panelas, às vezes quase uma centena.
As naus levavam, biscoito, carne salgada, azeite, cebolas, peixe, água, vinho, animais vivos (galinhas, porcos, cabras). Nas escalas, quando era possível, faziam-se aguadas.
As mudanças de temperatura calor no equador, frio no sul de África provocavam doenças pulmonares; a falta de frutos e de vegetais causava o escorbuto. O barbeiro, que era ao mesmo tempo o cirurgião, via os dentes. O capelão ocupava-se dos moribundos. Os que morriam, por vezes em elevado número , eram lançados ao mar. As dificuldades aumentavam com as intempéries, o racionamento de géneros e as más condições higiénicas a bordo.
Nos dias passados no mar, os passageiros procuravam divertir-se com representações teatrais feitas por actores de ocasião, com simulacros de touradas e com jogos de cartas, em regra eram proibidos. As cerimónias religiosas, entre as quais as procissões, eram também frequentes.
Ao fim de cinco a sete meses, chegava-se finalmente à Índia. No regresso, esperava-os outros tantos trabalhos.”
BANDA DESENHADA
Á PARTIDA
NO ATLÂNTICO
NO ÍNDICO
CHEGADA À ÍNDIA
E.1. O Expansionismo Europeu: PRODUTOS ORIENTAIS
PLANTAS
PIMENTA: Uma planta espontânea que existia na costa do Malabar, em Malaca e noutras zonas do Índico. Destinava-se a temperar e conservar os alimentos e era utilizada na preparação de medicamentos
ALGÁLIA: Era um produto extraído de um animal semelhante ao gato que vivia em toda a Índia. Servia para preparar medicamentos e perfumes.
ALMÍSCAR: Era um produto extraído da pele de uns animais semelhantes ao cabrito que habitavam o Tibete e a China. Servia para perfume e farmácia.
OUTROS PRODUTOS
Do Oriente vinham também pérolas minúsculas a que se dá o nome de aljôfar. Eram pescadas no mar Vermelho, no Golfo Pérsico e na costa da Pescaria que fica a sul da Índia. Vinham , ainda pérolas grandes, pedras preciosas, sedas e porcelanas da China.
E.1. O Expansionismo europeu: CRISTOVÃO COLOMBO E A DESCOBERTA DA AMÉRICA
Local de nascimento:Génova, Itália
Data de morte:20-5-1506
Local de morte:Valladolid, Espanha
Um mapa do florentino Toscanelli sugeria ao genovês, Colombo, a possibilidade de atingir as Índias pelo Ocidente. Acreditando nessa avaliação, apresentou seu projeto ao rei de Portugal, que lhe negou apoio. Foi então em busca da Espanha, e após insistentes solicitações, conseguiu o patrocínio de Fernando de Aragão e Isabel de Castela.
A expedição partiu rumo ao oeste, sob o comando de Colombo. Após 61 dias de navegação e uma escala nas Canárias, atingiram a ilha de Guanaani (San Salvador) nas Bahamas e, em seguida, Cuba e São Domingos. Cristóvão Colombo descobrira um novo continente, mas não se apercebera disso; acreditava ter chegado às Índias.
Os reis católicos de Castela e Aragão finalmente compreendem que é necessário encontrar outras rotas marítimas em direcção ao oeste para alcançar directamente as índias, já que a rota pelo Oriente é muito instável.
O navegador genovês havia lido o Livro das Maravilhas do viajante italiano Marco Pólo, que alcançara a China por via terrestre. Sabendo que a terra era redonda, ele acreditava chegar lá seguindo para o oeste, enfrentando o oceano.
Ele dispunha de um grande trunfo, a caravela. A revolução tecnológica precede e torna possível a conquista. A caravela é um navio de alto bordo, manejável, forte, ágil, de bom e sólido velame.
Depois de ter sofrido a recusa do rei de Portugal e de ter esperado por oito anos a decisão da rainha da Espanha Isabel, a Católica, Colombo conseguiu convencer a soberana sobre a possibilidade de uma viagem de exploração somente pelo oeste. Sabe-se que nos Açores os troncos de árvores trazidos pela correnteza comprovam a presença de terra a oeste.
Colombo se lança ao mar com os dois irmãos Pinzon e com as três caravelas Nina, Pinta e Santa Maria. Elas partem de Paios, na Andaluzia. São dois meses de navegação.
Em 12 de outubro de 1492, grita-se terra à vista do alto do tombadilho. Ouro, pedras preciosas? Nada disso, índios nus, plantas tropicais.
Nem pimenta, nem especiarias. Uma viagem a troco de nada? Colombo pensa que está no Japão. Ele está nas Bahamas, depois em São Salvador. Após em Cuba e no Haiti. Ele explora as ilhas mas não sabe onde se encontra.
Em 1493, uma segunda viagem permite que ele traga para a Espanha 500 índios sobre quem se perguntam se eles são possuidores de uma alma. Os espanhóis decidem convertê-los.
Em 1498, uma terceira viagem. A terra firme é novamente avistada, desta vez na embocadura do Orenoco. Colombo acredita que está na China.
Em 1502 uma quarta viagem, na qual a tripulação descobre a América Central, sem perceber que se trata de um continente.
Colombo morre, em 1506, sem saber que descobriu a América à qual um outro navegador, Américo Vespúcio, dará seu nome.
O nome da América é uma homenagem ao mercador e navegador italiano Américo Vespúcio, primeiro a constatar que as recém-descobertas terras do Novo Mundo constituíam um continente e não parte da Ásia. Vespúcio, nasceu em Florença em 1454.
E.1. O Expansionismo Europeu: TRATADO DE TORDESILHAS
De entre as resoluções então tomadas, a mais célebre e mais importante foi a da delimitação, através de um meridiano traçado a 370 léguas a oeste de Cabo Verde, das zonas de influência dos países ibéricos, cabendo a Portugal o hemisfério oriental e, a Espanha, o ocidental. Garantia-se aos navegadores espanhóis o direito de passagem para oeste e definia-se a repartição dos territórios que viessem a ser atingidos por Colombo, que então realizava a sua segunda viagem. Ambos os reinos se comprometiam a não recorrer ao papa com o intuito de alterar estas disposições, o que, a par da salvaguarda da rota do cabo, constituiu uma vitória para a diplomacia portuguesa.
Na prática, esta divisão do mundo foi limitada pelos interesses de outras nações europeias e pelas dificuldades científicas de traçar rigorosamente o meridiano definido. A longo prazo, no entanto, acabou por garantir a Portugal a posse do Brasil, cabendo a Espanha a maior parte do continente americano. O tratado de Tordesilhas acabou por ser anulado em finais do século XVIII.
E.1. O Expansionismo europeu
A afirmação do expansionismo europeu.
Os impérios peninsulares
Os portugueses na África Negra
• Na colonização dos arquipélagos portugueses de África (Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe) foi utilizado o sistema de capitanias.
• No litoral africano, em locais estratégicos, os Portugueses fundaram feitorias para melhor desenvolverem as suas actividades mercantis.
• As relações com reis africanos começaram geralmente por ser amistosas. Comércio dos escravos, ouro, marfim e especiarias.
Espanhóis e Portugueses na América: o domínio das civilizações ameríndias
• Os espanhóis organizaram um vasto império nas Américas, destruindo algumas brilhantes civilizações.
• Começando por carregar para Espanha o ouro e a prata retirados dos impérios conquistados, acabavam por criar colónias de plantação.
• Nas Américas, onde a Igreja teve um papel importante na defesa dos Índios, os Espanhóis criaram uma civilização original, dominada pela sua língua, mas com raízes na cultura ameríndia.
• Portugal só a partir de 1530, com D. João III, começou a interessar-se pela colonização do imenso território do Brasil dividindo-o em capitanias.
• A criação de um governo geral (1549) permitiu o desenvolvimento da colonização que, nos primeiros tempos, teve na exploração da cana de açúcar a sua grande riqueza.
• A produção açucareira, que exigia grande quantidade de mão-de-obra, levou á necessidade de procurar escravos africanos.
O comércio intercontinental: Rotas e mercadorias
• A expansão marítima, ao aproximar os continentes e ao melhorar a resistência e segurança dos barcos, ampliou as trocas comerciais.
• O Atlântico destronou a importância do Mediterrâneo
• Lisboa e Sevilha tornaram-se os grandes portos do comércio ultramarino. Na 2ª metade do século XVI, os portos de Antuérpia , Amesterdão e Londres passariam a ser os grandes centros do comércio mundial.
• Desenvolveram-se as rotas:
- do Cabo
-do Atlântico
-de Manila
Repercussões da Expansão
Económicas:
• Atlântico- Centro de comércio europeu
• Comércio à escala mundial
Sociais
• Desenvolvimento da burguesia
• Aumento do tráfico negreiro
Demográficas
• Aumento da emigração
• Miscigenação
Culturais
• Algumas línguas europeias como o inglês, o francês, o castelhano e o português assumiram uma projecção universal
• A ciência avançou, a autoridade e o saber livresco, tão característicos da cultura europeia, viram muitos dos seus fundamentos ultrapassados.
• A arte reflectiu a mistura de elementos europeus e indígenas.
E.1. O Expansionismo europeu: A CARREIRA DA ÍNDIA
O tamanho das naus não parou de aumentar; dos 120 tonéis da “S. Gabriel” chegou-se à nau de mais de 2 mil toneladas e 110 peças, já no fim do Século XVIII. As últimas naus do tempo de D. Manuel I deslocavam 400 toneladas e atingiram as 900 toneladas durante o reinado de D. João III. Todavia, a ineficácia das naus excessivamente grandes era reconhecida, pelo que o Regimento de 1570,determinado por D. Sebastião, proibia naus da carreira da Índia com mais de 400 toneladas. Para iludir o regimento elevava-se os castelos da popa e da proa.
A nau típica da Carreira e das armadas de Albuquerque era em geral de 400 toneladas. Antes do aparecimento dessa maravilha bélico-naval que foi o galeão português, as naus acompanhadas de algumas caravelas fundaram o primeiro império europeu na Ásia. A guarnição tradicional de uma nau de 400 toneladas oscilava entre as 120 e as 168 almas, contando-se obrigatoriamente um capitão, um escrivão, dois pilotos, mestre de manobra das velas, contramestre, guardião, capelão, carpinteiro, calafate, tanoeiro, barbeiro que servia de cirurgião, meirinho, cozinheiro, dispenseiro e vários soldados e bombardeiros, além de marinheiros e grumetes.
A Nau de 550 a 800 tonéis é típica dos Séculos XVI e XVII. Tal como as suas antecessoras apresentava três cobertas, pelo menos. Na primeira jogava a artilharia; à ré localizava-se a tolda do capitão e os camarotes com janelas e, por vezes, varandins. Na segunda coberta ficavam os lugares (mais tardes denominados beliches) da tripulação; na terceira estavam os paióis da pimenta e à popa os das drogas – escreveu Oliveira Martins em “Portugal nos Mares”.
À popa e à proa erguiam-se castelos artilhados com peças de menor calibre fundamentalmente anti-pessoal como os “berços” e os “falcões” com a particularidade de serem carregadas pela culatra, utilizando uma câmara móvel que lhe conferia um excelente ritmo de fogo acompanhado pela produção de muito fumo, pelo que estavam instaladas no exterior em especial nas balaustradas dos encastelamentos numa espécie de forquilha que permitia uma grande manobralidade e arco de fogo, disparando pelouros de pedra, revestidos ou não de chumbo ou de ferro. De algum modo foram os antecessores de todas as armas modernas de fogo. Acrescente-se que os grandes canhões ou reparos das cobertas não permitiam fazer pontaria; a manobra do próprio navio é que servia para apontar reparos de duas rodas grandes cujo recuo era sustido por um forte sistema de cabos. A batalha era sempre travada com os navios em paralelo a dispararem uns contra os outros a distâncias um pouco superiores a 100 metros.
A vantagem dos portugueses no primeiro Século do Império relativamente aos navios de todos os outros países e nos seguintes relativamente às armadas de Oman, Cambraia, etc. consistia na excelência da construção. Os portugueses foram os primeiros a utilizarem pregos para pregarem o tabuado do casco, enquanto o Norte da Europa utilizava cavilhas de madeira em tábua sobrepostas. Também a calafetagem portuguesa era de grande qualidade; as naus da Flandres usam uma só estopa e mal conseguiam chegar a Lisboa sem terem de ser carenadas e calafetadas de novo, enquanto as portugueses aguentavam bem os mais de seis meses de viagem até Cochim ou Goa, pois os portugueses e espanhóis foram os primeiros a utilizar chumbo nas costuras das naus e aplicavam, além da estopa, a pasta “galagala” constituída por cal virgem, estopa amassadas com azeite o que dava um betume que revestia o interior do forrado de duas tábuas. Uma espécie do pladur dos nossos dias. Além disso, os mestre portugueses cobriam o costado de breu ou alcatrão. Para o obter queimavam-se pinheiros em fornos semelhantes aos da cal, deixando-se escorrer a resina para um depósito colocado no fundo do forno, um fosso onde era carbonizada a madeira. Ao resíduo pastoso obtido chamavam alcatrão que depois costumava ser cozido com vinagre coalhado que adquiria o nome de breu. As opiniões variavam entre o que era melhor, o alcatrão ou o breu, mas eram estas pastas impermeabilizadoras que davam a tonalidade negra às naus lusitanas. Claro, o melhor breu provinha da Alemanha ou do norte de Espanha, sendo o da Biscaia. Os pinheiros alemães davam a melhor resina para o efeito, mas os alemães quase não faziam naus. Segundo a historiadora Leonor Freire Costa, entre 1498 e 1505, Lisboa importou 4.778 barris de alcatrão e breu.
As naus portuguesas era calafetadas com estopa de linho ou cânhamo que, segundo o Padre Manuel de Oliveira, incha bem com a água e absorve o sebo. Os velhos cabos das naus regressadas das Índias eram frequentemente desfiados em casa por mulheres pobres de Lisboa para fazer estopa.
Nas naus portuguesas, e não só, o lugar do capitão era o chapitéu e o grito de combate: “Jesus! S. Tomé!Ave-Maria!.
Sob a coberta, junto ao paiol estava o capitão de fogo a distribuir a pólvora que tirava às gamelas ou ensacada dos caldeirões defendidos do lume por colchas e cobertores molhados.
De 1497 a 1612, o Estado português armou para a Índia 806 naus, - diz-nos ainda Oliveira Martins. Desses navios, regressaram 425, arribaram 20, perderam-se 66, foram tomadas pelo inimigo 4, queimaram-se 6 e ficaram na Índia 285. Portanto, só cerca de 10% é que se perderam verdadeiramente, sem contar com as que ficaram na Índia e que tiveram destinos diversos, principalmente nos combates travados. As naus podiam com ventos muito favoráveis atingir velocidades de 8 a 10 nós, mas em média uma Armada da Índia fazia todo o percurso a uma média de 2,5 nós durante seis meses ou mais.
Os portugueses eram, sem dúvida, os melhores construtores de naus nos Século XVI e XVII, tendo algumas delas chegado a dobrar o Cão da Boa Esperança dezenas de vezes ao longo de vinte e cinco anos como aconteceu com a célebre “Chagas” que levou ao Índico quatro vice-reis. As “Décadas” de Diogo de Couto contam muitas das suas proezas, mas com muito exagero pois chga a falar em duzentas voltas pelo Cabo, o que só seria possível em mais de um Século de vida da nau.
Na realidade, o tempo de vida médio das naus do Século XVII variava entre três ou quatro anos. As primeiras naus duraram mais como a “Circe” e a “Flor de La Mar”, já descrita neste blog.
O verdadeiro declínio na construção das naus verificou-se com a perda da independência com a dinastia dos Habsburgos que privatizaram a carreira da Índia com a formação da “Companhia das Índias”. Em 1631, a referida companhia despachou para a ìndia as naus “N. Senhora de Belém” e “N. Senhora do Rosário” tão mal construídas que não conseguiram dobrar o Cabo da Boa Esperança. “Os interesses privados não eram capazes de prover as naus com mantimentos suficientes, nem sequer equipamento náutico”, queixou-se então amarguradamente o almirante António de Saldanha. Em 16636, a Companhia das Índias fechava por falência.
Publicado por Dieter Dellinger na REVISTA DE MARINHA Nr. 789 de Março de 1986.
E.1. O Expansionismo Europeu: CARAVELA
Gil Eanes utilizou um barco de vela redonda, mas seria numa caravela (tipo carraca) que Bartolomeu Dias dobraria o Cabo da Boa Esperança, em 1488. É de salientar que a caravela é uma invenção portuguesa, em conjunto com os conhecimentos que haviam adquirido dos árabes ou muçulmanos.
Se bem que a caravela latina se revelou muito eficiente quando utilizada em mares de ventos inconstantes, como o Mediterrâneo, devido às suas velas triangulares, com as viagens às Índias, com ventos mais calmos, tal não era uma vantagem, já que se mostrava mais lenta que na variação de velas redondas. A necessidade de maior tripulação, armamentos, espaço para mercadorias fê-la ser substituída por navios mais potentes.
E.1. O Expansionismo Europeu: INÍCIO DA EXPANSÃO PORTUGUESA: A CONQUISTA DE CEUTA
As conquistas no Norte de África surgiram como uma solução: agradavam à nobreza que procura a guerra como forma de obter honra, glória, novos cargos e títulos; agradavam ao clero pois era uma forma de combater os Mouros, inimigos da religião cristã; agradavam à burguesia pois assim poderia controlar a entrada do Mar Mediterrâneo e o comércio de escravos, ouro, especiarias e cereais.
Assim, em 1415, uma poderosa armada preparada por D. João I tomou a cidade de Ceuta: 33 galés, 27 trirremes, 32 birremes e 120 outros barcos, onde se amontoaram 50 mil soldados - todos "cruzados" (ou seja, com cruzes de tecido coladas aos uniformes, já que partiam para uma guerra santa).
O comando da armada foi entregue aos filhos do rei D. João I, entre os quais o infante D. Henrique. Na manhã de 14 de agosto de 1415, com Ceuta desprotegida - por um inexplicável desleixo do soberano Sala-bin-Sala -, os lusos invadiram a cidade como uma horda de bárbaros. Mataram milhares de mouros, saqueando tudo o que podiam encontrar, destruindo lojas, bazares, mesquitas e o palácio do governante. Depois de dez horas de batalha desigual, contra adversários desarmados, os portugueses tornaram-se senhores de Ceuta.
E.1. O Expansionismo Europeu: Instrumentos náuticos de orientação
As rotas mais favoráveis foram identificadas desde a viagem de Vasco da Gama. Para poderem procurá-las os marinheiros tinham que se orientar, e faziam-no utilizando os seguintes instrumentos:
BÚSSOLA
ASTROLÁBIO
Depois do contacto com os navegadores árabes que circulavam no Índico passaram a usar também a
A representação da Terra
Além dos instrumentos, utilizavam não só CARTAS (mapas) onde as rotas vinham assinaladas como o conhecimento dos pilotos, cuja intuição e experiência eram indispensáveis a bordo. De início havia pilotos excelentes no Atlântico mas com dificuldades de se orientarem no Índico.
Com o decorrer do tempo acabaram por surgir grandes pilotos para todo o percurso da carreira da Índia.
À medida que os Descobrimentos avançaram foi possível fazer mapas cada vez mais próximos da realidade. Em Portugal surgiram verdadeiros especialistas em náutica e cartografia, que eram procurados a peso de ouro por toda a Europa. Notabilizaram-se neste campo as famílias Reinel, Homem, Teixeira e outras.
O primeiro planisfério hoje conhecido deve-se a um cartógrafo português anónimo. Este planisfério é conhecido como Planisfério de Cantino.
Os mapas e atlas portugueses do século XVI são dignos de nota não só pelo progressivo rigor científico como pelas magníficas ilustrações e iluminuras, que os transformam em autênticas obras de arte.
ROSA-DOS-VENTOS
Em todos os mapas figura a rosa-dos-ventos. Os Portugueses representaram-na com desenhos lindíssimos e incluíram algumas inovações que vieram a tornar-se um hábito em toda a parte, como por exemplo, a flor-de-lis para indicar o norte e a cruz de Cristo para indicar o oriente.
E.1. O Expansionismo Europeu: Esquema conceptual
No século XV a Europa inicia um processo de abertura ao mundo, através da expansão marítima. Nesse processo a prioridade coube aos países ibéricos (primeiro Portugal e depois Espanha), que no decurso dos séculos XV e XVI, dominaram as rotas do comércio marítimo e controlam a economia mundial. A abertura de novos espaços proporcionou, por sua vez, a introdução de novos valores e atitudes na sociedade e mentalidades europeias.
A TERRA:
A ÁFRICA
É o 3º maior continente (22% da área total dos continentes), com 30 330 000 Km². Tem uma costa pouco recortada e situa-se quase todo na zona Tórrida, sendo por isso o mais quente. É em África que se situa o maior deserto do mundo, o Saara, e o mais comprido rio, o Nilo. Apenas 6% do deu solo é arável mas possui as maiores riquezas minerais que há no mundo.
Em 1990 tinha 627 milhões de habitantes, o que correspondia a 12% da população mundial.
O seu ponto mais elevado é o Kilimanjaro com 5.895 metros de altitude.
A EUROPA
Com 10.530.000 km², é quatro vezes menor do que a Ásia, continente a que está unida.
É o mais densamente povoado.
Apresenta uma costa muito recortada, com vários mares e penínsulas.
A OCEANIA
Tem uma área de cerca de 9.000.000 km² e é o mais pequeno continente.
Está situada entre o Oceano Índico e o Oceano Pacífico. A Oceania é o mais pequeno continente e é pouco povoado.
A Terra é o 5º maior planeta do sistema solar e o terceiro a partir do Sol.
Tem forma esférica, ligeiramente achatada nos pólos. Vista do espaço tem uma cor azulada devido à enorme massa de água que a cobre. Tem um satélite natural, a Lua.
Também a Terra tem a sua História.
Ter-se-á formado há cerca de 4,65 biliões de anos!
Inicialmente existiria apenas um único oceano - Pantalassa - que rodearia todas as terras. Estas constituíam um único continente - a Pangeia. Mas poderosos movimentos internos, que ainda hoje ocorrem, foram provocando fracturas e mudanças de posição da superfície terrestre.
Assim, foram-se formando os continentes e oceanos tal como os conhecemos hoje (que não estão fixos, continuam a mover-se...).
Os continentes são seis e ocupam cerca de 1/4 da sua superfície: Europa, Ásia, África, América, Oceania e Antárctida.
Os Oceanos são cinco e ocupam cerca de 3/4 da sua superfície: Atlântico, Pacífico, Índico, Glaciar Árctico e Glaciar Antárctico.
COMO REPRESENTAR O NOSSO PLANETA...
Sabes indicar quais são os cinco oceanos e os seis continentes?
Globo Terrestre
O globo terrestre é a melhor forma de representar a Terra pois tem uma forma muito semelhante a ela - é como se a olhássemos de longe.
Mas tem alguns inconvenientes: não é fácil de transportar e não mostra a superfície terrestre em pormenor.
Mapas e Planisfério
Pelo contrário, os mapas, apesar de deformarem a forma real da Terra, porque a representam de forma plana, permitem-nos localizar os diferentes locais mais em pormenor.
Ao mapa que representa toda a superfície terrestre dá-se o nome de planisfério.
São elementos integrantes de um mapa a escala e a legenda.
Para melhor estudar a superfície terrestre, dividimo-la em linhas imaginárias:
O eixo da Terra, em torno da qual faz o seu movimento de rotação, e que a intersecta nos pólos (Norte e Sul).
O Equador que divide a Terra em dois Hemisférios, o Norte e o Sul.
Os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, linhas paralelas ao Equador, que separam as zonas temperadas da zona quente.
Os Círculos Polares Árctico e Antárctico, também paralelos ao Equador, que separam as zonas temperadas das frias.
Os Meridianos são linhas perpendiculares ao Equador.
Os fusos horários são estabelecidos com base neles.
Em Portugal regulamo-nos pelo Meridiano de Greenwich.
Rosa-dos-Ventos
Pontos cardeais
N - Norte ou Setentrião
S - Sul ou Meridião
E - Este, Leste ou Oriente
O - Oeste ou Ocidente
NE - Nordeste
NO - Noroeste
SE - Sudeste
SO - Sudoeste
A Rosa-dos-Ventos é um esquema em forma de estrela que representa as diferentes direcções dos pontos cardeais e dos pontos colaterais. Todos os mapas devem conter, pelo menos, a indicação de Norte.
Antigos mapas portugueses tinham a indicação de Este ou Oriente mais destacada devido ao domínio português nessa zona.
Em orientação, um dos aparelhos mais usados é a Bússola. A sua agulha, por magnetismo, indica sempre o Norte (magnético).
E.1. O Expansionismo europeu
A África, com excepção da costa mediterrânica, era pouco conhecida. Nela viviam povos com formas diversas de organização económica, social, política e religiosa.
No Oriente sobressaía a riqueza e a superior cultura da China e da Índia.
Na América existiam povos em situação de diferente desenvolvimento civilizacional.
Os muçulmanos controlavam o comércio internacional.
CONDIÇÕES DA PRIORIDADE PORTUGUESA
Grande tradição marítima.
Domínio da ciência náutica aprendida, sobretudo com Árabes e Judeus.
Superioridade nas técnicas de construção naval. A Caravela tornar-se-ia um barco muito avançado para a época.
INTERESSES DOS GRUPOS SOCIAIS E DO PODER RÉGIO NO ARRANQUE DA EXPANSÃO PORTUGUESA.
Interesse do poder régio (D. João I).
A Nobreza desejava cargos e rendas.
O Clero desejava propagar a fé.
A Burguesia necessitava de novos mercados para fazer comércio.
O Povo pretendia a melhoria das condições de vida.
DESCOBRIMENTOS E CONQUISTAS NO PERÍODO HENRIQUINO: ÁREAS E PROCESSOS DE EXPLORAÇÃO.1415-Conquista de Ceuta
As viagens marítimas:
1419-Reconhecimento do arquipélago da Madeira
1427-Reconhecimento de algumas ilhas do arquipélago dos Açores.
1434- Ultrapassagem do Cabo Bojador por Gil Eanes. Era o limite até então navegado por Europeus.
1434- Ataque a Tânger, onde Portugal saiu derrotado.
1441- Nuno Tristão ultrapassa o cabo Branco
1460- Morte do Infante D. Henrique. Pedro Sintra chega à serra Leoa.
A POLÍTICA DE D. AFONSO V
Retornou-se à política de CONQUISTA das praças marroquinas: Alcácer-Ceguer, Arzila e Tânger.
A expansão marítima, perdendo o dinamismo inicial, é entregue a um particular, o mercador Fernão Gomes, que explora a região do golfo da Guiné (obrigação de explorar 100 léguas por ano)
A POLÍTICA EXPANSIONISTA DE D. JOÃO II E A RIVALIDADE LUSO-CASTELHANA.Comércio colonial era monopólio da Coroa.
Diogo Cão ao longo de duas expedições (1482-83 e 1485-86) explorou a região do rio Zaire.
BARTOLOMEU DIAS (1487-88) ao ultrapassar o limite sul do continente africano, cabo das TORMENTAS abriu o caminho para a viagem de Vasco da Gama.
1492- CRISTOVÃO COLOMBO ao serviço de Castela, chegou às Antilhas (América), pensando ter atingido o Oriente das especiarias.
A descoberta de COLOMBO agravou os conflitos entre Portugal e Castela.
1494- O TRATADO DE TORDESILHAS, assinado entre Portugal ( D. João II) e Castela (Reis Católicos) veio dar solução aos problemas, dividindo o Mundo por um meridiano em duas zonas, uma para Portugal outra para Castela.
DESCOBERTA DO CAMINHO MARÍTIMO PARA A ÍNDIA E DO BRASIL
VASCO DA GAMA (1497-98) descobriu o caminho marítimo para a Índia.
PEDRO ALVÁRES CABRAL (1500)- Descobriu o Brasil
Controle político do Oriente através de vice-reis.
1º Vice-rei: D. Francisco de Almeida
2º Vice-rei: Afonso de Albuquerque entre outros
FERNÃO DE MAGALHÃES, navegador português ao serviço de Espanha e Sebastião del Cano (1519-22) realizaram a mais extraordinária viagem do século XVI, a circum-navegação do Globo terrestre.
MÉTODOS PEDAGÓGICOS
A palavra método significa caminho ou processo racional para atingir um dado fim. Agir com um dado método supõe uma prévia análise dos objectivos que se pretendem atingir, as situações a enfrentar, assim como dos recursos e o tempo disponíveis, e por último das várias alternativas possíveis. Trata-se pois, de uma acção planeada, baseada num quadro de procedimentos sistematizados e previamente conhecidos.
Em pedagogia, entende-se por métodos os diferentes modos de proporcionar uma dada aprendizagem e que foram sendo individualizados pelos pedagogos ou a investigação científica.
O método não diz respeito aos vários saberes que são transmitidos, mas sim, ao modo como se realiza a sua transmissão. Podemos definir um método pedagógico como:
Uma forma específica de organização dos conhecimentos, tendo com conta os objectivos da programa de formação, as características dos formandos e os recursos disponíveis.
1. Tipologia dos Métodos Pedagógicos
Estamos longe de uma classificação universal dos métodos pedagógicos. Roger Mucchielli, por exemplo, propos uma classificação dos métodos baseada num "contínuum" desde os completamente "passivos" aos mais "activos". Pierre Goguelin agrupou-os em três grandes grupos: Métodos Afirmativos (expositivos e demonstrativos), Métodos Interrogativos e Métodos Activos. Actualmente esta classificação tende a ser feita em função do recurso pedagógico que é particularmente valorizado.
A transmissão oral dos saberes, continua a ser a mais clássica, mas também a mais moderna foram de comunicação pedagógica. A sua enorme diversidade decorre obviamente das própria multiplicidade de formas a que podemos recorrer para expôr ou interrogar os alunos sobre um dado tema.
1.2.Métodos Intuitivos
Trata-se de mostrar algo a alguém de forma a que possa intuir, apreender ou perceber o que se pretende transmitir.
1.3.Métodos Activos
Um dos primeiros grandes teóricos deste tipo de métodos foi Pestalozzi(1746-1827). Influenciado pelas ideias de Rosseau defendeu que a educação deveria "preparar os homens para certos desempenhos na sociedade". A educação devia apresentar-se como um desenvolvimento natural, espontâneo e harmónico das disposições humanas mais originais, na sua triplice dimensão: a vida intelectual, moral e artística e técnica. No final do século XIX, foram finalmente consagradas as bases filosóficas da pedagogia contemporânea. William James (1842-1910), concebeu a educação como "um processo vivo que permite ao homem reagir adequadamente face às mais diferentes circunstâncias". John Dewey (1859-1952), concebeu a educação baseada na acção. A sua pedagogia activa assenta nos seguintes princípios:
1. O aluno só aprende bem quando o faz por observação, reflexão e experimentação (auto-formação);
2. O ensino dever ser adaptado à natureza própria de cada aluno (ensino-diferenciado);
3. Deve desenvolver, não apenas a sua formação intelectual, mas também as suas aptidões manuais, assim como a sua energia criadora (educação integral);
4. A matéria de ensino deve ser organizada de uma forma que produza uma efeito global na formação do aluno (ensino global);
5. O ensino deve contribuir para a socialização do aluno, por meio de trabalhos em grupo, respeitando e fortalecendo sempre a individualidade dos alunos. A educação é vida e educar é preparar para a vida (ensino socializado).
Ao longo do século XX a pedagogia activa, conheceu inúmeros avanços téoricos e práticos, influenciando todos os outros métodos de ensino.
Estes métodos tem vindo a impôr-se devido a cinco razões essenciais: a)A crescente importância dada às vivências individuais; b) O aumento da motivação ligada a actividades que envolvem directamente o formando; c) A necessidade incrementar os hábitos de trabalho em grupo, para o aperfeiçoamento das relações humanas; d) A mudança do papel do formador, este deixou de ser visto como o detentor do saber, para ser encarado como um facilitador e animador; f) A evolução dos métodos de controlo, que passaram de um sistema de autoritário, para outros baseados no auto-controlo, auto-avaliação dos individuos e do grupo.
II. Escolha dos Métodos Pedagógicos
Na escolha de um método pedagógico, o formador deverá ter em conta quatro factores essenciais:
- As características dos formandos;
- As características do saber;
- O condicionamento e os recursos inerentes à situação de formação.
- O seu estilo pessoal.
A escolha do método, como escreve Lucília Ramos, é tudo menos inocente. Esta escolha pode determinar a "selecção" em termos de resultados finais. Não nos podemos esquecer que num grupo de formandos existe uma enorme diversidade de estilos e de ritmos de aprendizagem, e através da escolha e da aplicação correcta dos métodos os formador faz a gestão destas diferenças. Assim, se nenhuma escola é inocente, à partida qualquer escolha implica o sucesso ou o insucesso de alguns formandos.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
CADERNO DE ACTIVIDADES
.Rumos da expansão
.Rumos da expansão(2)
.Descobertas
.Descobertas(2)
.Renascimento
.Novos Valores Europeus
.Protestantismo
.União Ibérica
.Sociedade de Ordens
.Revolução Industrial
.Civilização Industrial
CADERNO DE ACTIVIDADES
A Revolução Agrícola e o arranque da Revolução Industrial
O triunfo das revoluções liberais
A revolução liberal portuguesa
CADERNO DE ACTIVIDADES
O império português e a concorrência internacional
Absolutismo e Mercantilismo numa sociedade de ordens
A cultura em Portugal face ao dinamismo da cultura europeia
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
CADERNO DE ACTIVIDADES
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DESCOBRIMENTOS
ABERTURA AO MUNDO
COMÉRCIO COLONIAL
NOVOS VALORES EUROPEUS
RENASCIMENTO
MENTALIDADE MODERNA
REFORMAS RELIGIOSAS
BARROCO
BARROCO PORTUGUÊS
UNIÃO IBÉRICA
RESTAURAÇÃO
SOCIEDADE DE ORDENS
MERCANTILISMO
ILUMINISMO
INVENÇÕES
DESPOTISMO
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
INOVAÇÕES
REVOLUÇÕES LIBERAIS
REVOLUÇÃO LIBERAL PORTUGUESA
VISITA DE ESTUDO
Algumas sugestões didácticas para a realização de visita de estudo:
1 - Para uma visita de estudo obter sucesso é necessário ter em conta alguns princípios gerais. Esses princípios devem ser adaptados às características específicas de diferentes aspectos:
- a turma;
- grau de ensino;
- nível etário dos alunos.
2 - Uma visita de estudo pode ter diversas funções:
- motivação da turma para uma determinada matéria;
- conclusão ou síntese final de um estudo;
- estudo de um assunto através da observação dos elementos durante a visita de estudo.
3 - A visita de estudo deve passar por três etapas:
- - Preparação da visita de estudo:
- escolha do local a visitar;
- data da realização da visita;
- meios de transporte;
- autorizações do Conselho Directivo da escola e dos encarregados de educação;
- informação ao delegado de grupo da disciplina;
- definição de objectivos desde o domínio cognitivo aos das capacidades e competências, valores e atitudes;
- fornecimento de informação sobre o assunto aos alunos através de textos ou folhetos impressos sobre o local a visitar ou uma aula audio-visual que servirá de motivação para a visita de estudo;
- tentar a multidisciplinariedade, se possível;
- também, se possível, integrar esta actividade no estudo de um determinado tema do programa.
- - Realização da visita de estudo. Esta pode ser de dois tipos:
- visita guiada - incide no processo de transmissão de saber. O professor ou o funcionário da instituição que visitámos é o guia da visita. Este tipo de visita deve ser feita com um número reduzido de alunos e ter uma duração curta. As explicações devem ser breves para os alunos poderem tirar notas sobre o assunto.
- visita de descoberta - incide na actividade de descoberta do aluno, através de um método de estudo dirigido. Há uma actuação conjunta entre professor e alunos. Os alunos aprendem a observar e pensar sobre o que estão a estudar, guiados por um conjunto de questões que vão tentar dar-lhes resposta pela sua descoberta. No entanto, há, previamente, uma preparação da visita, pois o aluno não vai à descoberta sem qualquer esquema de apoio para o seu trabalho. Deve haver uma ficha de registo ou guia de observação para o aluno registar os dados.
- - Avaliação da visita de estudo
Na aula seguinte à realização da visita, os alunos apresentam um relatório ou um trabalho ilustrado que apresente em síntese as suas conclusões.
De seguida, deve haver uma reflexão conjunta entre professor e alunos sobre a visita, discutindo:
- os conhecimentos adquiridos;
- os aspectos positivos ou negativos da visita.
COMO FAZER UMA DRAMATIZAÇÃO EM HISTÓRIA
A dramatização pode ser de dois tipos:
- representações individuais ou de um número reduzido de alunos;
- representações colectivas em que todos os alunos da turma participam.
A dramatização tem como base:
- um tema, ou
- um texto, que pode ser improvisado ou já previamente elaborado.
A representação cénica obedece a técnicas de dramatização. A sua realização obedece a diferentes etapas:
1ª ETAPA - Preparação da Representação
- O texto da dramatização
O texto pode ser de três tipos diferentes:
- um texto que já esteja previamente elaborado, podendo sofrer alguns cortes ou acrescentos;
- elaboração de um texto dramático pelos alunos a partir de conhecimentos já estudados. Para isso, deve ter em conta os seguintes momentos:
- definição dos momentos que considera mais representativos da acção;
- personagens - sua caracterização física e psicológica (é um dos aspectos mais importantes para a dramatização ter sucesso; se necessário podem mesmo exagerar as características para que elas sejam bem visíveis quando forem representadas, com a utilização, por exemplo, de adereços);
- finalmente, a criação do texto.
- adaptação de um texto narrativo a um texto dramático. Esta tem de ter em conta os seguintes aspectos:
- definição da existência ou não de um narrador;
- distinção de personagens principais e secundárias;
- transformação do discurso indirecto em discurso directo.
- Distribuição de papéis.
- Escolha e preparação de adereços para as personagens e para o espaço cénico.
- Organização do espaço onde vai ser feita a representação cénica. Este aspecto deve ser bem pensado, pois tem influência na maneira como se vai sentir a representação.
2ª ETAPA - Execução da dramatização
O ambiente de actores e observadores deve estar calmo e ordenado.
3ª ETAPA - Discussão sobre a dramatização
- Avaliação do trabalho realizado, pela troca de opiniões entre os participantes, por exemplo, se foi fácil ou não representarem determinada personagem.
- Os observadores devem fazer uma crítica construtiva do trabalho.
O FILME HISTÓRICO
A utilização do filme histórico na aula pode ser um meio de motivar os alunos para um determinado assunto, ou uma forma de consolidar determinados conhecimentos já aprendidos na aula. O filme histórico pode ser um ponto de partida para trabalhos de pesquisa dos alunos, por exemplo, fazendo uma pesquisa de outros filmes sobre o mesmo assunto , ou sobre outras matérias do programa.
No entanto, a utilização do filme histórico na aula pressupõe um trabalho de análise do mesmo.Fases que se devem ter em conta na análise de um filme histórico:
1 - elaboração da ficha técnica do filme: título, realizador, ano de produção, actores;
2 - localização da acção no espaço e no tempo;
3 - identificação das personagens como figuras históricas;
4 - descrição do contexto: os meios de transporte, vestuário, mobiliário, arquitectura, linguagem, etc;
5 - resumo do filme, salientando os factos históricos, e sendo secundários os aspectos de pura ficção;
6 - comentário crítico ao filme: seus contributos para a aprendizagem do tema e eventuais erros ou imprecisões que o filme contenha.Também pode organizar debates subordinados ao tema que o filme retrata, interligando matéria programática e a fonte histórica que é o filme.
Leia Mais…TRABALHAR COM MAPAS
1. Introdução
A importância da exploração e construção de mapas na aula de História
Os mapas devem estar presentes na aula de História, pois sem eles a interacção dialéctica entre o Homem e o espaço perde significado. Há uma melhor compreensão do espaço onde decorrem os acontecimentos quando este se faz representar por mapas.
2. Classificação dos mapas
Podemos classificar mapas segundo dois princípios:
- conforme os espaços que representam
- conforme os conteúdos ou assuntos a que se referem
Isto significa que podemos ter vários mapas que representam o mesmo espaço, mas cada um deles nos dar informações diferentes sobre o que lá existe ou acontece.
Tipos de mapas:
- Mapa-Mundo ou Planisfério - representa toda a Terra.
- Mapa Geral - representa um ou mais continentes.
- Mapa Particular - representa uma nação ou grande região. É útil para observar áreas com grande pormenor.
- Mapa Físico - refere aspectos físicos, como relevo, hidrografia, clima, vegetação.
- Mapa Humano - refere a densidade populacional, a separação dos países, o tipo de povoamento, a distribuição das raças de pessoas.
- Mapa Económico - pode representar a distribuição e criação de animais, as culturas agrícolas, os recursos minerais ou piscatórios, as zonas industriais.
3. Exploração de Mapas - Elementos a ter em conta e sua etapas:
- 1ª Etapa - Observação do mapa
- Título - indica-nos o conteúdo geral do mapa.
- Escala - permite-nos comparar as distâncias do mapa com as distâncias reais.
- Legenda - permite-nos fazer a leitura do mapa através de sinais (cores, símbolos).
- Identificação das áreas geográficas - identificação de continentes, oceanos, países, localidades, rios, relevo, através da qual podemos relacionar os factos ou realidades históricas entre si e concluir sobre a importância de determinadas áreas geográficas.
- 2ª Etapa - Interpretação do mapa
Depois da identificação das áreas geográficas consegue-se compreender que estas têm a ver com o conteúdo indicado pelo título e perceber todas as informações que podemos retirar do mapa. Ainda compreender o significado dos sinais da legenda e perceber o modo como estão distribuídos no mapa ou as quantidades que querem representar.
- 3ª Etapa - Aquisição de novos saberes
Através do mapa o aluno pode tentar encontrar o motivo pelo qual as informações recolhidas acontecem naquele local ou que relação têm com outros conhecimentos que o aluno já possua desse mesmo local. Desta forma, o mapa pode ser um contributo para aquisição de novos saberes.
Leia Mais…ANÁLISE DE IMAGENS
A nossa actualidade vive na civilização da imagem, por isso, esta deve cada vez mais ser um recurso pedagógico. Para além disso, as imagens constituem uma das mais importantes fontes de informação histórica.Na leitura da imagem, o professor deve ser capaz de desenvolver no aluno:
- enriquecimento de vocabulário;
- espírito crítico;
- desenvolver o gosto pela arte;
- incentivar a sensibilidade, a educação estética, a criatividade.
- função motivadora;
- função estética;
- função ilustrativa;
- função vicarial, permitindo explicar conteúdos de difícil entendimento apenas pela verbalização.
ANÁLISE DE DOCUMENTOS ESCRITOS
- ajuda o aluno a desenvolver o espírito de observação, estimula a pesquisa, desperta a curiosidade, fomenta a criatividade e fortalece o sentido crítico;
- contribui para ultrapassar a tendência verbalista e predominantemente informativa do ensino;
- ajuda o aluno a organizar-se.
- de acordo com os objectivos de aprendizagem definidos;
- tem de estar ligado aos conteúdos a estudar;
- em função do nível etário dos alunos;
- não ser muito longo, nem muito complexo;
- deve ser um documento rico em informação.
- documento histórico - que pertence à própria época que se está a estudar.
- documento historiográfico - que é de uma época posterior àquela que se está a estudar, mas que a ela se refere.
- documentos pontuais:
objectivos - fontes jurídicas e administrativas
subjectivos - fontes literárias e historiográficas - documentos seriais:
objectivos - registos paroquiais, inquisições gerais, listas nominais, fontes fiscais.
subjectivos - testamentos, imprensa, róis de confessados, cadernos de "agravos".
Alude-se, ainda, ao interesse e valor do documento. O professor deve ensinar o aluno a estar atento para procurar distinguir os factos ou acontecimentos referidos, das opiniões ou interpretações feitas pela pessoa que escreveu a informação, pois sobre o mesmo assunto ou acontecimento da mesma época podemos ter visões diferentes. As circunstâncias em que o documento foi escrito e as opiniões dos seus autores, podem influenciar a nossa interpretação da informação.
Desta forma, documento contribui para o alargamento dos conhecimentos históricos do aluno.
ANÁLISE DE GRÁFICOS
O QUE É A HISTÓRIA AO VIVO?
"História ao Vivo é uma técnica de recriação do passado, que tem por objectivo proporcionar tanto a crianças como a adultos uma oportunidade de contactar de uma forma lúdica e concreta com alguns aspectos da vida quotidiana. Geralmente pouco conhecidos, porque mal contemplados nos programas, mesmo nos mais actuais. Esta técnica faz principalmente apelo a três entidades fundamentais para o sucesso de qualquer acção: a escola, o museu ou o monumento e a comunidade.
Antes do mais, tem que se escolher um tema histórico adaptado ao local que se deseja fazer reviver; em seguida encontrar a época mais adequada aos objectivos pedagógicos a atingir, não esquecendo a viabilidade do projecto.
Entendemos que um projecto de "História ao Vivo" é uma técnica eminentemente pedagógica, que ensina e responsabiliza as crianças, os professores e a comunidade, criando-lhes o gosto pelo passado, pela investigação e preservação desse mesmo passado, que é da responsabilidade de todos."
Paula Bárcia, Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses.
O ESPAÇO E O TEMPO HISTÓRICO
Preconizador do conceito espacial no seio da História, Fernand Braudel defendia que a História se define não só pela relação entre diversos espaços como pelas características dos mesmos, que variam consoante os homens que os estruturam e neles vivem. Conceito, portanto, orgânico, verificamos que se opõe, de certa forma e na maioria do mundo habitado do século XXI, à ideia de longa duração ou tempo longo. As necessidades que se sucedem a um ritmo vertiginoso provocam outras tantas alterações espaciais, frequentemente avassaladoras e sem nexo nem lógica. Contudo, aplica-se a noção de espaço a todas as épocas de vivência humana, em que os acontecimentos nem sempre se sucederam com o ritmo que hoje se verifica. Braudel defende, por conseguinte, um pacto que engendre uma solução combinada entre o passado e o futuro.