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quinta-feira, 4 de março de 2010

A ARTE E MENTALIDADE BARROCA

No século XVII nasceu em Itália um novo estilo artístico, o BARROCO, que veio a difundir-se por toda a Europa, principalmente no Sul, ao longo do século XVIII.
As principais características desta arte são:
- Gosto pelo movimento, com a aplicação de volumes, curvas e contracurvas, sensualidade das formas e contrastes de cor, luz e sombra;
- Expressão de sentimentos através de um dramatismo invulgar;
- Decoração sumptuosa com um horror ao vazio
- Ilusões de óptica utilizando a perspectiva e planos assimétricos.
Todos estes aspectos reflectem-se numa nova mentalidade presente na arte, na literatura e na música.
A exuberante decoração das igrejas barrocas, o luxo dos materiais utilizados e a exaltação das esculturas de figuras religiosas serviam os interesses da Contra-Reforma.
A beleza das igrejas barrocas atraía os fiéis, servindo de instrumento de combate ao Protestantismo.
ARQUITECTURA / ESCULTURA / PINTURA
A arquitectura barroca, aplicada sobretudo em igrejas, é caracterizada por uma grandiosidade e riqueza na decoração através da utilização de esculturas, pinturas e talha dourada.
Em Portugal, também se aplicava o azulejo.
Arquitectos:
Borromini
Bernini
Ludovice
Nicolau Nasoni
A fase final da arquitectura barroca é designada de ROCOCÓ, devido ao exagero ornamental.
O termo rococó forma da palavra francesa rocaille, que significa "concha", associado a certas fórmulas decorativas e ornamentais como por exemplo a técnica de incrustação de conchas e pedaços de vidro, usados na decoração de grutas artificiais. Foi muitas vezes alvo de apreciações estéticas pejorativas.
O rococó tem como principais características:
-Cores claras;
-Tons pastéis e douramento;
-Representação da vida profana da aristocracia;
-Representação de Alegorias;
-Estilo decorativo.
-Possui leveza na estrutura das construções.
-Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade.
-Texturas suaves.
ESCULTURA é caracterizada por um dramatismo invulgar, exuberância das formas e expressões e pela sensação de movimento.
PINTURA aplica uma riqueza de cor, contrastes de luz, movimento e dramatismo das figuras e das cenas.
Pintores:
Rembrandt-holandês
Rubens-flamengo
Velásquez-espanhol
Murillo-espanhol
Vieira Lusitano-português

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SUBTEMA F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS: FICHA FORMATIVA

FICHA FORMATIVA
ESCOLA EB 2,3/S DE ALFÂNDEGA DA FÉ
3º Ciclo: 8º ano

1. Lê o seguinte documento.
“ O objectivo de Colbert é tornar o país mais opulento do que todos os outros, abundante em mercadorias e rico nas artes (indústrias artesanais), sem ter necessidade de coisa alguma e com capacidade para fornecer toda a espécie de coisas aos outros Estados. Por consequência, tudo faz para instalar em França as melhores indústrias e impede os outros Estados de introduzirem os seus produtos no reino de França.”
Relatório do Embaixador Veneziano na Corte de França (1665-1668)
1.1. Identifica a política económica referida no documento.
1.2. Refere o principal objectivo dessa política.
1.3. Indica as medidas tomadas por Colbert para concretizar esse objectivo.

2. Observa a gravura.


2.1. Completa a gravura, desenhando as balanças em falta e coloca nos pratos I e E em conformidade.
2.2. Identifica a balança que representa o objectivo do mercantilismo.
2.3. Indica o nome do introdutor desta política económica em Portugal.

3. Lê documento escrito.
TÍTULO:__________________________
“Não podemos viver todos na mesma condição: é necessário que uns comandem e os outros obedeçam. Os que comandam têm várias categorias ou graus: os soberanos mandam em todos os do seu reino, transmitindo o seu comando aos grandes, os grandes aos pequenos e estes ao povo. E o povo, que obedece a todos eles, está dividido em várias categorias.
No conjunto da sociedade, uns dedicam-se especialmente ao serviço de Deus, outros a defender o Estado pelas armas, outros a alimentá-lo e a mantê-lo pelo exercício da paz. São três ordens, ou estados.”
Charles Loyseau, tratado das Ordens… (1613)
3.1. Identifica as três ordens ou estados a que se refere o documento.
3.2. Dá um título ao documento.
3.3. . Constrói uma pirâmide social do Antigo Regime.
3.4. Completa-a, caracterizando cada um dos grupos sociais representados a partir das frases dadas.
. Detinha o poder executivo, legislativo e judicial.
. Vivia em condições miseráveis e não possuía qualquer privilégio.
.Dedicava-se à vida religiosa.
.Dedicava-se especialmente à guerra.
.Não pagava impostos.
. O seu poder era-lhe concedido por Deus.
. Os mais ricos dedicavam-se essencialmente ao comércio.
4. Observa as figuras.
Igreja de São Francisco
em Ouro Preto




4.1. Identifica o estilo artístico a que pertencem as figuras.
4.2. Refere a característica do barroco português visível
4.3. Completa o quadro com as características da arte barroca visíveis nas figuras.
PINTURA /ARQUITECTURA /ESCULTURA

5. Lê o documento.
TÍTULO:____________________________
“ O trono real, não é trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. (…) Os reis (…) são deuses e participam de algum modo da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto. Deve acreditar-se que ele vê melhor e deve obedecer-se-lhe sem murmurar; porque o murmúrio é uma predisposição para a revolta.”
J.B. Bossuet, bispo de Meaux, século XVII
5.1. Identifica a política régia descrita no documento
5.2. Explica, com base no documento, as principais características desta política.
5.3. Dá um título ao documento.
6. Observa as figuras


Fig.1:______ rei de França. Fig 2:_____V rei de Portugal  Fig.3:_____I rei de Portugal
6.1. Completa a legenda.
6.2. Identifica a política de cada monarca.

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SUBTEMA F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS

O ANTIGO REGIME: RESUMO
O Antigo Regime foi um período histórico que se iniciou no século XVI até ao século XVIII, que se caracterizou, na política, pelo absolutismo, na economia, pelo mercantilismo e , na sociedade pela divisão em ordens.
A sociedade do Antigo Regime era estratificada e dividia-se em três ordens, CLERO, NOBREZA e TERCEIRO ESTADO (Povo), que se distribuíam por dois grandes grupos: os privilegiados e os não privilegiados.
Politicamente caracterizou-se pelo ABSOLUTISMO, regime no qual o rei reunia todos os poderes. O seu poder tem origem divina ( de Deus).
A economia do Antigo Regime assentou no Mercantilismo, criada por Colbert, ministro do rei francês Luís XIV, cujo objectivo era produzir mais e melhor, exportar o máximo e importar o mínimo para ter uma balança comercial favorável e o país se tornar rico e poderoso.
A crise comercial que afectou Portugal no século XVII, conduziu à introdução do Mercantilismo pela acção do Conde de Ericeira. Assim foram tomadas medidas proteccionistas, com objectivo de inverter o défice da balança comercial.
O Tratado de Methuen representou um recuo das medidas mercantilistas. Favoreceu os têxteis ingleses e marcou uma quebra do investimento no sector manufactureiro.
O estilo BARROCO surgiu em finais do século XVI e caracteriza-se pela exuberância das formas e da decoração, pelo movimento, dramatismo e intensidade de luz e cor.
O reinado de D. José e a nomeação do Marquês de Pombal para seu ministro marcaram a introdução do DESPOTISMO ESCLARECIDO (tudo pelo povo mas sem o povo) em Portugal.O seu poder tem origem na Razão.
O período pombalino caracterizou-se por um retorno à politica mercantilista e um apoio à burguesia. O comércio e as manufacturas foram as actividades que mais atenção mereceram ao Marquês de Pombal.
O urbanismo pombalino obedeceu a critérios de racionalidade e traçado geométrico, que iam ao encontro da concepção de poder centralizado, defendido pelo Marquês de Pombal.

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SUBTEMA F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS: BARROCO

BARROCO


BARROCO

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ABSOLUTISMO / DESPOTISMO ESCLARECIDO

ABSOLUTISMO

Luís XIV, o Grande, Rei Sol, rei da França de 1643 a 1715, nasceu em 5 de setembro de 1638 em Saint-Germain-en-Laye e faleceu a 1 de setembro de 1715 em Versailles, símbolo da monarquia absolutista, provocou uma série de guerras entre 1667 e 1697 a fim de estender as fronteiras da França para o leste, tomando terras do Sacro Império Germânico, e depois, de 1701-1714, para assegurar o trono espanhol para seu neto.
Filho de Luís XIII e Ana da Áustria, ele sucedeu seu pai em maio de 1643, com apenas quatro anos e oito meses, desde então saudado como uma "divindade visível". Cresceu entregue a amas e criados, por cujo descuido quase morreu afogado numa piscina. Tinha nove anos quando, em 1648, os nobres e a corte de justiça de Paris se insurgiram contra o primeiro ministro o Cardeal Jules Mazarin e contra a Coroa. Começou então uma longa guerra civil, conhecida como "La Fronde", período em que a família real passou severas privações e humilhações. Somente em 1653 Mazarin dominou o movimento e então montou um grande aparato real centralizado no jovem príncipe.
Apesar de coroado Rei em 1643, Luís XIV não diminuiu os poderes de Mazarin, a quem devia praticamente toda a sua educação e formação cultural. Uma velha guerra com a Espanha, iniciada em 1635, estava terminando então e favoravelmente à França, que passava a ser a primeira potência européia. O rei da França devia ser um soldado e Luís XIV passou por um treinamento em campo de batalha. Para ratificar e dar maior valor ao tratado de paz com a Espanha, Luís XIV, apesar de estar a alguns anos em amores com a sobrinha de Mazarin, Marie Mancini, casou, em 1660, com Marie-Thérèse da Austria, filha do rei espanhol, contra sua vontade, e anotou no seu Diário. "Exercendo uma tarefa totalmente divina aqui na terra, precisamos parecer incapazes de perturbações que possam compromete-la".
Para o Rei, que via a si mesmo como representante de Deus na terra, qualquer desobediência ou rebeldia seria considerada pecado. Sua fé absoluta na divindade da sua missão fizeram com que comunicasse aos seus ministros, após a morte de Mazarin em março de 1661, que daquela data em diante governaria sozinho. Não tinha dúvidas também quanto a ter tanto poder nos domínios franceses, se não mais, que o próprio Papa. Teve ministros para execução de suas ordens, o primeiro deles e o mais inteligente Jean-Baptiste Colbert, Marquês de Louvois. Dedicou-se à sua tarefa de governo todas as horas do dia por 54 anos, sem que nenhum detalhe escapasse a sua atenção, desde a etiqueta e o cerimonial na corte, a diplomacia e o movimento das tropas, até as disputas teológicas sobre seus poderes em rivalidade com os do Papa. Colbert ajudou-o supervisionando as construções dos palácios, portos, estradas e canais, e descobrindo fontes de recursos, principalmente buscando aumentar as exportações de produtos franceses, ajudado pela pirataria nos mares e assaltos às colônias portuguesas e espanholas, inclusive o Brasil.
Manobrando com os atrativos e o prestígio na corte, o Rei entretinha os nobres que haviam antes infligido tanto sofrimento à sua família, corrompendo-os com favores, entretendo-os com festas e jogos no palácio, e enviando-os em missões sem propósito e conferindo-lhes títulos e cargos vazios. Enfraquecendo a nobreza, o Rei também corrompeu e enfraqueceu o próprio país. Tornou-se o protetor das artes o que lhe permitia utilizá-la como instrumento político, o que Rousseau haveria de denunciar mais tarde. Foi protetor de Molière e Jean Racine, aos quais ordenou que lhe cantassem louvores, e favoreceu escultores erguendo grandes monumentos. Mandou construir novos palácios, em Saint-Germain, em Marly e Versailles, a um tal preço que foi acusado de haver arruinado a nação. No clímax de seu reinado a França parecia uma festa impar diante de uma Europa admirada e desejosa de imitar o seu fausto e brilho cultural. Ao mesmo tempo o Rei mantinha estonteante vida de divertimentos e amores na corte, principalmente um tumultuado romance com Louise de La Vallière. Como aliado da Espanha, invadiu os Países Baixos espanhóis em 1667, que ele considerava herança de sua mulher espanhola, uma guerra que não foi fácil e levou-o a admitir ao morrer que havia gostado demasiado de fazer guerras.
A amante Madame de La Vallière foi substituída em 1667 pela Marquesa de Montespan a qual provocou tanto escândalo e intrigas que em 1680 foi por sua vez substituída por outra, até então a governante dos filhos ilegítimos do rei, mulher tida por disciplinada e piedosa, a viuva Madame de Maintenon. Em 1682 a sede do governo passou para o palácio de Versailles. No ano seguinte faleceu a rainha e o rei casou secretamente com Madame de Maintenon, que ganhou então grande influência política. Luís de fato necessitava dessa mulher para apoiá-lo nas provações familiares e políticas que começavam a se delinear.
Colbert morreu e não teve substituto à altura. O Imperador do Sacro Império Germânico havia detido os turcos na fronteira dos seus domínios e estava livre para enfrentar os franceses. A política da Inglaterra novamente mudou radicalmente com a Revolução Gloriosa em 1688, e a subida ao trono de Guilherme de Orange, um príncipe holandês cujo país havia sofrido com a invasão francesa. E dentro da própria França os protestantes formavam forte oposição ao rei católico. A reação de Luís XIV contra os protestantes foi suspender seus direitos de culto, que lhes fora garantido anos antes, em 1685, pelo chamado Édito de Nantes, e passar a persegui-los com violência. Muitos deixaram a França passando aos países protestantes vizinhos. Então a Inglaterra, a Holanda e o Imperador se uniram na Grande Aliança para fazer guerra a França, um conflito que durou de 1688 a 1697. Apesar de muitas vitórias, a França perdeu parte dos territórios que havia antes conquistado ao celebrar a paz pelo tratado de Rijswijk.
Novo e sério conflito se seguiu em 1700 quando o morreu Carlos II, da Espanha, abrindo dupla possibilidade de sucessão, tanto pela linhagem do Imperador germânico Leropoldo I, como também pela descendência de Luís XIV e sua esposa espanhola. Luís pretendeu o trono para seu neto Filipe, que depois da vitória francesa, veio a ser Filipe V, de Espanha. Evitou que o trono espanhol ficasse com o pretendente germânico, o que teria deixado a França sitiada por países inimigos. A guerra no entanto foi longa e tão difícil para os franceses, que a França esteve em risco de falência total. Salvou-a haver a Inglaterra, por pressão política interna, retirado seu apoio ao Imperador e ter a França conseguido uma vitória contra as tropas imperiais na batalha de Denain, criando condições para a celebração da paz. Os tratados de Utrecht, Rastat, e Baden, foram assinados em 1713-14, com grande prejuízo para o prestígio da França no continente. No plano privado, o Rei sofreu a perda quase simultânea de seu filho, o Grande Delfim, dois netos, os duques de Bourgogne e Berry, e sua última amante, a Duquesa de Bourgogne. Luís XIV faleceu em 1715, na idade de 77 anos

D. João V

Filho de D. Pedro II e de Maria Sofia de Neubourg, foi aclamado rei em 1707.
Quando inciou o reinado, estava-se em plena Guerra da Sucessão de Espanha, que para Portugal significava o perigo da ligação daquele país à grande potência continental que era a França. No entanto, a subida ao trono austríaco do imperador Carlos III, pretendente ao trono espanhol, facilitou a paz que foi assinada em Utreque, em 1714. Portugal viu reconhecida a sua soberania sobre as terras amazónicas e, no ano seguinte, a paz com a Espanha garantia‑nos a restituição da colónia do Sacramento.
Aprendeu D. João V com esta guerra a não dar um apreço muito grande às questões europeias e à sinceridade dos acordos; daí em diante permaneceu inalteravelmente fiel aos seus interesses atlânticos, comerciais e políticos, reafirmando nesse sentido a aliança com a Inglaterra. Em relação ao Brasil, que foi sem dúvida a sua principal preocupação, tratou D. João V de canalizar para lá um considerável número de emigrantes, ampliou os quadros administrativos, militares e técnicos, reformou os impostos e ampliou a cultura do açúcar. Apesar disso, Portugal entra numa fase de dificuldades económicas, devidas ao contrabando do ouro do Brasil e às dificuldades do império do Oriente.
A este estado de coisas procura o rei responder com o fomento industrial, mas outros problemas surgem, agora de carácter social: insubordinação de nobres, quebras de discipliana conventual, conflitos de trabalho, intensificação do ódio ao judeu. Por outro lado, o facto da máquina administrativa e política do absolutismo não estar de maneira nenhuma preparada para a complexidade crescente da vida da nação, só veio agravar as dificuldades citadas.
Culturalmente, o reinado de D. João V tem aspectos de muito interesse. O barroco manifesta-se na arquitectura, mobiliário, talha, azulejo e ourivesaria, com grande riqueza. No campo filosófico surge Luís António Verney com o Verdadeiro Método de Estudar e, no campo literário, António José da Silva. É fundada a Real Academia Portuguesa de História e a ópera italiana é introduzida em Portugal.

Ficha genealógica:
D. João V, nasceu em Lisboa, a 22 de Outubro de 1689, recebendo o nome de João Francisco António José Bento Bernardo, e faleceu em Lisboa, a 31 de Julho de 1750, tendo sido sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Casou em 9 de Junho de 1708 com D. Maria Ana de Áustria (nasceu. em Linz, a 7 de Setembro de 1683; morreu no Palácio de Belém, a 14 de Agosto de 1754; sendo sepultada no Mosteiro de S. João Nepomuceno, dos Carmelitas Descalços Alemães, de onde o seu coração foi levado para a Alemanha, filha do imperador Leopoldo I e de sua terceira mulher Leonor Madalena. Do casamento nasceram:
1. Maria Bárbara Xavier Leonor Teresa Antónia Josefa (n. em Lisboa, a 4 de Dezembro de 1711; f. em Madrid a 27 de Agosto de 1758; sepultada no Convento das Salesas Reales, da mesma cidade). Casou em 1729 com D. Fernando, príncipe das Astúrias, que subiu ao trono de Espanha como Fernando VI;
2. D. Pedro (n. em Lisboa, a 19 de Outubro de 1712; f. na mesma cidade, a 29 de Outubro de 1714). Foi príncipe do Brasil;
3. D. José, que sucedeu no trono;
4. D. Carlos (n. em Lisboa, a 2 de Maio de 1716; f. em Lisboa, a 30 de Março de 1730). Teve o título de infante;
5. D. Pedro Clemente Francisco José António (n. em Lisboa, a 5 de julho de 1717; f. no Paço da Ajuda, a 25 de Maio de 1786). Foi príncipe do Brasil e, pelo casamento com a sobrinha D. Maria I, veio a ser o rei consorte D. Pedro III.
6. D. Alexandre Francisco José António Nicolau (n. em Lisboa, a 24 de Setembro de 1723; f. a 2 de Agosto de 1728).
Fora do casamento, teve D. João V os seguintes filhos:
7. D. Maria Rita, filha de D. Luísa Clara de Portugal, que nasceu e morreu em data que se ignora. Foi monja do Convento de Santos, em Lisboa, e conhecida como a «Flor de Murta»;
8. D. António (n. em Lisboa, a 1 de Outubro de 1704; f. na capital, a 14 de Agosto de 1800; sepultado no claustro do S. Vicente de Fora), filho de uma francesa e um dos três «Meninos de Palhavã», por ter sido criado neste palácio. Foi reconhecido em 1742, tendo obtido o grau de doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra. Esteve desterrado no Buçaco, por ordem de Pombal, de 1760 a 1777.
9. D. Gaspar (n. em Lisboa, a 8 de Outubro de 1716; f. em Braga, a 18 de janeiro de 1789), filho de D. Madalena Máxima de Miranda. Foi o segundo «Menino de Palhavã». Exerceu o múnus de arcebispo de Braga, de 1758 à data da sua morte;
10. D. José (n. em Lisboa, a 8 de Setembro de 1720; f. na mesma cidade, a 31 de Julho de 1801; sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora), filho da Madre Paula, freira em Odivelas. Chamado o mais jovem «Menino de Palhavã», foi doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra e inquisidor-mor em 1758. Esteve desterrado no Buçaco, com seu irmão D. António, de 1760 a 1777.

DESPOTISMO ESCLARECIDO
D.JOSÉ I
Monarca português, vigésimo quinto rei de Portugal, filho de D. João V e de D. Maria Ana de Áustria, D. José nasceu a 6 de Junho de 1714 e faleceu a 24 de Fevereiro de 1777.
Casou com D. Mariana Vitória de Bourbon, filha de Filipe V. O seu reinado, situado entre os anos de 1750 e 1777, foi marcado pela crise económica resultante da concorrência das potências coloniais e sobretudo da redução da exploração do ouro brasileiro.
D. José seguiu a política de D. João V no tocante à neutralidade face aos conflitos europeus e de que é exemplo, apesar da forte pressão da França e da Inglaterra, a não participação portuguesa na Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Reforçou o absolutismo monárquico através de medidas radicais contra aqueles que se opunham ao reforço do poder régio: expulsou e confiscou os bens dos Jesuítas e mandou prender alguns fidalgos, entre os quais os Távoras, acusados de tentativa de assassinato do rei. Foi seu primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal.
O seu reinado foi também marcado pelo terramoto de 1755, que destruiu a baixa de Lisboa. A ele se deve a reconstrução daquela parte da capital segundo um moderno traçado rectilíneo da autoria dos arquitectos Eugénio dos Santos, Manuel da Maia e Carlos Mardel.
D. José foi um grande reformador: acabou com a escravatura em Portugal continental, concedeu liberdade aos índios do Brasil, acabou com a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos, e reformou o ensino, a administração e a economia.

DESPOTISMO ESCLARECIDO
Regime monárquico absoluto que fundamenta o seu poder na "RAZÃO". Tem como lema " Tudo pelo Povo mas sem o Povo"

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MERCANTILISMO: COLBERT EM FRANÇA E CONDE DE ERICEIRA EM PORTUGAL

MERCANTILISMO

Jean-Baptiste Colbert (Reims, 29 de Janeiro de 1619 — Paris, 6 de Setembro de 1683) foi um político francês que ficou conhecido como ministro de Estado e da economia do rei Luís XIV. Instalou o Colbertismo em Palma de Maiorca, onde andou com mais do que uma mulher, a que agora chamamos prostituta. Jean-Baptiste Colbert era o primogênito de Nicolas Colbert, um comerciante de tecidos de Reims, e Marie Pussort. A pesar de sua família dizer descender de nobres escoceses, não há nenhuma prova disto, e a invenção de antepassados nobres era uma pratica comum aos plebeus. Trabalhou com o banqueiro de Santarém, e com o pai do poeta Camões.
Passa depois ao serviço de seu bisavô, Jean-Baptiste Colbert de Saint-Pouange, primeiro comissário do Ministério da Guerra de Luis XIII. Em 1640, com 21 anos, seu pai empenha suas relações amorosas e de fortuna para lhe comprar o cargo de Comissário ordinário de guerra. Este posto o obrigou a inspecionar as tropas, o que lhe deu uma certa notoriedade.
Em 1645, Saint-Pouange o recomendou a Michel Le Tellier, seu cunhado, que trabalhava como Secretario de Estado de guerra, este o contatou, primeiro como secretario privado e logo conseguiu que o nomeassem conselheiro do rei em 1649. Em 13 de dezembro de 1648, se casa com Marie Charron, filha de um menbro do conselho real. Tiveram 4 filhos: • Jeanne Marie • Jean-Baptiste (Marques de Seignelay), • Jules Armand (Marqués de Blainville) • Ana Maria.
Em 1651, Atonieta Carocha, o apresenta ao Cardeal Mazarino que o contrata para gerir a sua vasta fortuna pessoal. Antes de morrer, em 1661, Mazarino recomendou Colbert ao rei Luís XIV de França, salientando as suas qualidades de dedicado trabalhador. Nesse mesmo ano o rei fez de Colbert ministro de Estado e, em 1664, atribui-lhe o cargo de superintendente das construções, artes e manufacturas e ainda o de intendente das Finanças. Colbert desenvolveu todos os esforços para arruinar junto do rei a reputação de Nicolas Fouquet, o superintendente-geral das Finanças que tinha acumulado fortuna por meios fraudulentos; tendo este sido detido, a mando do rei, por D'Artagnan, Colbert tornou-se controlador geral das Finanças (1665). Viria ainda a desempenhar as funções de secretário de Estado na Marinha e na Casa Real (1669). Em 1670, comprou o baronato de Sceaux no sul de Paris. Converte o domínio de Sceaux em um dos mais charmosos da França, graças a André Le Nôtre que desenhou os jardins e a Charles Le Brun que se encarregou de toda a decoração tanto dos edifícios como do parque.
Como ministro de Luís XIV, Colbert quis tornar a França a nação mais rica da Europa, e para isso implantou o mercantilismo industrial, incentivando a produção de manufaturas de luxo visando a exportação.

CONDE DE ERICEIRA
Ericeira (D. Francisco Xavier de Menezes, 4.º conde da).
n. 29 de Janeiro de 1673.
f. 21 de Dezembro de 1743.
Senhor da Ericeira e seu termo, e direitos reais, com as quintas das jogadas da vila de Mafra; 2.º senhor de Ancião e do lugar do Escampado; 8.º da casa do Louriçal e do morgado da Anunciada, padroeiro da capela-mor do convento da Graça, de Lisboa, e do priorado de Santa Maria de Aguiar, no arcebispado de Évora; comendador das comendas de Santa Cristina de Serzedelo, S. Pedro de Elvas, S. Cipriano de Angueira, S. Martinho de Frazão, S. Paio de Fragoso, e S. Bartolomeu da Covilhã; deputado da Junta dos Três Estados, conselheiro de guerra, sargento-mor de batalha, e mestre de campo general, etc.

N. em Lisboa a 29 de Janeiro de 1673; fal. a 21 de Dezembro de 1743. Era filho do 3.º conde da Ericeira, D. Luís de Menezes, e de sua mulher e sobrinha, a condessa, D. Joana Josefa de Menezes.
Era muito aplicado aos estudos, principalmente aos de matemática. Nas academias ninguém lhe disputava a primazia, decorrendo a sua eloquência em diversos problemas e discursos; era muito versado nas línguas francesa, italiana e espanhola. Não houve congresso literário instituído neste reino ou no estrangeiro, que o não pretendesse para seu associado. Ainda não contava 20 anos de idade, quando a Academia dos Generosos, renovada em 1693, o elegeu para seu primeiro presidente. Na Academia Portuguesa, instituída em 1717 no seu palácio, foi protector e secretário, e na Real Academia de Historia Portuguesa, formada por D. João V em 1720, foi um dos 5 directores e censores. Nas conferencias eruditas, também chamadas dos Sagrados Concílios, que se fizeram em 1715 na casa do núncio apostólico, monsenhor Firrao, (V. Academia do Núncio) lhe tocou a parte critica dos Concílios Universais, onde foram admirados os seus profundos conhecimentos em historia sagrada, teologia e cânones pontifícios. A Academia da Arcadia de Roma, sem que ele o pretendesse, o nomeou seu sócio, com o nome poético de Ormauro Paliseo, assim como a Real Sociedade de Londres. Em todos os certames literários mereceu ser árbitro das obras métricas, que neles se liam, distribuindo os prémios com toda a justiça.
A fama do seu nome se propagou por tal forma por toda a Europa, que chegou a alcançar as mais distintas atenções das primeiras pessoas do mundo católico, e o próprio pontífice Inocêncio XIII lhe gratificou por um breve expedido a 29 de Abril de 1722 o Panegyrico que, à sua exaltação ao Pontificado, recitara na Academia em 5 de Junho de 1721, e Luís XV, de França, lhe mandou o Catalogo da sua livraria em 5 tomos e 21 volumes de estampas, que representavam tudo quanto de mais raro se admirava na corte de Paris. A Academia da Rússia lhe escreveu uma elegante e oficiosa carta com a oferta de 12 tomos das obras dos seus eruditos membros. Os mais célebres filólogos de Itália, Alemanha, Holanda, França e Espanha, pretendiam a sua correspondência, enviando-lhe cartas Murati, Bianchimi, Crescimbeni, Dumont, etc., testemunhando-lhe assim o elevado conceito que lhes merecia a sua vastíssima erudição. D. Francisco Xavier de Menezes serviu na guerra da Sucessão de Espanha, acompanhando el-rei D. Pedro II, em 1701, quando este monarca foi à campanha da Beira, sendo nomeado no ano seguinte, 1705, governador de Évora, com o posto de sargento-mor de batalha do exercito do Alentejo, a que foi elevado em 1707, e com este posto esteve nas batalhas de 1708 e 1709, distinguindo-se em acções heróicas. No ano de 1735 foi nomeado mestre de campo general e conselheiro de guerra. Casou em 24 de Outubro de 1688 com D. Joana Madalena de Noronha, filha de D. Luís da Silveira, 2.º conde de Sarzedas e conselheiro de Estado, e da condessa D. Mariana da Silva e Lencastre.
A sua bibliografia é numerosíssima; os títulos das suas obras, tanto impressas como manuscritas, podem ler-se na Bibliotheca Lusitana, de Barbosa Machado, vol. 2.º pág. 291 a 296. No Diccionario bibliographico, de Inocêncio da Silva, vol. 3.º págs. 83 a 89, vem a relação só das impressas. A livraria dos condes da Ericeira era importantíssima, e fora acrescentada pelo 4.º conde, D. Francisco Xavier de Menezes, consideravelmente com mais de 15.000 volumes escolhidos, que reunira aos que herdara de seus antepassados. Entre os livros contava-se a Historia do Imperador Carlos V, escrita por ele próprio, que era uma das obras que mais enriquecia a livraria, assim como o Herbolario, livro de todas as plantas e ervas, coloridas ao natural, que pertenceu a Matias Corvino, rei da Hungria. Esta notável livraria ficou reduzida a cinzas no incêndio que se seguiu ao terramoto de 1 de Novembro de 1755, que arrasou completamente o palácio da Anunciada. Nas suas ruínas edificou-se o velho teatro da Rua dos Condes, e existe actualmente o moderno teatro do mesmo nome.

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SUBTEMA F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS

ABSOLUTISMO/MERCANTILISMO


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SUBTEMA: F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS. O ANTIGO REGIME PORTUGUÊS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVIII

CONTEXTUALIZAÇÃO.
O Antigo Regime ficou marcado pelo Mercantilismo, na economia, pelo Absolutismo, na política, e pela divisão em ordens, na sociedade. A cultura, a arte e a mentalidade foram marcadas pelo estilo barroco.
No reinado de D. José I as ideias de modernização e progresso que marcavam o Iluminismo, na Europa, chegaram a Portugal.
O ministro do rei, o Marquês de Pombal, aplicou estas ideias num conjunto de reformas com o objectivo de fazer de Portugal um país moderno.



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