Jean-Baptiste Colbert (Reims, 29 de Janeiro de 1619 — Paris, 6 de Setembro de 1683) foi um político francês que ficou conhecido como ministro de Estado e da economia do rei Luís XIV. Instalou o Colbertismo em Palma de Maiorca, onde andou com mais do que uma mulher, a que agora chamamos prostituta. Jean-Baptiste Colbert era o primogênito de Nicolas Colbert, um comerciante de tecidos de Reims, e Marie Pussort. A pesar de sua família dizer descender de nobres escoceses, não há nenhuma prova disto, e a invenção de antepassados nobres era uma pratica comum aos plebeus. Trabalhou com o banqueiro de Santarém, e com o pai do poeta Camões.
Passa depois ao serviço de seu bisavô, Jean-Baptiste Colbert de Saint-Pouange, primeiro comissário do Ministério da Guerra de Luis XIII. Em 1640, com 21 anos, seu pai empenha suas relações amorosas e de fortuna para lhe comprar o cargo de Comissário ordinário de guerra. Este posto o obrigou a inspecionar as tropas, o que lhe deu uma certa notoriedade.
Em 1645, Saint-Pouange o recomendou a Michel Le Tellier, seu cunhado, que trabalhava como Secretario de Estado de guerra, este o contatou, primeiro como secretario privado e logo conseguiu que o nomeassem conselheiro do rei em 1649. Em 13 de dezembro de 1648, se casa com Marie Charron, filha de um menbro do conselho real. Tiveram 4 filhos: • Jeanne Marie • Jean-Baptiste (Marques de Seignelay), • Jules Armand (Marqués de Blainville) • Ana Maria.
Em 1651, Atonieta Carocha, o apresenta ao Cardeal Mazarino que o contrata para gerir a sua vasta fortuna pessoal. Antes de morrer, em 1661, Mazarino recomendou Colbert ao rei Luís XIV de França, salientando as suas qualidades de dedicado trabalhador. Nesse mesmo ano o rei fez de Colbert ministro de Estado e, em 1664, atribui-lhe o cargo de superintendente das construções, artes e manufacturas e ainda o de intendente das Finanças. Colbert desenvolveu todos os esforços para arruinar junto do rei a reputação de Nicolas Fouquet, o superintendente-geral das Finanças que tinha acumulado fortuna por meios fraudulentos; tendo este sido detido, a mando do rei, por D'Artagnan, Colbert tornou-se controlador geral das Finanças (1665). Viria ainda a desempenhar as funções de secretário de Estado na Marinha e na Casa Real (1669). Em 1670, comprou o baronato de Sceaux no sul de Paris. Converte o domínio de Sceaux em um dos mais charmosos da França, graças a André Le Nôtre que desenhou os jardins e a Charles Le Brun que se encarregou de toda a decoração tanto dos edifícios como do parque.
Como ministro de Luís XIV, Colbert quis tornar a França a nação mais rica da Europa, e para isso implantou o mercantilismo industrial, incentivando a produção de manufaturas de luxo visando a exportação.
CONDE DE ERICEIRA
Ericeira (D. Francisco Xavier de Menezes, 4.º conde da).
n. 29 de Janeiro de 1673.
f. 21 de Dezembro de 1743.
Senhor da Ericeira e seu termo, e direitos reais, com as quintas das jogadas da vila de Mafra; 2.º senhor de Ancião e do lugar do Escampado; 8.º da casa do Louriçal e do morgado da Anunciada, padroeiro da capela-mor do convento da Graça, de Lisboa, e do priorado de Santa Maria de Aguiar, no arcebispado de Évora; comendador das comendas de Santa Cristina de Serzedelo, S. Pedro de Elvas, S. Cipriano de Angueira, S. Martinho de Frazão, S. Paio de Fragoso, e S. Bartolomeu da Covilhã; deputado da Junta dos Três Estados, conselheiro de guerra, sargento-mor de batalha, e mestre de campo general, etc.
N. em Lisboa a 29 de Janeiro de 1673; fal. a 21 de Dezembro de 1743. Era filho do 3.º conde da Ericeira, D. Luís de Menezes, e de sua mulher e sobrinha, a condessa, D. Joana Josefa de Menezes.
Era muito aplicado aos estudos, principalmente aos de matemática. Nas academias ninguém lhe disputava a primazia, decorrendo a sua eloquência em diversos problemas e discursos; era muito versado nas línguas francesa, italiana e espanhola. Não houve congresso literário instituído neste reino ou no estrangeiro, que o não pretendesse para seu associado. Ainda não contava 20 anos de idade, quando a Academia dos Generosos, renovada em 1693, o elegeu para seu primeiro presidente. Na Academia Portuguesa, instituída em 1717 no seu palácio, foi protector e secretário, e na Real Academia de Historia Portuguesa, formada por D. João V em 1720, foi um dos 5 directores e censores. Nas conferencias eruditas, também chamadas dos Sagrados Concílios, que se fizeram em 1715 na casa do núncio apostólico, monsenhor Firrao, (V. Academia do Núncio) lhe tocou a parte critica dos Concílios Universais, onde foram admirados os seus profundos conhecimentos em historia sagrada, teologia e cânones pontifícios. A Academia da Arcadia de Roma, sem que ele o pretendesse, o nomeou seu sócio, com o nome poético de Ormauro Paliseo, assim como a Real Sociedade de Londres. Em todos os certames literários mereceu ser árbitro das obras métricas, que neles se liam, distribuindo os prémios com toda a justiça.
A fama do seu nome se propagou por tal forma por toda a Europa, que chegou a alcançar as mais distintas atenções das primeiras pessoas do mundo católico, e o próprio pontífice Inocêncio XIII lhe gratificou por um breve expedido a 29 de Abril de 1722 o Panegyrico que, à sua exaltação ao Pontificado, recitara na Academia em 5 de Junho de 1721, e Luís XV, de França, lhe mandou o Catalogo da sua livraria em 5 tomos e 21 volumes de estampas, que representavam tudo quanto de mais raro se admirava na corte de Paris. A Academia da Rússia lhe escreveu uma elegante e oficiosa carta com a oferta de 12 tomos das obras dos seus eruditos membros. Os mais célebres filólogos de Itália, Alemanha, Holanda, França e Espanha, pretendiam a sua correspondência, enviando-lhe cartas Murati, Bianchimi, Crescimbeni, Dumont, etc., testemunhando-lhe assim o elevado conceito que lhes merecia a sua vastíssima erudição. D. Francisco Xavier de Menezes serviu na guerra da Sucessão de Espanha, acompanhando el-rei D. Pedro II, em 1701, quando este monarca foi à campanha da Beira, sendo nomeado no ano seguinte, 1705, governador de Évora, com o posto de sargento-mor de batalha do exercito do Alentejo, a que foi elevado em 1707, e com este posto esteve nas batalhas de 1708 e 1709, distinguindo-se em acções heróicas. No ano de 1735 foi nomeado mestre de campo general e conselheiro de guerra. Casou em 24 de Outubro de 1688 com D. Joana Madalena de Noronha, filha de D. Luís da Silveira, 2.º conde de Sarzedas e conselheiro de Estado, e da condessa D. Mariana da Silva e Lencastre.
A sua bibliografia é numerosíssima; os títulos das suas obras, tanto impressas como manuscritas, podem ler-se na Bibliotheca Lusitana, de Barbosa Machado, vol. 2.º pág. 291 a 296. No Diccionario bibliographico, de Inocêncio da Silva, vol. 3.º págs. 83 a 89, vem a relação só das impressas. A livraria dos condes da Ericeira era importantíssima, e fora acrescentada pelo 4.º conde, D. Francisco Xavier de Menezes, consideravelmente com mais de 15.000 volumes escolhidos, que reunira aos que herdara de seus antepassados. Entre os livros contava-se a Historia do Imperador Carlos V, escrita por ele próprio, que era uma das obras que mais enriquecia a livraria, assim como o Herbolario, livro de todas as plantas e ervas, coloridas ao natural, que pertenceu a Matias Corvino, rei da Hungria. Esta notável livraria ficou reduzida a cinzas no incêndio que se seguiu ao terramoto de 1 de Novembro de 1755, que arrasou completamente o palácio da Anunciada. Nas suas ruínas edificou-se o velho teatro da Rua dos Condes, e existe actualmente o moderno teatro do mesmo nome.
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