domingo, 31 de janeiro de 2010

SUBTEMA G.2. AS REVOLUÇÕES LIBERAIS: BIOGRAFIA: MANUEL FERNANDES TOMÁS


Manuel Fernandes Tomás (Figueira da Foz, 30 de Junho de 1771 — Lisboa, 19 de Novembro de 1822), por muitos considerado a figura mais importante do primeiro período liberal, foi um magistrado e político vintista que se destacou na organização dos primeiros movimentos pró-liberalismo. Era juiz desembargador na Relação do Porto quando foi um dos fundadores do Sinédrio, assumindo um papel central na revolução liberal do Porto de 24 de Agosto de 1820. Foi figura primacial do liberalismo vintista, fez parte da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, criada no Porto, que administrou o Reino após a revolução liberal, sendo encarregue dos negócios do Reino e da Fazenda. Eleito deputado às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, pela Beira, participou activamente na elaboração das Bases da Constituição da Monarquia Portuguesa, que D. João VI jurou em 1821.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SUBTEMA G.2. AS REVOLUÇÕES LIBERAIS- FICHA FORMATIVA

FICHA FORMATIVA
3º Ciclo: 8ºano 2009/2010

1. Lê com atenção o documento A e observa o documento B
Documento A
“ Na noite passada três carregamentos de chá da China foram lançados ao mar (…). A destruição do chá foi tão audaciosa e determinada que não hesito em considerá-la como uma página épica da nossa história(...).Deixar desembarcá-lo seria submeter-nos às imposições do Parlamento inglês (…). Seria submetermo-nos à opressão, à miséria e à servidão.”
Jonh Adams, Carta de 17 de Dezembro de 1775


1.1.A que acontecimento histórico se referem as fontes?
1.2.Transcreve do documento A uma expressão em que o autor mostre o seu apoio a esta iniciativa.

2. Analisa o documento A
Documento A

2.1.Refere, a partir da análise dos documentos, os principais motivos que contribuíram para a eclosão da Revolução Francesa.

4.Lê o documento A
Documento A
“ Que a Convenção faça o seu dever, o povo saberá fazer o dele (…) Querem o nosso sangue os emigrados do Reno, que desde há três anos, para vingar a sua raiva impotente, atiçam contra nós os exércitos de carrascos de toda a Europa (…).
Pois bem! Já que querem sangue, tê-lo-ão. Mas será na guilhotina.”
Jornal Révolutions de Paris, Março de 1793

4.1. Que regime político foi implantado pela Convenção?
4.2. No início de 1793, o rei Luis XVI foi guilhotinado. De que era acusado?
4.3. Quem foi Robespierre?
4.4. Esclarece o sentido da última frase do documento A.

Revolução Liberal Portuguesa
6.1. Localização no espaço
6.2. Localização no tempo
6.3. Associação secreta responsável pela organização do movimento
6.4. Principal líder do movimento.

7. Completa o quadro

D. PEDRO IV

Apoiado pela Burguesia

__________________
Monarquia constitucional


D. MIGUEL
__________________
Defende o Absolutismo
_________________

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SUBTEMA G.2. AS REVOLUÇÕES LIBERAIS- A REVOLUÇÃO PORTUGUESA

REVOLUÇÃO LIBERAL PORTUGUESA
Antecedentes
Diante da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), Portugal continental viu-se invadido pelas tropas napoleônicas. Embora batidas com o auxílio de tropas britânicas, o país viu-se na dupla condição de colônia brasileira e protetorado britânico.
A assinatura do Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas, que na prática significou o fim do chamado "pacto colonial" e, posteriormete, dos Tratados de 1810, garantindo privilégios alfandegários aos produtos britânicos nas alfândegas portuguesas, mergulhou o comércio de cidades como o Porto e Lisboa em uma profunda crise, de que se ressentia a sua classe burguesa.
O controlo britânico das forças militares também acarretava profundo mal-estar entre a oficialidade do Exército Português.
A Conspiração de Lisboa (1817)
Libertado Portugal da ocupação das tropas francesas, e após a derrota definitiva de Napoleão Bonaparte (1815), formou-se em Lisboa o "Supremo Conselho Regenerador de Portugal e do Algarve", integrado por oficiais do Exército e Maçons, com o objectivo de expulsar os britânicos do controlo militar de Portugal, promovendo a "salvação da independência" da pátria.
Este movimento, liderado pelo General Gomes Freire de Andrade, durante o seu breve período de existência, esforçou-se no planeamento da introdução do liberalismo em Portugal, embora não tenha conseguido atingir os seus propósitos finais.
Denunciado em maio de 1817, a sua repressão conduziu à prisão de muitos suspeitos, entre os quais o general Gomes Freire de Andrade, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano (1815-1817), acusado de líder da conspiração contra a monarquia de João VI de Portugal, em Portugal continental representada pela Regência, então sob o governo militar britânico de William Carr Beresford.
Em outubro de 1817, o tribunal considerou culpados de traição à pátria e sentenciou à morte, por enforcamento, doze acusados[2]. As execuções de José Ribeiro Pinto, do major José da Fonseca Neves, de Maximiano Dias Ribeiro (todos maçons), e de José Joaquim Pinto da Silva, do major José Campello de Miranda, do coronel Manuel Monteiro de Carvalho, de Henrique José Garcia de Moraes, de António Cabral Calheiros Furtado de Lemos, de Manuel Inácio de Figueiredo e Pedro Ricardo de Figueiró (possívelmente maçons), tiveram lugar no dia 18, no Campo de Santana (hoje Campo dos Mártires da Pátria). O general Gomes Freire de Andrade, foi executado na mesma data, no Forte de São Julião da Barra.
Este procedimento da Regência e de Lord Beresford, comandante em chefe britânico do Exército português e regente de facto do reino de Portugal, levou a protestos e intensificou a tendência anti-britânica no país.
Após o julgamento e execução dos acusados, o general Beresford deslocou-se ao Brasil para pedir ao soberano mais recursos e poderes para a repressão do "jacobinismo". Em sua ausência, eclodiria a Revolução do Porto (1820) de modo que, quando do seu regresso do Brasil naquele ano, onde conseguira do soberano os poderes pedidos, foi impedido de desembarcar em Lisboa.
O Sinédrio
Sinédrio (Portugal)-(O Sinédrio foi uma associação secreta criada em Portugal pelo desembargador Manuel Fernandes Tomás e por José Ferreira Borges, José da Silva Carvalho e J. Ferreira Viana, no Porto em 22 de Janeiro de 1818. É um dos sinais que antecederam a implantação do liberalismo em Portugal, e foi encorajado pela revolução espanhola de 9 de Março de 1820. Após a revolução liberal, que ocorreu na cidade do Porto a 24 de Agosto de 1820, e associação extinguiu-se, tendo alguns dos seus membros participado na Junta Provisional do Governo Superior do Reino, que iniciou o período do liberalismo em Portugal.)
Enquanto isso, no Porto, o desembargador da Relação, Manuel Fernandes Tomás, fundou o chamado "Sinédrio". Integrado por maçons, visava "afirmar" o Exército Português no país.
Aproveitando a ausência de Beresford no Brasil, o Sinédrio cooptou militares que pudessem materializar o seu projeto revolucionário.
A Revolução de 1820 na Espanha
Em janeiro de 1820 uma revolução eclodiu na Espanha, vindo a restaurar, em março, a Constituição de Cádis (1812), que havia sido revogada em 1814. Deste momento em diante, o país vizinho tornou-se um poderoso propagandeador das ideias do liberalismo em Portugal.
O levante no Porto
O movimento articulado no Porto pelo Sinédrio eclodiu no dia 24 de Agosto de 1820. Ainda de madrugada, grupos de militares dirigiram-se para o campo de Santo Ovídio (atual Praça da República), onde formaram em parada, ouviram missa e uma salva de artilharia anunciou públicamente o levante. Às oito horas da manhã, os revolucionários reuniram-se nas dependências da Câmara Municipal, onde constituíram uma "Junta Provisional do Supremo Governo do Reino", integrada por:
Brigadeiro António da Silveira Pinto da Fonseca
Coronel Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira
Coronel Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda
Desembargador Manuel Fernandes Tomás
José Ferreira Borges
José da Silva Carvalho
Manuel Fernandes Tomás foi o redator do "Manifesto aos Portugueses", no qual se davam a conhecer à nação os objetivos do movimento.
O movimento contou com o apoio de quase todas as camadas sociais: o Clero, a Nobreza, o Exército Português e a população em geral. Entre as suas reivindicações, exigiu convocar as Cortes para elaborar uma constituição para o país, defendendo a autoridade régia e os direitos dos portugueses. Adicionalmente pretendia:
o imediato retorno da Corte para Portugal, visto como forma de restaurar a dignidade da antiga Metrópole, deslocada para o Brasil; e
a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil (reinstauração do Pacto Colonial).
O movimento em Lisboa
A revolução espalhou-se rapidamente, sem resistências, para outros centros urbanos do país, consolidando-se com a adesão de Lisboa.
Aqui, a 15 de setembro de 1820, um movimento de oficiais subalternos, com o apoio da burguesia e de populares, depôs os Regentes e constituiu um governo interino.
Finalmente, a 28 de setembro, ambos os governos, do Porto e de Lisboa, uniram-se numa única "Junta Provisional do Supremo Governo do Reino", com o encargo de organizar as eleições para as Cortes Constituintes.
Consequências
As Cortes reuniram-se solenemente em Janeiro de 1821. Enquanto a Carta Magna estava a ser redigida, entrou em vigor uma Constituição provisória, que seguia o modelo espanhol mas que era bastante inovador para a época.
Ainda nesse mesmo ano, a Corte retornara a Portugal em 1821, à exceção de D. Pedro de Alcântara, que permaneceu no Brasil na condição de Príncipe Regente.
Diante do progressivo aumento da pressão das Cortes para a recolonização do Brasil, este proclamou a sua independência em 7 de setembro de 1822.
A 23 de setembro de 1822 era jurada a primeira Constituição Portuguesa.
Revolução Liberal Portuguesa de 1820 E LIBERALISMO EM PORTUGAL



Recriação Histórica das Invasões Francesas:Bicentenário das Invações Francesas - Porto

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SUBTEMA G.2. AS REVOLUÇÕES LIBERAIS: NAPOLEÃO BONAPARTE

NAPOLEÃO BONAPARTE
Napoleão Cruzando os Alpes,
pintado por Jacques Louis David

Este grande personagem da história nasceu na Córsega, no ano 1769. Ainda muito jovem, com somente dez anos de idade, seu pai o enviou para a França para estudar em uma escola militar.
Apesar de todas os desafios que encontrou por lá, sempre sempre se manteve muito determinado. Seu empenho e determinação o fizeram tenente da artilharia do exército francês aos 19 anos.
A Revolução Francesa (de 1789 a 1799), foi a oportunidade perfeita para Bonaparte alcançar seu objetivo maior. Tornou-se general aos 27 anos, saindo-se vitorioso em várias batalhas na Itália e Áustria.
Sua estratégia era fazer com que seus soldados se considerassem invencíveis. No ano de 1798 ele seguiu em embarcação para o Egito, com o propósito de tirar os britânicos do percurso às Índias.
Ele foi muito bem quisto por seus soldados e por grande parte do povo francês. Seu poder foi absoluto após ter sido nomeado cônsul.
No ano de 1804, Napoleão finalmente tornou-se imperador. Com total poder nas mãos, ele formulou uma nova forma de governo e também novas leis.
Visando atingir e derrotar os ingleses, Bonaparte ordenou um Bloqueio Continental que tinha por objetivo proibir o comércio com a Grã-Bretanha.
No ano de 1812, o general francês atacou à Rússia, porém, ao contrário de seus outros confrontos, este foi um completo fracasso. Após sair de Moscou, o povo alemão decidiu lutar para reconquistar sua liberdade.
Após ser derrotado, Napoleão foi obrigado a buscar exílio na ilha de Elba; contudo, fugiu desta região, em 1815, retornando à França com seu exército e iniciando seu governo de Cem Dias na França.
Após ser derrotado novamente pelos ingleses na Batalha de Waterloo é enviado para o exílio na ilha de Santa Helena, local de seu falecimento em 5 de maio de 1821.

Napoleão Bonaparte

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SUBTEMA G.2. AS REVOLUÇÕES LIBERAIS- A REVOLUÇÃO FRANCESA

REVOLUÇÃO FRANCESA
RESUMO
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789)
Condicionalismos e factores:
-Divulgação das ideias iliministas
-Influência da Revolução Americana
-Crise económica-financeira
-Desequilíbrio e tensões sociais
-Descrédito do rei Luís XVI e do seu regime
Levam à Revolução Francesa (1789)
ÍNICIO: Estados Gerais (5 de Maio de 1789)- Três estados- NOBREZA, CLERO e TERCEIRO ESTADO
Etapas fundamentais da Revolução
1ª- MONARQUIA CONSTITUCIONAL- poder da burguesia
2ª- CONVENÇÃO- poder popular
Golpe de estado- 9 do Termidor de 1974
3ª- DIRECTÓRIO- consolidação do poder da burguesia
Golpe de estado- 18 do Brumário de 1799
FIM da Revolução Francesa

-CONSULADO (1799)
-IMPÉRIO (1804-1814)
Revolução Francesa - Parte 01 de 14


Revolução Francesa - Parte 02 de 14


Revolução Francesa - Parte 03 de 14


Revolução Francesa - Parte 04 de 14


Revolução Francesa - Parte 05 de 14


Revolução Francesa - Parte 06 de 14


Revolução Francesa - Parte 07 de 14


Revolução Francesa - Parte 08 de 14


Revolução Francesa - Parte 09 de 14


Revolução Francesa - Parte 10 de 14


Revolução Francesa - Parte 11 de 14


Revolução Francesa - Parte 12 de 14


Revolução Francesa - Parte 13 de 14


Revolução Francesa - Parte 14 de 14 (FINAL)


1789
ESTADOS GERAIS ( 5 de Maio )-Reunião das três ordens sociais: Nobreza, Clero e o Terceiro Estado (povo)
-PROBLEMA: Sistema de votação ( Voto por ordem ou voto por cabeça?)- voto por ordem (3) beneficia a Nobreza e o Clero e o voto por cabeça (cada deputado um voto) beneficia o Terceiro Estado.
-Ninguém se entendeu
- O terceiro Estado- que representa 98% da Nação- declarou-se em Assembleia Nacional.
-Juramento do Jogo da Péla:- O Terceiro Estado jurou não se separar até vque fosse elaborada uma CONSTITUIÇÃO.
- O rei cedeu e ordenou que a Nobreza e o Clero voltassem à reunião.
Assembleia Nacional Constituinte (9 de Julho): Objectivo: Elaborar uma Constituição.
- O Rei dá o dito por não dito e manda avançar as tropas sobre Paris.
- O povo de Paris salva a Revolução.
TOMADA DA BASTILHA (14 de Julho)- prisão fortaleza.
A Revolução alastra-se por toda a França.
- Abolição dos privilégios feudais (4 de Agosto)
- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26 de Agosto)
- CONSTITUIÇÃO 1791- Sufrágio censitário
1ª fase: MONARQUIA CONSTITUCIONAL
Assembleia Legislativa (Outubro 1791)
Invasão da França por tropas da Prússia e da Áustria
Em Paris a situação torna-se explosiva. Os Sans-cullotes acusam o Rei Luís XVI (que já tentara abandonar o país) de estar aliado com os invasores.
A 10 de Agosto de 1792 ( O Rei é feito prisioneiro pelo povo de Paris)
A Assembleia Legislativa vota a suspensão do rei e convoca uma nova assembleia.
É o fim da 1ª fase da Revolução Francesa que teve um carácter burguês.
2ª fase: REPÚBLICA POPULAR E DEMOCRÁTICA
Convenção(1792-1794)
A Convenção, a nova assembleia, eleita por um sufrágio universal, reuniu-se pela primeira vez em 2o de Setembro de 1792 e no dia seguinte proclamou a REPÚBLICA.
2 Partidos: Os MONTANHESES (o grupo mais à esquerda e os GIRONDINOS (o grupo mais à direita)
-Os Montanheses ou Jacobinos- MARAT, DANTON e ROBESPIERRE- dominaram este período.
- Luís XVI é condenado por traição à pátria e morto na guilhotina (Janeiro 1793)
Março de 1793- a Europa dos reis (Áustria, Prússia, Inglaterra, Rússia, Espanha etc.) une-se e ataca a França da Revolucionária, a República parece perdida mas será salva pelos Sans-cullotes e Montanheses.
Outubro de 1793, um governo revolucionário- Comité de Salvação Nacional- dominado por Robespierre instaura um regime de terror (TERROR VERMELHO), suspeitos são perseguidos e mortos e têm vitórias militares.
Golpe de Estado- 9 do Termidor (27 de Julho de 1794)
Robespierre é preso e guilhotinado.
É o fim da 2ª fase da Revolução Francesa que teve um carácter popular.
3ª fase: DIRECTÓRIO
República Burguesa: 1794-1799
Montanheses e Sans-cullotes são perseguidos e mortos ( TERROR BRANCO)
Outubro de 1795- Uma nova Constituição- voto censitário
Directório (5 directores) poder executivo.
Aparecimento de um jovem e talentoso general- NAPOLEÃO BONAPARTE- corso.
É acolhido como um herói e vai fazer um golpe de estado do 18 de Brumário de 1799 (9 de Novembro)
É o FIM da Revolução Francesa que durou 10 anos-17889 a 1799
Começa o período napoleónico
CONSULADO(1799-1804)
IMPÉRIO (1804-1814)
As conquistas da Revolução Francesa e o seu carácter universal.
A LIBERDADE- nomeadamente a liberdade de opinião e de expressão do pensamento.
A IGUALDADE perante a lei
OS DIREITOS DO CIDADÃO
A SOBERANIA POPULAR
SUFRÁGIO UNIVERSAL
DIVISÃO DOS PODERES
ETC.
Universal porque pela sua importância, os seus efeitos vão-se espalhar por todo o mundo.

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SUBTEMA G.2. AS REVOLUÇÕES LIBERAIS- A REVOLUÇÃO AMERICANA

REVOLUÇÃO AMERICANA (1776)
Em 1776, as 13 colónias inglesas da América do Norte tornaram-se independentes e constituíram os Estados Unidos da América.
Condicionalismo e factores da revolução:
-influência das ideias iluministas
-existência de uma burguesia colonial activa e ciosa das suas liberdades
-subordinação das colónias ao regime de exclusivo
-lançamento de novos impostos sobre os colonos (imposto do chá)
Leva ao BOSTON TEA PARTY- (inicio da revolução)
Envio de tropas inglesas e fecho do porto
Congresso em Filadélfia- (George Washington)
4 de Julho 1776- DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
Organização política dos E.U.A.
Constituição de 1787:
-instituição de uma república federal
-soberania da nação
-divisão tripartida dos poderes
-salvaguarda das liberdades e garantias dos cidadãos

Aula de EUA nos Séculos XVIII e XIX, Parte 1/2


Aula de EUA nos Séculos XVIII e XIX, Parte 2/2

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SUBTEMA G.1. A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA E O ARRANQUE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Nos fins do século XVIII, com a aplicação das invenções técnicas à indústria e aos transportes, iniciou-se na INGLATERRA a Revolução Industrial.
A descoberta da força do vapor, posta ao serviço da fábrica, da navegação e dos transportes sobre carris, iria modificar o sistema de produção e, consequentemente, as condições de vida dos homens.
Podemos dividir a Revolução Industrial em três fases ou, como alguns historiadores actuais, falar de três Revoluções Industriais:
1ª: a da máquina a vapor e do carvão – nos fins do século XVII e primeira metade do século XIX
2ª: -a da electricidade e o motor de explosão- nos fins do século XIX e príncipios do século XX
3ª: a da energia nuclear- em curso nos nossos dias em alguns países.

A PRIORIDADE INGLESA
Revolução agícola
-mais matéria – prima
-liberta mão –de-obra
Os sectores de arranque da Revolução Industrial:
-1750-1830- Indústria têxtil
1830-1840-Indústria metalúrgica

CONDIÇÕES:
- Condições Naturais:- existência de matérias-primas na Inglaterra- Carvão, ferro, pastagens, lã e existência de matérias-primas nas colónias :- algodão, etc.
-Condições geográficas:-Canais, rios, portos e estradas.
-Condições humanas:- Aumento demográfico mais mão-de-obra.
Condições políticas:-Parlamentarismo, regime liberal
Condições sociais:- Nobreza activa e burguesia empreendedora.
Condições económicas:- Liberalismo económico, concorrência
Condições técnicas:- Aplicação de inventos técnicos (máquina a vapor, etc) na maquinofactura.

Alterações no regime de produção:
A produção manufafactura ------ A produção maquinofactura
Unidade de produção: a Oficina------Unidade de produção: a Fábrica
Produção em pequena escala-----Produção em larga escala
Predominância do trabalho manual----Introdução da máquina
Artífice (artista)---Operário (proletário)

Aula de Revolução Industrial, Parte 1/2


Aula de Revolução Industrial, Parte 2/2 (SOCIALISMO)

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SUBTEMA G.2. AS REVOLUÇÕES LIBERAIS

CONTEXTUALIZAÇÃO
O Renascimento, no século XVI, iniciou uma revolução de mentalidades na Europa marcada pela valorização do indivíduo e das suas capacidades.
O Iluminismo, nos séculos XVII e XVIII, trouxe novas ideias sobre a organização da sociedade e do poder e a valorização de princípios como a igualdade, a liberdade, a tolerância.
Estas ideias difundiram-se entre a população em vários continentes, nos campos, mas sobretudo nas cidades, que haviam crescido muito por causa da Revolução Industrial.
Alguns grupos da população começaram a lutar pela aplicação destes princípios : é o período das revoluções liberais.
Na América, os colonos ingleses revoltam-se e formam os EUA. Em 1789, a Revolução Francesa põe fim ao Antigo Regime.
Outros países europeus e americanos seguem-lhe o exemplo. Em 1820 ocorre em Portugal a Revolução Liberal que instaura uma nova ordem política e social.

Aula de Revoluções Burguesas, Parte 1/2


Aula de Revoluções Burguesas, Parte 2/2

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SUBTEMA G.1. A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA E O ARRANQUE DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

CONTEXTUALIZAÇÃO
As invenções que marcaram os séculos XVII e XVIII foram aplicadas na construção de máquinas para a agricultura e para a indústria.
Graças à aplicação das máquinas e de novas técnicas, a produção agrícola aumentou muito. Foi possível produzir alimentos em maior quantidade, o que levou a um aumento da população.
A aplicação da máquina a vapor na indústria e nos transportes permitiu o desenvolvimento da Revolução Industrial.
A mecanização da produção agrícola e industrial trouxe muitas transformações económicas, sociais e ambientais.
A Inglaterra foi o primeiro país a passar por estas transformações.

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SUBTEMA F.3: A CULTURA E O ILUMINISMO FACE À EUROPA: BIOGRAFIAS-MARQUÊS DE POMBAL: LUÍS ANTÓNIO VERNEY

ESTRANGEIRADOS
Marquês de Pombal
Político e diplomata português, Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu a 13 de Maio de 1699 e casou, aos 23 anos, com uma senhora 10 anos mais velha e viúva.
Foi embaixador de D. João V nas cortes inglesa e austríaca. Embora sem significativo sucesso para Portugal, estas missões foram importantes para a formação política e económica de Sebastião José de Carvalho e Melo. Na Áustria casou, em segundas núpcias, com D. Leonor Daun.
Em 1750, com a subida ao trono de D. José, foi nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. A sua grande capacidade de trabalho e de chefia revelou-se na forma como encarou o trágico terramoto de 1755, momento a partir do qual se tornou o homem de confiança de D. José I.
Empenhou-se fortemente no reforço do poder régio, diminuindo o poder de algumas casas nobres. A 13 de Janeiro de 1759, acusados de tentativa contra a vida do rei, o duque de Aveiro, o marquês de Távora e a sua mulher foram torturados e executados em acto público.
Expulsou e confiscou os bens da Companhia de Jesus porque a sua influência na sociedade portuguesa e as suas ligações internacionais eram um entrave ao fortalecimento do poder régio. Em 1759, recebeu o título de conde de Oeiras e, em 1769, o de marquês de Pombal.
As dificuldades económicas do Reino, provocadas sobretudo pela interrupção na exploração do ouro brasileiro, obrigaram o marquês a retomar a política de fomento industrial que havia sido iniciada com o conde da Ericeira. Reformou o ensino, anteriormente nas mãos dos Jesuítas, através da adopção de novos métodos pedagógicos e da criação de novas escolas como o Real Colégio dos Nobres. Reformou a administração, as finanças e o sistema militar. Cometeu vários abusos do poder, o que lhe valeu a antipatia e a criação de inúmeros inimigos. Com o falecimento de D. José I, a oposição ao marquês tornou-se muito activa e D. Maria I mandou realizar uma sindicância aos seus actos.
Exilado em Pombal, o marquês defendeu-se atribuindo responsabilidades ao rei D. José I. Atendendo à sua idade avançada, 80 anos, foi apenas condenado a viver afastado de Lisboa. Faleceu em 1782 no seu palácio do Pombal.

LUÍS ANTÓNIO VERNEY
LUÍS ANTÓNIO VERNEY
Luís António Verney (1713-1792) nasceu em Lisboa e faleceu em Roma. Estudou Filosofia na Casa do Oratório em Lisboa e na Universidade de Évora. Com 17 anos de idade, terminou o bacharelato em Filosofia e licenciou-se dois anos depois na mesma área. Partiu então para Roma, frequentando o curso de Teologia. Regressando a Portugal, dedica-se ao ensino e em 1741 é nomeado pelo papa arcediago de Évora. Só em 1749 é que recebe ordens presbiterais. Parte definitivamente para Roma devido a problemas de saúde e principalmente devido a incompreensões por parte dos seus compatriotas. Em 1746 publica o Verdadeiro Método de Estudar. É uma obra redigida sob a forma epistolar que se apresenta dividida em dez cartas, tratando questões relacionadas com as disciplinas leccionadas na época e com questões pedagógicas, como o acesso da mulher à cultura.

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SUBTEMA F.3. A CULTURA E O ILUMINISMO EM PORTUGAL FACE À EUROPA

RESUMO
ARTE
BARROCO- Estilo artístico que predominou na Europa do século XVII, até meados do século XVIII (também exportado para a América Latina). É caracterizado por uma liberdade de movimento (curva e contracurva), a par de um fundo dramático e emocional. O exagero ornamental. Os artistas barrocos pretendiam impressionar os fiéis mediante o luxo das construções e a magnificência da decoração (fobia ao vazio).
Leva ao ROCÓCÓ ( barroco final e exagerado)
A corrente seguinte é o NEOCLASSICISMO- Estilo artístico que se divulgou na Europa do século XVIII como continuação ou como regresso às características da arte renascentista; na sobriedade e na harmonia das linhas e das formas.

FILOSOFIA
ILUMINISMO:- Corrente filosófica que se desenvolveu na Europa no século XVIII (século das Luzes) e que se caracterizou por uma crítica à autoridade (política e religiosa) e por uma afirmação da liberdade da confiança na RAZÃO e no progresso da ciência como meio de atingir a felicidade humana.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:
-Primazia da RAZÃO na construção do pensamento
-Defesa do liberalismo político:
Soberania popular (Jean-Jacques Rousseau, no livro “Contrato Social”)
Divisão Tripartida (Montesquieu, no livro “Espírito das Leis” separação e independência dos poderes:
Poder LEGISLATIVO: fazer leis na Assembleia:
Poder EXECUTIVO: aplicar as leis pelo rei e ministros:
Poder JUDICIAL: de julgar-Tribunais
Igualdade dos cidadãos (Rousseau)
- Separação entre a Igreja e o Estado: Tolerância, Liberdade e anticlericalismo (Voltaire no seu livro “Cartas Filosóficas))
Meios difusores dos ideais iluministas:
-ACADEMIAS
-ENCICLOPÉDIAS (Diderot e D´Alembert)
-MAÇONARIA
-CAFÉS
-SALÕES
-ESTANGEIRADOS

CIÊNCIA E TECNOLOGIA-Matematização das ciências
-Método experimental
1ª fase: Observação dos factos (fenómenos)
2ª fase: Levantamento de um problema
3ª fase: Formulação de uma hipótese
4ª fase: Experimentação
Conclusão: LEI
-

Inventores e invenções:
Galileu Galilei: Luneta
ISAAC NEWTON: -Movimento dos corpos.-Gravidade
PASCAL e TORRICELLI- Propriedades do ar
HARVEY- Grande circulação do sangue
GALVANI e VOLTA –Pilha
LINEU- Classificação das espécies vegetais e animais
BENJAMIN FRANKLIN- Pára-raios
LAVOISIER- Composições químicas
DESCARTES- filosofia:racionalismo
DENNIS PAPIN: Força do vapor JAMES WATT. Máquina a vapor
BARTOLOMEU GUSMÃO: A Passarola Voadora
IRMÃOS MONTGOLFIER: Balões de ar aquecido-aeróstatos.
-Nova força motriz(VAPOR) –Máquina a vapor de JAMWES WATT-1769)

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SUBTEMA F.3. A CULTURA E O ILUMINISMO EM PORTUGAL FACE À EUROPA: VOLTAIRE

Filósofo e escritor francês
Voltaire
21/11/1694, Paris, França
30/05/1778, Paris, França
Voltaire

François Marie Arouet, que se tornou conhecido como Voltaire, nasceu em uma família rica e aristocrática. Sua mãe morreu depois do parto. François Marie tinha a saúde fraca. Estudou em um colégio jesuíta, onde aprendeu dialética e teologia. Quando jovem, seu padrinho o introduziu numa vida desregrada entre poetas e cortesãs. Seu pai acabou por mandá-lo para a casa de um parente, que continuou a lhe dar liberdade.
Arranjou também que ele se tornasse pajem do marquês de Châteauneut. François Marie partiu com esse embaixador para Haia, na Holanda e lá conheceu Olympe Runoyer, ou Pimpette, por quem se apaixonou. Descoberto o romance, foi mandado de volta à casa paterna.
Em Paris François se tornou amante de Susanne de Livry, a quem dedicou versos e poemas cômicos. Em 1715 escreveu a peça "Édipo" e o poema "Henríada", um épico sobre Henrique 4o. Graças à sua imprudência e às suas anedotas que falavam sobre conspirações, acabou preso na Bastilha, onde adotou o nome de Voltaire.
Depois de quase um ano, foi libertado. Após uma briga com o duque de Sully, cavaleiro de Rohden foi obrigado a exilar-se por três anos na Inglaterra. Em Londres conheceu os poetas Young e Pope, o escritor Swift e o filósofo Berkeley. A liberdade de expressão, a tolerância religiosa e a filosofia inglesa o agradaram. Estudou a obra de Newton e, em 1734, propagou suas idéias na França com as "Cartas Filosóficas".
Aos 40 anos, Voltaire se apaixonou pela marquesa de Châtelet, Emile de Bretiul, de 28 anos. No castelo de Cyrei, os dois passaram os dias estudando física, metafísica, história. Lá Voltaire escreveu novelas irônicas e bem humoradas: "Alzire", "Mérope", "O Filho Pródigo", "Maomé", "O Mundano", "O Ingênuo" e "Cândido".
Aos poucos, Voltaire retomou os contatos com a França e virou historiógrafo real. Ele e a marquesa foram para Paris onde em 1746 foi eleito a Academia Francesa. Após a morte da marquesa em 1749, Voltaire aceitou o convite de seu amigo, Frederico 2o da Prússia, para ser seu professor de francês.
Tudo ia bem até que Voltaire publicou um panfleto atacando Malpertuis, protegido do rei e presidente da academia de Berlim. Fugindo da raiva real, estabeleceu-se em Genebra onde terminou suas maiores obras históricas: "Um Ensaio sobre o Costume e o Espírito das Nações e sobre os Principais Fatos da História, de Carlos Magno a Luís 13"; e "A Era de Luís 14".
Quando saiu de Genebra, Voltaire foi para Ferney. Publicou seu "Dicionário Filosófico" em 1764, com idéias revolucionárias, com críticas ao Estado e a religião. No entanto, Voltaire não era propriamente um gênio da filosofia e sim um homem de espírito, um agitador cultural, um divulgador de idéias, que expandiu o questionamento filosófico para além dos muros das universidades, principalmente através da literatura de ficção, com seus contos filosóficos.

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SUBTEMA F.3. A CULTURA E O ILUMINISMO EM PORTUGAL FACE À EUROPA: ROUSSEAU

JEAN -JACQUES ROUSSEAU
Jean-Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau nasceu já órfão de mãe, pois a mesma morreu durante o processo de parto, não chegando sequer a conhece-lo, foi educado pelo pai, um simples relojoeiro, até completar 10 anos de idade.
Em 1722 o menino Rosseau dá de cara com a morte novamente, desta vez perdeu seu pai.
Em sua adolescência estudou em uma escola religiosa na qual era obrigado a seguir as rígidas regras da instituição.
Foi um bom aluno, estudou muito e desenvolveu o gosto pela leitura e pela música.
Na passagem da adolescência para a fase adulta mudou-se para Paris e iniciou seu relacionamento com a flor da elite intelectual da cidade.
Nesta época recebeu o convite de Diderot para redigir alguns apontamentos para a Enciclopédia – Alguns escritores pertencentes à Antiguidade, como por exemplo, Aristóteles, tentaram escrever sobre todos os campos de conhecimento pesquisados até então, foi uma das primeiras a existir e a ser publicada na França do século XVIII – caberia a Rosseau anotar os apontamentos, seus devidos significados e exemplos.
Em 1762 Rosseau passou a ser acuado na França por conta de suas obras que passaram a ser vistas como uma injúria às tradições morais e religiosas. A solução encontrada foi abrigar-se na cidade de Neuchâtel, na Suíça até a poeira abaixar.
No ano de 1765 decidiu se mudar para a Inglaterra aceitando o chamado do filósofo David Hume.
No ano de 1767 retornou à França e conheceu Thérèse Levasseur, com quem veio a se casar.
Suas obras versavam sobre vários temas, que abrangiam desde investigações políticas, romances, até análises na área da educação, religião e literatura.
“Do Contrato Social” foi considerada sua obra-prima, nela Jean sustenta a opinião de que os indivíduos nascem bons, quem os modifica é a sociedade, que os levam para o caminho do mal. Do mesmo modo finca o pé ao dizer que a sociedade atua como um acordo social, através do qual as pessoas, que vivem em sociedade, outorgam algumas prerrogativas ao Estado desde que este lhes conceda em contrapartida amparo e organização.
Rousseau é considerado o filósofo do iluminismo – idéia que resume várias doutrinas filosóficas, elos intelectuais e atitudes religiosas – e predecessor do romantismo do século XIX. Em sua obra “Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les hommes”, publicada no ano de 1755, ele descreve uma hipótese para o estado natural do homem, sugerindo que, apesar das diferenças determinadas pela natureza, houve um determinado momento em que os homens agiam como iguais sim: conviviam separadamente uns dos outros e não eram dependentes de ninguém; fugiam uns dos outros como se fossem bichos bravios prestes a atacar sua própria espécie.
Com relação à educação Rousseau acreditava na amabilidade produzida pela natureza, para ele se a afabilidade fosse incitada, a benevolência espontânea da pessoa podia ser preservada da influência corrompida do meio em que vivemos.
Por conseguinte, a educação admitia dois semblantes diversos: a expansão gradual das habilidades próprias da criança e o seu distanciamento dos achaques sociais. O educador deve ensinar o aluno levando em conta suas capacidades maturais.
Para Rousseau a principal característica que não pode faltar em um catedrático é a sua capacidade de educar o aluno para transformá-lo em um homem de bem.
Levando em conta esse ponto de vista de Rousseau o aluno só estaria apto a fazer parte da sociedade quando se tornasse clara sua disposição natural para a convivência com as outras pessoas, fato este que só ocorreria, segundo Rosseuau, durante a sua adolescência, quando então já estaria apto a julgar e já pode compreender o que é ser um indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.
Obras principais:
- Discurso Sobre as Ciências e as Artes
- Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens
- Do Contrato Social
- Emílio, ou da Educação
- Os Devaneios de um Caminhante Solitário

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SUBTEMA F.3. A CULTURA E O ILUMINISMO EM PORTUGAL FACE À EUROPA: MONTESQUIEU


MONTESQUIEU

Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu
Escritor e filósofo francês, célebre pela sua teoria da separação dos poderes.
Nasceu no Palacete de la Brède, perto de Bordéus, em 18 de Janeiro de 1689 ;
morreu em Paris, em 10 de Fevereiro de 1755.
Filho de um oficial da guarda do rei de França, neto e sobrinho de um Presidente do Parlamento de Bordéus, ficou órfão de mãe aos 11 anos de idade. O seu ensino básico foi entregue aos Oratorianos do colégio de Juilly, localidade situada a nordeste de Paris, que frequentou em companhia de dois primos, e onde lhe foi ministrada uma educação clássica.
Regressado a Bordéus, em 1705, realizou os estudos jurídicos necessários à sua entrada no Parlamento de Bordéus, para poder herdar o título e as importantes funções do tio. A admissão como conselheiro deu-se em 1708. Após a conclusão destas formalidades regressou a Paris, onde concluiu os seus estudos jurídicos e onde frequentou assiduamente a Academia das Ciências e das Letras. Regressou a Bordéus em 1713 devido à morte do Pai. Em 1715, casou com uma calvinista francesa, o que lhe assegurou um valioso dote. No ano seguinte o tio morreu tornando-se barão de Montesquieu e presidente no Parlamento de Bordéus.
Em 1721 publicou as Cartas Persas, obra que lhe granjeou um enorme sucesso, e onde, aproveitando o gosto da época pelas coisas orientais, analisou de uma maneira satírica as instituições, usos e costumes da sociedade francesa e europeia, criticando veementemente a religião católica, naquela que foi a primeira grande crítica à igreja no século XVIII. Muitas das afirmações de Montesquieu serão «confirmadas» por Edward Gibbon, quando este autor inglês publicou o Decline and Fall of the Roman Empire, em que defendeu que a queda do império se deveu ao predomínio da igreja cristã no Império romano, a partir de Constantino.
Em 1726 renunciou ao seu cargo no Parlamento de Bordéus, vendeu-o e foi viver para Paris, preparando-se para entrar na Academia Francesa. Aceite em 1728, viajou logo a seguir pela Europa, realizando assim o seu Grand Tour, a tradicional viagem educativa dos intelectuais europeus do século VIII. Regressou a França, mas foi para Inglaterra, onde permanecerá durante dezoito meses.
Em 1731, após uma ausência de três anos, regressou a Bordéus, para a sua família e os seus negócios, assim como para as vinhas e os campos agrícolas à volta do seu Palacete de Brède. Voltará frequentemente a Paris, onde teve contactos ocasionais com os célebres salons, mas sem se ligar muito com o grupo de intelectuais que os animava.
O seu grande objectivo passou a ser completar aquela que será a sua grande obra - O Espírito das Leis. Preenchendo uma etapa intermédia, escreveu e publicou em 1734 a Causa da Grandeza dos Romanos e da sua decadência, que não é mais do que um capítulo de apresentação do Espírito.
O Espírito das Leis foi publicado em 1748, em dois volumes, em Genebra, para evitar a censura, tornando-se um imenso sucesso, que a sua colocação no Index romano não beliscou. A sua preocupação foi ultrapassar as posições dos filósofos e utópicos que apresentavam as suas teorias em abstracto e sem nenhuma consideração pelas determinantes espaciais e temporais.
Os tempos que se seguiram estiveram longe de serem sossegados, sendo as suas teorias atacadas tanto pelos jansenistas como pelos católicos ortodoxos, como os jesuítas, mas também pela Universidade de Paris, a célebre Sorbonne. Defendeu-se das críticas publicando em 1755 a Defesa do Espírito das Leis. Entretanto ia perdendo a visão.
Morreu em 1755, quase cego, tendo recebido os últimos sacramentos das mãos de um padre católico.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SUBTEMA F.3. A CULTURA E O ILUMINISMO EM PORTUGAL FACE À EUROPA

CONTEXTUALIZAÇÃO
Os séculos XVI, XVII e XVIII foram marcados na Europa, por grandes avanços científicos e tecnológicos, contribuindo para um alargamento do conhecimento do Mundo e do ser humano.
No século XVIII surgiu um movimento cultural que acreditava em valores como o progresso, a tolerância, a razão, a liberdade e a igualdade. Este movimento ficou conhecido por ILUMINISMO, ou LUZES, pois pretendia tirar as pessoas do obscurantismo cultural em que viviam e “iluminá-las” com o conhecimento.
Em Portugal, as ideias do Iluminismo chegaram através das reformas empreendidas pelo Marquês de Pombal no ensino e pelas obras de alguns “estrangeirados”.

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SUBTEMA F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS: FICHA FORMATIVA

FICHA FORMATIVA
ESCOLA EB 2,3/S DE ALFÂNDEGA DA FÉ
3º Ciclo: 8º ano

1. Lê o seguinte documento.
“ O objectivo de Colbert é tornar o país mais opulento do que todos os outros, abundante em mercadorias e rico nas artes (indústrias artesanais), sem ter necessidade de coisa alguma e com capacidade para fornecer toda a espécie de coisas aos outros Estados. Por consequência, tudo faz para instalar em França as melhores indústrias e impede os outros Estados de introduzirem os seus produtos no reino de França.”
Relatório do Embaixador Veneziano na Corte de França (1665-1668)
1.1. Identifica a política económica referida no documento.
1.2. Refere o principal objectivo dessa política.
1.3. Indica as medidas tomadas por Colbert para concretizar esse objectivo.

2. Observa a gravura.


2.1. Completa a gravura, desenhando as balanças em falta e coloca nos pratos I e E em conformidade.
2.2. Identifica a balança que representa o objectivo do mercantilismo.
2.3. Indica o nome do introdutor desta política económica em Portugal.

3. Lê documento escrito.
TÍTULO:__________________________
“Não podemos viver todos na mesma condição: é necessário que uns comandem e os outros obedeçam. Os que comandam têm várias categorias ou graus: os soberanos mandam em todos os do seu reino, transmitindo o seu comando aos grandes, os grandes aos pequenos e estes ao povo. E o povo, que obedece a todos eles, está dividido em várias categorias.
No conjunto da sociedade, uns dedicam-se especialmente ao serviço de Deus, outros a defender o Estado pelas armas, outros a alimentá-lo e a mantê-lo pelo exercício da paz. São três ordens, ou estados.”
Charles Loyseau, tratado das Ordens… (1613)
3.1. Identifica as três ordens ou estados a que se refere o documento.
3.2. Dá um título ao documento.
3.3. . Constrói uma pirâmide social do Antigo Regime.
3.4. Completa-a, caracterizando cada um dos grupos sociais representados a partir das frases dadas.
. Detinha o poder executivo, legislativo e judicial.
. Vivia em condições miseráveis e não possuía qualquer privilégio.
.Dedicava-se à vida religiosa.
.Dedicava-se especialmente à guerra.
.Não pagava impostos.
. O seu poder era-lhe concedido por Deus.
. Os mais ricos dedicavam-se essencialmente ao comércio.
4. Observa as figuras.
Igreja de São Francisco
em Ouro Preto




4.1. Identifica o estilo artístico a que pertencem as figuras.
4.2. Refere a característica do barroco português visível
4.3. Completa o quadro com as características da arte barroca visíveis nas figuras.
PINTURA /ARQUITECTURA /ESCULTURA

5. Lê o documento.
TÍTULO:____________________________
“ O trono real, não é trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. (…) Os reis (…) são deuses e participam de algum modo da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto. Deve acreditar-se que ele vê melhor e deve obedecer-se-lhe sem murmurar; porque o murmúrio é uma predisposição para a revolta.”
J.B. Bossuet, bispo de Meaux, século XVII
5.1. Identifica a política régia descrita no documento
5.2. Explica, com base no documento, as principais características desta política.
5.3. Dá um título ao documento.
6. Observa as figuras


Fig.1:______ rei de França. Fig 2:_____V rei de Portugal  Fig.3:_____I rei de Portugal
6.1. Completa a legenda.
6.2. Identifica a política de cada monarca.

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SUBTEMA F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS

O ANTIGO REGIME: RESUMO
O Antigo Regime foi um período histórico que se iniciou no século XVI até ao século XVIII, que se caracterizou, na política, pelo absolutismo, na economia, pelo mercantilismo e , na sociedade pela divisão em ordens.
A sociedade do Antigo Regime era estratificada e dividia-se em três ordens, CLERO, NOBREZA e TERCEIRO ESTADO (Povo), que se distribuíam por dois grandes grupos: os privilegiados e os não privilegiados.
Politicamente caracterizou-se pelo ABSOLUTISMO, regime no qual o rei reunia todos os poderes. O seu poder tem origem divina ( de Deus).
A economia do Antigo Regime assentou no Mercantilismo, criada por Colbert, ministro do rei francês Luís XIV, cujo objectivo era produzir mais e melhor, exportar o máximo e importar o mínimo para ter uma balança comercial favorável e o país se tornar rico e poderoso.
A crise comercial que afectou Portugal no século XVII, conduziu à introdução do Mercantilismo pela acção do Conde de Ericeira. Assim foram tomadas medidas proteccionistas, com objectivo de inverter o défice da balança comercial.
O Tratado de Methuen representou um recuo das medidas mercantilistas. Favoreceu os têxteis ingleses e marcou uma quebra do investimento no sector manufactureiro.
O estilo BARROCO surgiu em finais do século XVI e caracteriza-se pela exuberância das formas e da decoração, pelo movimento, dramatismo e intensidade de luz e cor.
O reinado de D. José e a nomeação do Marquês de Pombal para seu ministro marcaram a introdução do DESPOTISMO ESCLARECIDO (tudo pelo povo mas sem o povo) em Portugal.O seu poder tem origem na Razão.
O período pombalino caracterizou-se por um retorno à politica mercantilista e um apoio à burguesia. O comércio e as manufacturas foram as actividades que mais atenção mereceram ao Marquês de Pombal.
O urbanismo pombalino obedeceu a critérios de racionalidade e traçado geométrico, que iam ao encontro da concepção de poder centralizado, defendido pelo Marquês de Pombal.

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SUBTEMA F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS: BARROCO

BARROCO


BARROCO

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ABSOLUTISMO / DESPOTISMO ESCLARECIDO

ABSOLUTISMO

Luís XIV, o Grande, Rei Sol, rei da França de 1643 a 1715, nasceu em 5 de setembro de 1638 em Saint-Germain-en-Laye e faleceu a 1 de setembro de 1715 em Versailles, símbolo da monarquia absolutista, provocou uma série de guerras entre 1667 e 1697 a fim de estender as fronteiras da França para o leste, tomando terras do Sacro Império Germânico, e depois, de 1701-1714, para assegurar o trono espanhol para seu neto.
Filho de Luís XIII e Ana da Áustria, ele sucedeu seu pai em maio de 1643, com apenas quatro anos e oito meses, desde então saudado como uma "divindade visível". Cresceu entregue a amas e criados, por cujo descuido quase morreu afogado numa piscina. Tinha nove anos quando, em 1648, os nobres e a corte de justiça de Paris se insurgiram contra o primeiro ministro o Cardeal Jules Mazarin e contra a Coroa. Começou então uma longa guerra civil, conhecida como "La Fronde", período em que a família real passou severas privações e humilhações. Somente em 1653 Mazarin dominou o movimento e então montou um grande aparato real centralizado no jovem príncipe.
Apesar de coroado Rei em 1643, Luís XIV não diminuiu os poderes de Mazarin, a quem devia praticamente toda a sua educação e formação cultural. Uma velha guerra com a Espanha, iniciada em 1635, estava terminando então e favoravelmente à França, que passava a ser a primeira potência européia. O rei da França devia ser um soldado e Luís XIV passou por um treinamento em campo de batalha. Para ratificar e dar maior valor ao tratado de paz com a Espanha, Luís XIV, apesar de estar a alguns anos em amores com a sobrinha de Mazarin, Marie Mancini, casou, em 1660, com Marie-Thérèse da Austria, filha do rei espanhol, contra sua vontade, e anotou no seu Diário. "Exercendo uma tarefa totalmente divina aqui na terra, precisamos parecer incapazes de perturbações que possam compromete-la".
Para o Rei, que via a si mesmo como representante de Deus na terra, qualquer desobediência ou rebeldia seria considerada pecado. Sua fé absoluta na divindade da sua missão fizeram com que comunicasse aos seus ministros, após a morte de Mazarin em março de 1661, que daquela data em diante governaria sozinho. Não tinha dúvidas também quanto a ter tanto poder nos domínios franceses, se não mais, que o próprio Papa. Teve ministros para execução de suas ordens, o primeiro deles e o mais inteligente Jean-Baptiste Colbert, Marquês de Louvois. Dedicou-se à sua tarefa de governo todas as horas do dia por 54 anos, sem que nenhum detalhe escapasse a sua atenção, desde a etiqueta e o cerimonial na corte, a diplomacia e o movimento das tropas, até as disputas teológicas sobre seus poderes em rivalidade com os do Papa. Colbert ajudou-o supervisionando as construções dos palácios, portos, estradas e canais, e descobrindo fontes de recursos, principalmente buscando aumentar as exportações de produtos franceses, ajudado pela pirataria nos mares e assaltos às colônias portuguesas e espanholas, inclusive o Brasil.
Manobrando com os atrativos e o prestígio na corte, o Rei entretinha os nobres que haviam antes infligido tanto sofrimento à sua família, corrompendo-os com favores, entretendo-os com festas e jogos no palácio, e enviando-os em missões sem propósito e conferindo-lhes títulos e cargos vazios. Enfraquecendo a nobreza, o Rei também corrompeu e enfraqueceu o próprio país. Tornou-se o protetor das artes o que lhe permitia utilizá-la como instrumento político, o que Rousseau haveria de denunciar mais tarde. Foi protetor de Molière e Jean Racine, aos quais ordenou que lhe cantassem louvores, e favoreceu escultores erguendo grandes monumentos. Mandou construir novos palácios, em Saint-Germain, em Marly e Versailles, a um tal preço que foi acusado de haver arruinado a nação. No clímax de seu reinado a França parecia uma festa impar diante de uma Europa admirada e desejosa de imitar o seu fausto e brilho cultural. Ao mesmo tempo o Rei mantinha estonteante vida de divertimentos e amores na corte, principalmente um tumultuado romance com Louise de La Vallière. Como aliado da Espanha, invadiu os Países Baixos espanhóis em 1667, que ele considerava herança de sua mulher espanhola, uma guerra que não foi fácil e levou-o a admitir ao morrer que havia gostado demasiado de fazer guerras.
A amante Madame de La Vallière foi substituída em 1667 pela Marquesa de Montespan a qual provocou tanto escândalo e intrigas que em 1680 foi por sua vez substituída por outra, até então a governante dos filhos ilegítimos do rei, mulher tida por disciplinada e piedosa, a viuva Madame de Maintenon. Em 1682 a sede do governo passou para o palácio de Versailles. No ano seguinte faleceu a rainha e o rei casou secretamente com Madame de Maintenon, que ganhou então grande influência política. Luís de fato necessitava dessa mulher para apoiá-lo nas provações familiares e políticas que começavam a se delinear.
Colbert morreu e não teve substituto à altura. O Imperador do Sacro Império Germânico havia detido os turcos na fronteira dos seus domínios e estava livre para enfrentar os franceses. A política da Inglaterra novamente mudou radicalmente com a Revolução Gloriosa em 1688, e a subida ao trono de Guilherme de Orange, um príncipe holandês cujo país havia sofrido com a invasão francesa. E dentro da própria França os protestantes formavam forte oposição ao rei católico. A reação de Luís XIV contra os protestantes foi suspender seus direitos de culto, que lhes fora garantido anos antes, em 1685, pelo chamado Édito de Nantes, e passar a persegui-los com violência. Muitos deixaram a França passando aos países protestantes vizinhos. Então a Inglaterra, a Holanda e o Imperador se uniram na Grande Aliança para fazer guerra a França, um conflito que durou de 1688 a 1697. Apesar de muitas vitórias, a França perdeu parte dos territórios que havia antes conquistado ao celebrar a paz pelo tratado de Rijswijk.
Novo e sério conflito se seguiu em 1700 quando o morreu Carlos II, da Espanha, abrindo dupla possibilidade de sucessão, tanto pela linhagem do Imperador germânico Leropoldo I, como também pela descendência de Luís XIV e sua esposa espanhola. Luís pretendeu o trono para seu neto Filipe, que depois da vitória francesa, veio a ser Filipe V, de Espanha. Evitou que o trono espanhol ficasse com o pretendente germânico, o que teria deixado a França sitiada por países inimigos. A guerra no entanto foi longa e tão difícil para os franceses, que a França esteve em risco de falência total. Salvou-a haver a Inglaterra, por pressão política interna, retirado seu apoio ao Imperador e ter a França conseguido uma vitória contra as tropas imperiais na batalha de Denain, criando condições para a celebração da paz. Os tratados de Utrecht, Rastat, e Baden, foram assinados em 1713-14, com grande prejuízo para o prestígio da França no continente. No plano privado, o Rei sofreu a perda quase simultânea de seu filho, o Grande Delfim, dois netos, os duques de Bourgogne e Berry, e sua última amante, a Duquesa de Bourgogne. Luís XIV faleceu em 1715, na idade de 77 anos

D. João V

Filho de D. Pedro II e de Maria Sofia de Neubourg, foi aclamado rei em 1707.
Quando inciou o reinado, estava-se em plena Guerra da Sucessão de Espanha, que para Portugal significava o perigo da ligação daquele país à grande potência continental que era a França. No entanto, a subida ao trono austríaco do imperador Carlos III, pretendente ao trono espanhol, facilitou a paz que foi assinada em Utreque, em 1714. Portugal viu reconhecida a sua soberania sobre as terras amazónicas e, no ano seguinte, a paz com a Espanha garantia‑nos a restituição da colónia do Sacramento.
Aprendeu D. João V com esta guerra a não dar um apreço muito grande às questões europeias e à sinceridade dos acordos; daí em diante permaneceu inalteravelmente fiel aos seus interesses atlânticos, comerciais e políticos, reafirmando nesse sentido a aliança com a Inglaterra. Em relação ao Brasil, que foi sem dúvida a sua principal preocupação, tratou D. João V de canalizar para lá um considerável número de emigrantes, ampliou os quadros administrativos, militares e técnicos, reformou os impostos e ampliou a cultura do açúcar. Apesar disso, Portugal entra numa fase de dificuldades económicas, devidas ao contrabando do ouro do Brasil e às dificuldades do império do Oriente.
A este estado de coisas procura o rei responder com o fomento industrial, mas outros problemas surgem, agora de carácter social: insubordinação de nobres, quebras de discipliana conventual, conflitos de trabalho, intensificação do ódio ao judeu. Por outro lado, o facto da máquina administrativa e política do absolutismo não estar de maneira nenhuma preparada para a complexidade crescente da vida da nação, só veio agravar as dificuldades citadas.
Culturalmente, o reinado de D. João V tem aspectos de muito interesse. O barroco manifesta-se na arquitectura, mobiliário, talha, azulejo e ourivesaria, com grande riqueza. No campo filosófico surge Luís António Verney com o Verdadeiro Método de Estudar e, no campo literário, António José da Silva. É fundada a Real Academia Portuguesa de História e a ópera italiana é introduzida em Portugal.

Ficha genealógica:
D. João V, nasceu em Lisboa, a 22 de Outubro de 1689, recebendo o nome de João Francisco António José Bento Bernardo, e faleceu em Lisboa, a 31 de Julho de 1750, tendo sido sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Casou em 9 de Junho de 1708 com D. Maria Ana de Áustria (nasceu. em Linz, a 7 de Setembro de 1683; morreu no Palácio de Belém, a 14 de Agosto de 1754; sendo sepultada no Mosteiro de S. João Nepomuceno, dos Carmelitas Descalços Alemães, de onde o seu coração foi levado para a Alemanha, filha do imperador Leopoldo I e de sua terceira mulher Leonor Madalena. Do casamento nasceram:
1. Maria Bárbara Xavier Leonor Teresa Antónia Josefa (n. em Lisboa, a 4 de Dezembro de 1711; f. em Madrid a 27 de Agosto de 1758; sepultada no Convento das Salesas Reales, da mesma cidade). Casou em 1729 com D. Fernando, príncipe das Astúrias, que subiu ao trono de Espanha como Fernando VI;
2. D. Pedro (n. em Lisboa, a 19 de Outubro de 1712; f. na mesma cidade, a 29 de Outubro de 1714). Foi príncipe do Brasil;
3. D. José, que sucedeu no trono;
4. D. Carlos (n. em Lisboa, a 2 de Maio de 1716; f. em Lisboa, a 30 de Março de 1730). Teve o título de infante;
5. D. Pedro Clemente Francisco José António (n. em Lisboa, a 5 de julho de 1717; f. no Paço da Ajuda, a 25 de Maio de 1786). Foi príncipe do Brasil e, pelo casamento com a sobrinha D. Maria I, veio a ser o rei consorte D. Pedro III.
6. D. Alexandre Francisco José António Nicolau (n. em Lisboa, a 24 de Setembro de 1723; f. a 2 de Agosto de 1728).
Fora do casamento, teve D. João V os seguintes filhos:
7. D. Maria Rita, filha de D. Luísa Clara de Portugal, que nasceu e morreu em data que se ignora. Foi monja do Convento de Santos, em Lisboa, e conhecida como a «Flor de Murta»;
8. D. António (n. em Lisboa, a 1 de Outubro de 1704; f. na capital, a 14 de Agosto de 1800; sepultado no claustro do S. Vicente de Fora), filho de uma francesa e um dos três «Meninos de Palhavã», por ter sido criado neste palácio. Foi reconhecido em 1742, tendo obtido o grau de doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra. Esteve desterrado no Buçaco, por ordem de Pombal, de 1760 a 1777.
9. D. Gaspar (n. em Lisboa, a 8 de Outubro de 1716; f. em Braga, a 18 de janeiro de 1789), filho de D. Madalena Máxima de Miranda. Foi o segundo «Menino de Palhavã». Exerceu o múnus de arcebispo de Braga, de 1758 à data da sua morte;
10. D. José (n. em Lisboa, a 8 de Setembro de 1720; f. na mesma cidade, a 31 de Julho de 1801; sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora), filho da Madre Paula, freira em Odivelas. Chamado o mais jovem «Menino de Palhavã», foi doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra e inquisidor-mor em 1758. Esteve desterrado no Buçaco, com seu irmão D. António, de 1760 a 1777.

DESPOTISMO ESCLARECIDO
D.JOSÉ I
Monarca português, vigésimo quinto rei de Portugal, filho de D. João V e de D. Maria Ana de Áustria, D. José nasceu a 6 de Junho de 1714 e faleceu a 24 de Fevereiro de 1777.
Casou com D. Mariana Vitória de Bourbon, filha de Filipe V. O seu reinado, situado entre os anos de 1750 e 1777, foi marcado pela crise económica resultante da concorrência das potências coloniais e sobretudo da redução da exploração do ouro brasileiro.
D. José seguiu a política de D. João V no tocante à neutralidade face aos conflitos europeus e de que é exemplo, apesar da forte pressão da França e da Inglaterra, a não participação portuguesa na Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Reforçou o absolutismo monárquico através de medidas radicais contra aqueles que se opunham ao reforço do poder régio: expulsou e confiscou os bens dos Jesuítas e mandou prender alguns fidalgos, entre os quais os Távoras, acusados de tentativa de assassinato do rei. Foi seu primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal.
O seu reinado foi também marcado pelo terramoto de 1755, que destruiu a baixa de Lisboa. A ele se deve a reconstrução daquela parte da capital segundo um moderno traçado rectilíneo da autoria dos arquitectos Eugénio dos Santos, Manuel da Maia e Carlos Mardel.
D. José foi um grande reformador: acabou com a escravatura em Portugal continental, concedeu liberdade aos índios do Brasil, acabou com a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos, e reformou o ensino, a administração e a economia.

DESPOTISMO ESCLARECIDO
Regime monárquico absoluto que fundamenta o seu poder na "RAZÃO". Tem como lema " Tudo pelo Povo mas sem o Povo"

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MERCANTILISMO: COLBERT EM FRANÇA E CONDE DE ERICEIRA EM PORTUGAL

MERCANTILISMO

Jean-Baptiste Colbert (Reims, 29 de Janeiro de 1619 — Paris, 6 de Setembro de 1683) foi um político francês que ficou conhecido como ministro de Estado e da economia do rei Luís XIV. Instalou o Colbertismo em Palma de Maiorca, onde andou com mais do que uma mulher, a que agora chamamos prostituta. Jean-Baptiste Colbert era o primogênito de Nicolas Colbert, um comerciante de tecidos de Reims, e Marie Pussort. A pesar de sua família dizer descender de nobres escoceses, não há nenhuma prova disto, e a invenção de antepassados nobres era uma pratica comum aos plebeus. Trabalhou com o banqueiro de Santarém, e com o pai do poeta Camões.
Passa depois ao serviço de seu bisavô, Jean-Baptiste Colbert de Saint-Pouange, primeiro comissário do Ministério da Guerra de Luis XIII. Em 1640, com 21 anos, seu pai empenha suas relações amorosas e de fortuna para lhe comprar o cargo de Comissário ordinário de guerra. Este posto o obrigou a inspecionar as tropas, o que lhe deu uma certa notoriedade.
Em 1645, Saint-Pouange o recomendou a Michel Le Tellier, seu cunhado, que trabalhava como Secretario de Estado de guerra, este o contatou, primeiro como secretario privado e logo conseguiu que o nomeassem conselheiro do rei em 1649. Em 13 de dezembro de 1648, se casa com Marie Charron, filha de um menbro do conselho real. Tiveram 4 filhos: • Jeanne Marie • Jean-Baptiste (Marques de Seignelay), • Jules Armand (Marqués de Blainville) • Ana Maria.
Em 1651, Atonieta Carocha, o apresenta ao Cardeal Mazarino que o contrata para gerir a sua vasta fortuna pessoal. Antes de morrer, em 1661, Mazarino recomendou Colbert ao rei Luís XIV de França, salientando as suas qualidades de dedicado trabalhador. Nesse mesmo ano o rei fez de Colbert ministro de Estado e, em 1664, atribui-lhe o cargo de superintendente das construções, artes e manufacturas e ainda o de intendente das Finanças. Colbert desenvolveu todos os esforços para arruinar junto do rei a reputação de Nicolas Fouquet, o superintendente-geral das Finanças que tinha acumulado fortuna por meios fraudulentos; tendo este sido detido, a mando do rei, por D'Artagnan, Colbert tornou-se controlador geral das Finanças (1665). Viria ainda a desempenhar as funções de secretário de Estado na Marinha e na Casa Real (1669). Em 1670, comprou o baronato de Sceaux no sul de Paris. Converte o domínio de Sceaux em um dos mais charmosos da França, graças a André Le Nôtre que desenhou os jardins e a Charles Le Brun que se encarregou de toda a decoração tanto dos edifícios como do parque.
Como ministro de Luís XIV, Colbert quis tornar a França a nação mais rica da Europa, e para isso implantou o mercantilismo industrial, incentivando a produção de manufaturas de luxo visando a exportação.

CONDE DE ERICEIRA
Ericeira (D. Francisco Xavier de Menezes, 4.º conde da).
n. 29 de Janeiro de 1673.
f. 21 de Dezembro de 1743.
Senhor da Ericeira e seu termo, e direitos reais, com as quintas das jogadas da vila de Mafra; 2.º senhor de Ancião e do lugar do Escampado; 8.º da casa do Louriçal e do morgado da Anunciada, padroeiro da capela-mor do convento da Graça, de Lisboa, e do priorado de Santa Maria de Aguiar, no arcebispado de Évora; comendador das comendas de Santa Cristina de Serzedelo, S. Pedro de Elvas, S. Cipriano de Angueira, S. Martinho de Frazão, S. Paio de Fragoso, e S. Bartolomeu da Covilhã; deputado da Junta dos Três Estados, conselheiro de guerra, sargento-mor de batalha, e mestre de campo general, etc.

N. em Lisboa a 29 de Janeiro de 1673; fal. a 21 de Dezembro de 1743. Era filho do 3.º conde da Ericeira, D. Luís de Menezes, e de sua mulher e sobrinha, a condessa, D. Joana Josefa de Menezes.
Era muito aplicado aos estudos, principalmente aos de matemática. Nas academias ninguém lhe disputava a primazia, decorrendo a sua eloquência em diversos problemas e discursos; era muito versado nas línguas francesa, italiana e espanhola. Não houve congresso literário instituído neste reino ou no estrangeiro, que o não pretendesse para seu associado. Ainda não contava 20 anos de idade, quando a Academia dos Generosos, renovada em 1693, o elegeu para seu primeiro presidente. Na Academia Portuguesa, instituída em 1717 no seu palácio, foi protector e secretário, e na Real Academia de Historia Portuguesa, formada por D. João V em 1720, foi um dos 5 directores e censores. Nas conferencias eruditas, também chamadas dos Sagrados Concílios, que se fizeram em 1715 na casa do núncio apostólico, monsenhor Firrao, (V. Academia do Núncio) lhe tocou a parte critica dos Concílios Universais, onde foram admirados os seus profundos conhecimentos em historia sagrada, teologia e cânones pontifícios. A Academia da Arcadia de Roma, sem que ele o pretendesse, o nomeou seu sócio, com o nome poético de Ormauro Paliseo, assim como a Real Sociedade de Londres. Em todos os certames literários mereceu ser árbitro das obras métricas, que neles se liam, distribuindo os prémios com toda a justiça.
A fama do seu nome se propagou por tal forma por toda a Europa, que chegou a alcançar as mais distintas atenções das primeiras pessoas do mundo católico, e o próprio pontífice Inocêncio XIII lhe gratificou por um breve expedido a 29 de Abril de 1722 o Panegyrico que, à sua exaltação ao Pontificado, recitara na Academia em 5 de Junho de 1721, e Luís XV, de França, lhe mandou o Catalogo da sua livraria em 5 tomos e 21 volumes de estampas, que representavam tudo quanto de mais raro se admirava na corte de Paris. A Academia da Rússia lhe escreveu uma elegante e oficiosa carta com a oferta de 12 tomos das obras dos seus eruditos membros. Os mais célebres filólogos de Itália, Alemanha, Holanda, França e Espanha, pretendiam a sua correspondência, enviando-lhe cartas Murati, Bianchimi, Crescimbeni, Dumont, etc., testemunhando-lhe assim o elevado conceito que lhes merecia a sua vastíssima erudição. D. Francisco Xavier de Menezes serviu na guerra da Sucessão de Espanha, acompanhando el-rei D. Pedro II, em 1701, quando este monarca foi à campanha da Beira, sendo nomeado no ano seguinte, 1705, governador de Évora, com o posto de sargento-mor de batalha do exercito do Alentejo, a que foi elevado em 1707, e com este posto esteve nas batalhas de 1708 e 1709, distinguindo-se em acções heróicas. No ano de 1735 foi nomeado mestre de campo general e conselheiro de guerra. Casou em 24 de Outubro de 1688 com D. Joana Madalena de Noronha, filha de D. Luís da Silveira, 2.º conde de Sarzedas e conselheiro de Estado, e da condessa D. Mariana da Silva e Lencastre.
A sua bibliografia é numerosíssima; os títulos das suas obras, tanto impressas como manuscritas, podem ler-se na Bibliotheca Lusitana, de Barbosa Machado, vol. 2.º pág. 291 a 296. No Diccionario bibliographico, de Inocêncio da Silva, vol. 3.º págs. 83 a 89, vem a relação só das impressas. A livraria dos condes da Ericeira era importantíssima, e fora acrescentada pelo 4.º conde, D. Francisco Xavier de Menezes, consideravelmente com mais de 15.000 volumes escolhidos, que reunira aos que herdara de seus antepassados. Entre os livros contava-se a Historia do Imperador Carlos V, escrita por ele próprio, que era uma das obras que mais enriquecia a livraria, assim como o Herbolario, livro de todas as plantas e ervas, coloridas ao natural, que pertenceu a Matias Corvino, rei da Hungria. Esta notável livraria ficou reduzida a cinzas no incêndio que se seguiu ao terramoto de 1 de Novembro de 1755, que arrasou completamente o palácio da Anunciada. Nas suas ruínas edificou-se o velho teatro da Rua dos Condes, e existe actualmente o moderno teatro do mesmo nome.

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SUBTEMA F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS

ABSOLUTISMO/MERCANTILISMO


ABSOLUTISMO/MERCANTILISMO

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SUBTEMA: F.2. ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS. O ANTIGO REGIME PORTUGUÊS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVIII

CONTEXTUALIZAÇÃO.
O Antigo Regime ficou marcado pelo Mercantilismo, na economia, pelo Absolutismo, na política, e pela divisão em ordens, na sociedade. A cultura, a arte e a mentalidade foram marcadas pelo estilo barroco.
No reinado de D. José I as ideias de modernização e progresso que marcavam o Iluminismo, na Europa, chegaram a Portugal.
O ministro do rei, o Marquês de Pombal, aplicou estas ideias num conjunto de reformas com o objectivo de fazer de Portugal um país moderno.



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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Reis de Portugal - 4ª Dinastia (de Bragança)

Ao lado
Nome/Cognome/Nascimento-Morte/Factos do reinado
Reis de Portugal - 4ª Dinastia (de Bragança)

D. João IV
O Restaurador
1604 - 1656
Trineto de D. Manuel I.Voltou a defender os interesses ultramarinos.Reinou entre 1640 e 1656.
D. Afonso VI
O Vitorioso
1643 - 1683
Travaram-se várias lutas contra Espanha para consolidar a independência portuguesa.Reinou entre 1656 e 1683.

D. Pedro II
O Pacífico
1648 - 1706
Assina um tratado de paz com Espanha pondo fim à Guerra da Restauração.Assina o Tratado de Methwen com Inglaterra.Reinou entre 1683 e 1706.
D. João V
O Magnânimo
1689 - 1750
São descobertas minas de ouro e pedras preciosas no Brasil.Manda construir o Aqueduto das Águas Livres e o Convento de Mafra.Reinou entre 1706 e 1750.
D. José
O Reformador
1714 - 1777
Indicou como 1º Ministro o Marquês de Pombal, iniciando uma política de Absolutismo.É abolida a escravatura.Só teve filhas.Reinou entre 1750 e 1777.
D. Maria I
A Piedosa (Pia) / A Viradeira
1734 - 1816
1ª rainha governante.Demite o Marquês de Pombal.Enlouquece em 1791 depois da morte do marido (D. Pedro III) e do filho mais velho.Reinou entre 1777 e 1816.
D. João VI
O Clemente
1767 - 1826
Espanha conquista Olivença.Tropas de Napoleão invadem Portugal, a corte foge para o Brasil e em 1825 reconhece a sua independência.Reinou entre 1816 e 1826.
D. Pedro IV
O Rei Soldado
1798 - 1834
Proclama a Independência do Brasil (1822), tornando-se seu Imperador.Nomeia o irmão D. Miguel como regente.Reinou entre 1826 e 1828.

D. Miguel
O Absoluto
1802 - 1866
Filho de D. João VI e irmão de D. Pedro IV, consegue ser rei.Defende o regime absolutista.Reinou entre 1828 e 1834.

D. Maria II
A Educadora
1819 - 1853
Teve 11 filhos.A instrução primária torna-se obrigatória e gratuita.O seu marido foi D. Fernando II.Reinou entre 1834 e 1853.
D. Pedro V
O Esperançoso
1837 - 1861
Inaugurou o 1º caminho-de-ferro, entre Lisboa e o Carregado.Introduziu o sistema métrico em Portugal.Não deixa descendência.Reinou entre 1853 e 1861.
D. Luís
O Popular
1838 - 1889
Irmão de D. Pedro V.Participa na delineação do Mapa Cor-de-Rosa em África.Nascem vários partidos políticos diferentes.Reinou entre 1861 e 1889.

D. Carlos
O Diplomata
1863 - 1908
Durante o seu reinado o Partido Republicano ganha muita força.É assassinado ao mesmo tempo que o filho mais velho.Reinou entre 1889 e 1908.
D. Manuel II
O Patriota
1889 - 1932
Tenta manter a estabilidade com o Partido Republicano, mas não consegue.Dá-se a Implantação da República.Reinou entre 1908 e 1910.

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

SUBTEMA: F.1. O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL: PIRATAS/CORSÁRIOS E PIRATARIA

Pirata/Corsário: Francis Drake

Francis Drake foi um dos piratas mais temidos do mundo, mas não gostava nada de ser chamado assim.
Para ele, os piratas eram homens sem lei nem rei, enquanto que ele.... era um cavaleiro da rainha! Aliás, ficou conhecido como «Sir» Francis Drake.
Francis Drake ficou conhecido por atacar as embarcações espanholas e portuguesas pelos mares de todo o mundo, sob a protecção da rainha Isabel I de Inglaterra (em guerra com a Espanha).
Chegou a tentar invadir a própria Espanha, destruindo centenas de navios e mandando por água abaixo os planos do rei Filipe II (que também era rei de Portugal na altura) de conquistar a Inglaterra!
Em 1577, começou uma famosa viagem à volta do mundo num barco de nome «Golden Hind» («corça dourada»). A viagem durou mais de três anos!
Durante a viagem à volta do mundo, o pirata ia saqueando os galeões (grandes barcos espanhóis) que se cruzavam no seu caminho. De volta à Inglaterra, em 1580, foi recebido com honras e nomeado cavaleiro.
Quando morreu, foi "enterrado" no mar com sua armadura de ouro e sua lendária espada. Será verdade? Será mentira?
Só ele sabe!

Mundo dos Piratas

Quando pensamos em piratas, imaginamos imediatamente alguém com uma pala num olho, uma perna de pau e uma bandeira negra. Mas também há outra coisa que nos vem à memória: um mundo de aventuras, navios cheios de riquezas, lutas em alto mar e um tesouro escondido numa ilha deserta!
Embora muito do que se conta não passe de lendas, uma coisa é verdade: os piratas existiram mesmo e tornaram-se bastante famosos durante o século XVI, depois da descoberta da América. É que os bandidos queriam ficar com o ouro e prata vindos do novo mundo em galeões espanhóis.
Sabias, que apesar de sempre terem existido piratas, o século XVI ficou conhecido como a Idade de Ouro da Pirataria? Mesmo assim, os piratas não desapareceram, continuam a existir no mar e em terra, mas sob formas totalmente diferentes.
Aliás, na altura existiam dois tipos de piratas. Havia os fora-da-lei, que roubavam todas as embarcações para ficarem com as suas riquezas, ou mesmo só para sobreviver. Depois havia os corsários, que eram pagos por um rei para roubar os navios dos países inimigos. Depois, dividiam o saque com o rei.
Sabias que os corsários chegaram a tornar-se heróis nos seus países de origem? Alguns chegaram mesmo a tornar-se nobres, como aconteceu com o famoso pirata inglês Sir Francis Drake.
Desta forma, se alguns decidiam ser piratas para enriquecer, outros faziam-no como a única maneira de sobreviver. Normalmente eram marinheiros desempregados, ou mesmo bandidos fugidos do seu país. Andavam sempre sujos e mal vestidos, além disso abusavam do rum!

Vida dos Piratas

Muitas vezes passavam fome a bordo dos navios e as doenças provocadas pela má alimentação e sujidade eram constantes. É que naquela época não havia frigoríficos, por isso a comida estragava-se muito depressa. Se o barco saísse da rota, não houvesse vento ou ficasse à deriva por alguns dias, os piratas acabavam a pão e água. Às vezes nem isso!
Sabes como é que os piratas assaltavam os navios? Tinham vários truques: um deles era mascararem-se de mulheres a precisarem de ser salvas, outra era usarem uma bandeira falsa no mastro.
Quando o navio a assaltar se aproximava, os piratas revelavam-se e faziam a abordagem ao navio, depois afundavam-no (ou trocavam de embarcação, se a nova fosse melhor). Para eles, este momento perigoso era o mais divertido de todas as viagens que faziam!
Outra maneira de se divertirem era a pregar partidas uns aos outros e, claro, a beber rum. Cada vez que o navio pirata atravessava a linha do Equador faziam uma grande festa e faziam praxes (partidas especiais de um grupo) aos piratas que nunca a tivessem passado.
O melhor esconderijo para os piratas era o mar das Caraíbas. Para além do tempo lá estar sempre quentinho, está coberto de ilhas desertas, que os piratas aproveitavam para se esconder das autoridades. Diz-se que é aí que escondiam os seus tesouros.
Como sabes, o sonho de todos os piratas era ficar rico. Mas sabias que muito poucos conseguiram essa proeza? É que mal juntavam algum dinheirinho gastavam tudo em bebida! Das lendas que se contam de tesouros escondidos, poucas devem ser verdadeiras...
Sabias que a bandeira dos piratas, negra com uma caveira e dois ossos (tíbias) cruzados, era conhecida como Jolly Roger? E sabias que também houve mulheres piratas como Mary Roberts e Anne Bonny?

Leis Piratas

Manter a ordem num navio cheio de bandidos era muito difícil, por isso existiam as leis piratas. Antes de embarcarem, juravam sobre a Bíblia respeitar as regras do capitão. E ai de quem quebrasse o trato!
É que para além de todos serem muito supersticiosos (não podiam desrespeitar uma jura sobre a Bíblia), os castigos eram muito duros.
Todos obedeciam ao capitão, que era quase sempre escolhido pelos marinheiros. A divisão dos saques era feita antes de partirem e o capitão, o mais corajoso de todos, ficava sempre com a melhor parte.
Sabias que os piratas andavam sempre à procura de outros navios? E o primeiro que gritasse "barco à vista!" ganhava 100 moedas de ouro!
Todos votavam quando uma decisão importante precisava ser tomada e estavam proibidas todas as lutas dentro do navio. Só podia haver duelos entre piratas em terra firme, porque todos faziam falta. Por outro lado, todos tinham que manter as armas sempre limpas e prontas para serem usadas.
Como dependiam todos uns dos outros, a traição era o pior crime entre os piratas. Quem enganasse os seus companheiros era abandonado numa ilha deserta apenas com um garrafão de água, uma arma e pouca pólvora.
Outras punições eram: ficar sem comida ou levar 100 chibatadas com o gato-de-nove-rabos (pedaço de pau com nove nós de corda amarrados na ponta). Mais dura, e quase sempre mortal, era a de serem amarrados a uma corda e arrastados roçando dentro de água por baixo do casco do navio, de uma ponta à outra.
Quem cometia uma falta punida com a morte devia "andar na prancha", que era uma prancha, como o nome diz, que obrigava o culpado, amarrado, a andar nela até saltar para a água. Claro que a ideia não era recolhê-lo e, normalmente, este castigo era feito em águas com tubarões...

Moda dos Piratas

Como deves calcular, nesse tempo os piratas não ligavam muito à roupa, mas todos gostavam de "parecer bem" à frente dos outros. Por isso usavam sempre roupa simples e confortável, bastante colorida e muitos anéis e brincos de ouro, para mostrar que estavam a ficar ricos.
Por seu turno, os capitães dos navios piratas "produziam-se" um bocadinho mais. Gostavam de usar os casacos de veludo e camisas de seda que roubavam.
Usavam também grandes chapéus para se protegerem do sol. Já os outros piratas usavam apenas um lenço colorido. Também há quem diga que o lenço servia para ensopar o suor (ou o sangue) quando havia lutas, de modo a que nada escorresse para os olhos e os atrapalhasse.
Apesar dos piratas não ligarem muito à roupa, os corsários não dispensavam os melhores cuidados. Como eram representantes do seu país achavam que deveriam usar roupas luxuosas e engomadas para se mostrarem.
Assim, estes ladrões oficiais do rei procuravam os melhores alfaiates e abusavam dos bordados, brilhos e rendas!

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SUBTEMA: F.1. O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

RESUMO DA MATÉRIA

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SUBTEMA: F.1. O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

IMPÉRIO HOLANDÊS, IMPÉRIO INGLÊS E IMPÉRIO FRANCÊS

O império Holandês.Como é que um grupo de revoltosos por motivos religiosos conseguiu criar por alguns anos uma das maiores potências marítimas?
De uma forma resumida: na década de 1560, as províncias do sul (habitualmente chamada de Flandres), viram uma parte importante converter-se ao calvinismo. A repressão espanhola não tardou e muitos dos calvinistas fugiram para as províncias do norte (que se tinham mantido católicas). Expulsando os padres da igreja católica (ao contrário do que sucedera no sul, em que os padres se tinham convertidos em ministros protestantes), sem poder impor à população a nova religião, conseguiram pelo menos apropriar-se do governo das 7 províncias. A província da Holanda começou (com o afluxo de refugiados do sul) a dedicar-se à pirataria, e ao fechar a entrada do rio escalda ao porto de Antuérpia (o grande porto do sul), liquidou o comércio das províncias do sul, tendo Amesterdão no norte substituído Antuérpia. Grupos de mercadores associavam-se (para minimizar as perdas) e começaram a enviar pequenas frotas para o oriente (até então monopólio dos portugueses): apesar de por vezes as perdas incluírem ¾ dos barcos, os lucros chegavam aos 400 %. O dinheiro era em parte investido noutros negócios (como seguro no caso das coisas correrem mal), mas a maior parte era reinvestido em novas frotas. Ao fim de alguns anos, os mercadores começaram a associar-se em companhias que se disputavam (havia uma média uma companhia por província); para evitar as rivalidades, essas companhias fundiram-se, criando a companhia das índias ocidentais, e a companhia das ilhas orientais. Assim formava-se uma forte e rica classe de mercadores com espírito de iniciativa, que contrastava com as monarquias ibéricas, em que a Coroa detinha o monopólio dos comércios mais lucrativos, com pesadas burocracias.
À medida que os anos passando, as 2 companhias deixaram de ter um carácter estritamente comercial, e começaram a conquistar territórios (sobretudo aos portugueses), ocupando parte do Brasil, Angola, etc. A ocupação de territórios exigia a manutenção de guarnições e frotas de defesa ao mesmo tempo que os inimigos europeus aumentavam (e mesmo os indígenas que deixavam de os ver como libertadores para meros novos ocupantes), perdendo boa parte dos seus territórios e da sua parte do comércio. Acabaram por ficar apenas com alguns enclaves nas Antilhas, Suriname, Indonésia, e uma colónia no cabo destinada a ter um curioso destino.

IMPÉRIO BRITÂNICO
Os ingleses lançaram-se à conquista do mundo durante o reinado de Henrique VIII (1509-1547), que promoveu a indústria naval, como forma de expandir o comércio para além das Ilhas Britânicas. Mas as primeiras colónias britânicas só foram fundadas durante o reinado de Isabel I, quando Sir Francis Drake circumnavegou o globo nos anos 1577 a 1580 (Fernão de Magalhães já a tinha realizado em 1522). Em 1579, Drake chegou à Califórnia e proclamou aquela região “colónia da Coroa”, chamando-lhe “Nova Albion” ("Nova Inglaterra"), mas não promoveu a sua ocupação. Humphrey Gilbert chegou à Terra Nova em 1583 e declarou-a colónia inglesa, enquanto Sir Walter Raleigh organizou a colónia da Virginia em 1587, mas ambas estas colónias tiveram pouco tempo de vida e tiveram de ser abandonadas, por falta de comida e encontros hostis com as tribos indígenas do continente Americano.
Foi apenas no século seguinte, durante o reinado de Jaime I da Inglaterra, depois da derrota da Armada Invencível de Espanha, que foi assinado o Tratado de Londres, permitindo o estabelecimento da colónia da Virginia em 1607. Durante os três séculos seguintes, os ingleses expandiram o seu império a praticamente todo o mundo, incluindo grande parte de África, quase toda a América do Norte, a Índia e regiões vizinhas e várias ilhas ao redor do mundo.
Assim, em 1670 já existiam colónias inglesas estáveis na América do Norte (Nova Inglaterra, Virgínia, Carolina) e em Antígua, Barbados, Belize e Jamaica, bem como uma penetração comercial na Índia desde 1600, graças à Companhia das Índias Orientais. Funda desde 1660, em África, entrepostos de captação de escravos para as plantações americanas, apossando-se, no século seguinte em 1787, de inúmeros territórios entre o Rio Gâmbia (encravado no Senegal francês) e a Nigéria, abarcando a famosa Costa do Ouro, o actual Gana. O século XVIII é, deste modo, o período de afirmação e maturação do projecto colonial britânico.
O seu único revés neste período, forte aliás, será a independência dos EUA, em 1776. Esta perda será compensada com o início da colonização da Austrália em 1783 e mais tarde da Nova Zelândia a partir de 1840, para onde envia inicialmente deportados.
A sua armada mantém-se superior às demais com a Batalha de Trafalgar em 1805, impondo uma vez mais uma pesada derrota a um adversário. O domínio de novas colónias é constante nesta altura - Malaca, desde 1795, Ceilão, Trindade e Tobago, em 1802, Malta, Santa Lúcia e Maurícia, em 1815, depois da derrota napoleónica e do seu bloqueio continental.
Singapura é fundada por Thomas Raffles em 1819. No Canadá regista-se o avanço para oeste, abrindo novas frentes de colonização, o mesmo sucedendo na Índia, com a exploração do interior do Decão e de Assam, Bengala, etc.
O século XIX marca o auge do Império Colonial Britânico, cuja expansão económica e humana é favorecida pelo desenvolvimento do capitalismo financeiro e industrial, bem como pela pressão demográfica elevada.
Por outro lado, marca uma nova administração e gestão da realidade colonial. Exemplo disso é o governo directo da Coroa na Índia. Aí, porém, despoletará a primeira grande revolta contra o domínio colonial britânico: a revolta dos sipais, em 1858, que ditará o fim da Companhia das Índias Orientais. Em 1877, a rainha Vitória - num gesto de coesão face às autonomias ou aspirações mais radicais - proclama-se imperatriz da Índia, que compreendia um extenso território entre a fronteira irano-paquistanesa e a Birmânia e entre o Oceano Índico e o Tibete. Na China, estabelecem-se em Xangai. Na África, alimenta-se cada vez mais o sonho de construir um império inglês entre o Cairo, no Egipto, e a Cidade do Cabo, na África do Sul, o que é conseguido depois da Conferência de Berlim (1884-1885), que legitima a anexação de todos os territórios ao longo desse corredor africano (Egipto, Sudão, Quénia, Rodésia, Transvaal, etc.).
Neste último, entre 1899 e 1902, travará a primeira guerra do império, contra os bóers (descendentes de colonos holandeses estabelecidos desde o século XVII na África do Sul), que se tornarão autónomos em 1910 (União Sul-Africana).
Este conflito demonstra o desaparecimento gradual dos últimos obstáculos para a plena soberania das colónias desde o começo da segunda metade do século XIX. Nesse período, é dada autonomia às colónias de maioria de população europeia, como o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e as regiões da África do Sul (Cabo, Orange, Natal e Transvaal), que ganham um estatuto de domínios (soberania quase total, mas leais à Coroa britânica), respectivamente, em 1867, 1901, 1907 e 1910. Aliás, já só dependiam da metrópole, até essa data, para assuntos externos e de defesa.
Estes domínios participarão ao lado da Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, o que origina uma nova organização do império, cada vez mais diminuto devido à independência daqueles domínios de população maioritariamente europeia, embora associados à Inglaterra através da Commonwealth (Estatuto de Westminster, 1931). Irlanda, Canadá e África do Sul aceitam o Estatuto nessa data, fazendo-o mais tarde a Austrália em 1942 e a Nova Zelândia em 1947: perdem assim o vínculo ao Reino Unido, apesar de reconhecerem a soberania simbólica da Coroa britânica.
No resto do império - que o Egipto é a primeira colónia não-branca a abandonar -, de população basicamente autóctone, novas fórmulas de associação política e económica são adoptadas: na Índia, por exemplo, tenta-se aproximar a população da administração, embora com custos elevados. De facto, após a Segunda Guerra Mundial e com o despertar dos nacionalismos, Índia e Paquistão tornam-se independentes e a Irlanda passa a república.
As décadas seguintes serão o cenário histórico da desagregação do império, nomeadamente em África. Actualmente, depois da devolução de Hong Kong, em 1997, à China, o Império Colonial Britânico resume-se a Gibraltar, à Ilha de Man e às ilhas do Canal da Mancha, na Europa, o Território Britânico do Oceano Índico, Pitcairn e dependências no Pacífico, Ilhas Malvinas, Anguilla, Bermudas, Geórgia do Sul, as Ilhas Caimão, Turks e Caicos, Montserrat, Ilhas Virgens Britânicas e Santa Helena e dependências (Tristão da Cunha e Ascensão) no Atlântico.
IMPÉRIO FRANCÊS
Os reis franceses se negaram a aceitar a divisão do mundo entre a Espanha e Portugal, definida, em 1491, pelo Tratado de Tordesilhas. O rei Francisco I financiou as viagens de Jacques Cartier, que explorou o rio São Lourenço, no Canadá (1534-1543). Com as últimas missões de Champlain, o referido território converteu-se mais tarde na Nova França. No século XIV, a França possuía o Canadá, as ilhas Maurício e Reunião, no oceano Índico, e algumas feitorias na Índia. Após o Tratado de Paris, perdeu a Louisiana. O Império francês sofreu as conseqüências das Guerras Anglo-francesas, sobretudo no caso do Canadá e da Índia. Com Napoleão III, a França conquistou a Argélia e o Senegal e anexou a Nova Caledônia (1853) e a Cochinchina (1862-1867). A intervenção no México, em 1864, foi um enorme fracasso.
Francisco I foi rei da França entre 1515 e 1547. Patrocinou as viagens de exploração de Jacques Cartier aos territórios que passariam a constituir o Canadá.
Não obstante, a expansão colonial francesa concretizou-se após a derrota da França frente a Prússia, na guerra de 1870-1871. Em 1881, a França obrigou o rei de Túnis a aceitar um protetorado francês sobre seu território, devido em grande parte ao crescimento do interesse italiano por Túnis. No Marrocos, era questão de tempo para que os franceses impusessem seu predomínio econômico. Na Conferência de Algecíras (1906), o sul do Marrocos foi reconhecido como área de influência francesa e, em 1912, foi estabelecido o protetorado francês.
A África Equatorial foi explorada por Pierre Savorgnan de Brazza, entre 1875 e 1880, e, em 1910, os territórios de possessão francesa foram agrupados sob a denominação de Federação da África Equatorial Francesa. Algo parecido ocorreu na África Ocidental, onde, após a ocupação da Costa Marfim (1883), Guiné (1896), Benín (1892), Senegal e Chade uniram-se a para formar a Federação da África Ocidental, em 1895. Na Indochina, os franceses concentraram seus esforços em Toquim, lugar que queriam converter em zona de acesso para a China. Ali, em 1884, estabeleceram um protetorado e, em 1893, proclamou-se a União Indochina.
A França desenvolveu uma administração e uma cultura tentando estabelecer uma unidade entre as colônias, mas sem chegar a um acordo sobre a relação que estes territórios deveriam manter com a metrópole. A opinião dos partidos políticos franceses de esquerda, contrários ao colonialismo, permitiu o surgimento de uma opinião que exigia mudanças dentro do Império francês.
Com a Constituição de 1946, o Império francês passou a denominar-se União Francesa, o que exprimia a negação não só de independência, mas também de autogoverno.
A rejeição à União Francesa provocou várias guerras. A primeira ocorreu na Indochina. Em 1945, as forças de resistência indochinas, sob as ordens de Ho Chi Minh, proclamaram sua independência da França. Após a derrota de Dien Bien Phu, Pierre Mendès-France negociou os acordos de Genebra, que deram fim à presença francesa na Indochina.
Em novembro de 1954, começou a guerra da Argélia. Na França, vivia-se um clima de declínio e fracasso, que permitiu o retorno de Charles de Gaulle ao poder, sendo ele o negociador da independência da Argélia.
De Gaulle procurou garantir o controle sobre as colônias africanas e, para tanto, criou a Comunidade Francesa (1958). No entanto, os líderes africanos buscavam a independência e negaram-se a integrá-la. Como aconteceu com Túnis, em 1954, e com o Marrocos, em 1958, as colônias francesas da África Negra conquistaram a independência, na década de 1960.
O que ainda existe do antigo Império francês são a Guiana e as ilhas de Guadalupe, Martinica e Reunião.

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