quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SUBTEMA F.3. A CULTURA E O ILUMINISMO EM PORTUGAL FACE À EUROPA: ROUSSEAU

JEAN -JACQUES ROUSSEAU
Jean-Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau nasceu já órfão de mãe, pois a mesma morreu durante o processo de parto, não chegando sequer a conhece-lo, foi educado pelo pai, um simples relojoeiro, até completar 10 anos de idade.
Em 1722 o menino Rosseau dá de cara com a morte novamente, desta vez perdeu seu pai.
Em sua adolescência estudou em uma escola religiosa na qual era obrigado a seguir as rígidas regras da instituição.
Foi um bom aluno, estudou muito e desenvolveu o gosto pela leitura e pela música.
Na passagem da adolescência para a fase adulta mudou-se para Paris e iniciou seu relacionamento com a flor da elite intelectual da cidade.
Nesta época recebeu o convite de Diderot para redigir alguns apontamentos para a Enciclopédia – Alguns escritores pertencentes à Antiguidade, como por exemplo, Aristóteles, tentaram escrever sobre todos os campos de conhecimento pesquisados até então, foi uma das primeiras a existir e a ser publicada na França do século XVIII – caberia a Rosseau anotar os apontamentos, seus devidos significados e exemplos.
Em 1762 Rosseau passou a ser acuado na França por conta de suas obras que passaram a ser vistas como uma injúria às tradições morais e religiosas. A solução encontrada foi abrigar-se na cidade de Neuchâtel, na Suíça até a poeira abaixar.
No ano de 1765 decidiu se mudar para a Inglaterra aceitando o chamado do filósofo David Hume.
No ano de 1767 retornou à França e conheceu Thérèse Levasseur, com quem veio a se casar.
Suas obras versavam sobre vários temas, que abrangiam desde investigações políticas, romances, até análises na área da educação, religião e literatura.
“Do Contrato Social” foi considerada sua obra-prima, nela Jean sustenta a opinião de que os indivíduos nascem bons, quem os modifica é a sociedade, que os levam para o caminho do mal. Do mesmo modo finca o pé ao dizer que a sociedade atua como um acordo social, através do qual as pessoas, que vivem em sociedade, outorgam algumas prerrogativas ao Estado desde que este lhes conceda em contrapartida amparo e organização.
Rousseau é considerado o filósofo do iluminismo – idéia que resume várias doutrinas filosóficas, elos intelectuais e atitudes religiosas – e predecessor do romantismo do século XIX. Em sua obra “Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les hommes”, publicada no ano de 1755, ele descreve uma hipótese para o estado natural do homem, sugerindo que, apesar das diferenças determinadas pela natureza, houve um determinado momento em que os homens agiam como iguais sim: conviviam separadamente uns dos outros e não eram dependentes de ninguém; fugiam uns dos outros como se fossem bichos bravios prestes a atacar sua própria espécie.
Com relação à educação Rousseau acreditava na amabilidade produzida pela natureza, para ele se a afabilidade fosse incitada, a benevolência espontânea da pessoa podia ser preservada da influência corrompida do meio em que vivemos.
Por conseguinte, a educação admitia dois semblantes diversos: a expansão gradual das habilidades próprias da criança e o seu distanciamento dos achaques sociais. O educador deve ensinar o aluno levando em conta suas capacidades maturais.
Para Rousseau a principal característica que não pode faltar em um catedrático é a sua capacidade de educar o aluno para transformá-lo em um homem de bem.
Levando em conta esse ponto de vista de Rousseau o aluno só estaria apto a fazer parte da sociedade quando se tornasse clara sua disposição natural para a convivência com as outras pessoas, fato este que só ocorreria, segundo Rosseuau, durante a sua adolescência, quando então já estaria apto a julgar e já pode compreender o que é ser um indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.
Obras principais:
- Discurso Sobre as Ciências e as Artes
- Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens
- Do Contrato Social
- Emílio, ou da Educação
- Os Devaneios de um Caminhante Solitário

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